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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 16 - 1º de Agosto de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Os Mensageiros
André Luiz
(4ª Parte)

Continuamos a apresentar o texto condensado da obra Os Mensageiros,  de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira, a qual dá seqüência à série iniciada com o livro Nosso Lar.  

Questões preliminares

A. Muitos médicos fracassam?

R.: Sim. Diz André que, no que concerne à Medicina, os ex-médicos em bancarrota espiritual são inúmeros. Vicente relatou então o caso de um amigo, exímio cirurgião, que, atraído pelas aquisições monetárias, caiu desastradamente. Nos dias de grandes negócios financeiros, sua mente se deslocava da tarefa médica em busca dos interesses materiais. Não fosse a proteção espiritual, essa atitude teria comprometido oportunidades vitais de muita gente. A colaboração do médico tornara-se quase nula e muitos que desencarnaram nas intervenções cirúrgicas, notando sua irresponsabilidade, atribuíram-lhe suas mortes físicas, votando-lhe ódio terrível e dois deles, mais ignorantes e maldosos, o esperaram no limiar do sepulcro para atormentá-lo. (Os Mensageiros, cap. 13, pp. 72 a 76.)

B. Que caminho o grupo de Aniceto seguiu para ir de “Nosso Lar” à Crosta?

R.: O grupo seguiu um trajeto diferente e, por isso, não utilizou a estrada livre mantida por ordem superior para as atividades normais dos trabalhos espirituais e trânsito dos irmãos esclarecidos, em vésperas de reencarnação. À medida que eles caminhavam, a atmosfera começava a pesar muitíssimo, porque penetravam a esfera de vibrações mais fortes da mente humana. Estavam a grande distância da Crosta, mas já podiam identificar a influenciação mental da Humanidade encarnada, envolvida nos combates da 2a Grande Guerra. Mergulhavam num clima estranho, onde predominavam o frio e a ausência de luz solar. A topografia era um conjunto de paisagens misteriosas, lembrando filmes fantásticos do cinema terrestre. Picos muitos altos, vegetação esquisita, aves de aspecto horripilante... Rija ventania soprava em todas as direções. Aniceto explicou que aquele mundo é continuação da Terra, que os olhos humanos não podem ver, visto que a percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. No meio das sombras, alguns vultos pareciam fugir apressados, confundindo-se nas trevas das furnas próximas. (Obra citada, cap. 14 e 15, pp. 80 a 86.)

C. Na viagem até à Crosta, o grupo utilizou a volitação?

R.: No início, sim, o pequeno grupo valeu-se da volitação. Mas depois de um certo tempo, a volitação tornou-se difícil e o grupo passou a caminhar. (Obra citada, cap. 15, págs. 82 a 86.)

D. Que aspectos do Posto de Socorro ligado a “Campo da Paz” chamaram a atenção de André Luiz?

R.: Tudo ali chamou a atenção de André, que diz que pesados muros cercavam o Posto e, dentro dele, pomares e jardins maravilhosos perdiam-se de vista. A sombra ali já não era tão intensa. Eles se sentiam banhados em suavidade crepuscular, graças aos grandes focos de luz radiante. Pavilhões de vulto alinhavam-se como se estivessem diante de prodigioso educandário. Árvores senhoris, semelhantes ao carvalho, se enfileiravam. Havia mais luz no céu e o vento era mais fagueiro. Aniceto explicou que a paz refletia ali o estado mental dos que viviam naquele pouso de assistência fraterna. "A Natureza é mãe amorosa em toda parte, acentuou o instrutor, mas cada lugar mostra a influenciação dos filhos de Deus que o habitam." (Obra citada, cap. 15, pp. 85 e 86.)

 Texto para leitura

16. Os médicos fracassados - Imensos jardins cercavam o Centro de Mensageiros. Roseirais enormes balsamizavam a atmosfera leve e límpida. André Luiz estava perplexo com tantas novidades. Vicente relatou-lhe então que no Ministério do Esclarecimento há enormes pavilhões das escolas maternais, onde milhares de irmãs comentam as desventuras da maternidade fracassada, buscando reconstituir energias e caminhos. Há ainda ali os Centros de Preparação à Paternidade, a Especialização Médica, o Instituto de Administradores... Em todos eles, os Espíritos fracassados procuram restaurar as próprias forças e corrigir os erros cometidos na mordomia terrestre. No que concerne à Medicina, os ex-médicos em bancarrota espiritual são inúmeros. Vicente relatou então o caso de um amigo, exímio cirurgião, que, atraído pelas aquisições monetárias, caiu desastradamente. Nos dias de grandes negócios financeiros, sua mente se deslocava da tarefa médica em busca dos interesses materiais. Não fosse a proteção espiritual, essa atitude teria comprometido oportunidades vitais de muita gente. A colaboração do médico tornara-se quase nula e muitos que desencarnaram nas intervenções cirúrgicas, notando a sua irresponsabilidade, atribuíram-lhe suas mortes físicas, votando-lhe ódio terrível. Dois deles, mais ignorantes e maldosos, o esperaram no limiar do sepulcro para atormentá-lo. (Cap. 13, pp. 72 a 76)

17. A oração - Aniceto transmitiu aos dois amigos uma visão inteiramente nova acerca da oração. "Não podemos abusar da oração aqui, segundo antigas viciações do sentimento terrestre", explicou Aniceto. No círculo carnal, costumamos utilizá-la em obediência a delituosos caprichos, suplicando facilidades que surgiriam em detrimento de nossa própria iluminação. Em "Nosso Lar", porém, a oração é compromisso de testemunhos, esforço e dedicação aos superiores desígnios. Toda prece, ali, deve significar, acima de tudo, fidelidade do coração. "Quem ora, em nossa condição espiritual, sintoniza a mente com as esferas mais altas e novas luzes lhe abrilhantam os caminhos", acrescentou o orientador espiritual. (Cap. 14, pág. 78)

18. Espíritos de luz - Por recomendação de Aniceto, André Luiz e Vicente recebem no Gabinete de Auxílio Magnético às percepções, anexo ao Centro de Mensageiros, determinadas aplicações espirituais que, entre outras conseqüências, dilatariam sua visão espiritual. A princípio, nada de extraordinário André notou, embora sentisse dentro do coração nova coragem e alegria diferente. Depois, quando caminhavam por uma região envolta em sombras, raios de luz passaram a desprender-se intensamente de seus corpos. Era a primeira vez que André Luiz se vestia de luz, luz que se irradiava de todas as células do seu corpo espiritual. André e Vicente ajoelharam-se, banhados em lágrimas, enviando a Deus seus agradecimentos, em votos de júbilo fervoroso, e Aniceto os contemplava, feliz. (Cap. 14, pág. 79; cap. 15, pág. 83)

19. Os caminhos para chegar à Crosta - Aniceto, André Luiz e Vicente partem, sem bagagens, para uma viagem de estudos e trabalhos na Crosta, que durariam uma semana. Seguem, porém, um trajeto diferente. Não utilizam a estrada livre mantida por ordem superior para as atividades normais dos trabalhos espirituais e trânsito dos irmãos esclarecidos, em vésperas de reencarnação. Aniceto explica que as regiões inferiores entre "Nosso Lar" e a Crosta são tão grandes que exigem uma estrada ampla e bem cuidada, requerendo também conservação, como as rotas terrestres. Na Terra, obstáculos físicos; ali, obstáculos espirituais. As vias de comunicação normais destinam-se ao intercâmbio indispensável. Os que se encontram nas tarefas de auxílio espiritual e os que se dirigem à reencarnação devem seguir com a harmonia possível, sem contacto direto com as expressões dos círculos mais baixos. A absorção de elementos inferiores determinaria sérios desequilíbrios no renascimento deles. O pequeno grupo, porém, seguiria um caminho menos fácil, porque o objetivo era aprendizado e experiência. (Cap. 14, pág. 80)

20. Uma região estranha - O pequeno grupo valeu-se, no início, da volitação. Após atravessar imensas distâncias, surgiu uma região menos bela. Nuvens espessas cobriam o firmamento e alguma coisa que André não podia compreender impedia a volitação fácil. Compreendendo a dificuldade dos companheiros, Aniceto recomendou que fossem caminhando. A atmosfera começava a pesar muitíssimo, porque eles penetravam agora a esfera de vibrações mais fortes da mente humana. Estavam a grande distância da Crosta, mas já podiam identificar a influenciação mental da Humanidade encarnada, envolvida nos combates da 2a Grande Guerra. Daí a pouco chegaram ao cume de grande montanha, envolvida em sombra fumarenta. Trilhas diversas apareciam no solo; foi então que André Luiz viu seu corpo iluminar-se. As surpresas, porém, não cessavam. Mergulhavam num clima estranho, onde predominavam o frio e a ausência de luz solar. A topografia era um conjunto de paisagens misteriosas, lembrando filmes fantásticos do cinema terrestre. Picos muitos altos, vegetação esquisita, aves de aspecto horripilante... Rija ventania soprava em todas as direções. Aniceto explicou que aquele mundo é continuação da Terra, que os olhos humanos não podem ver, visto que a percepção humana não consegue apreender senão determinado número de vibrações. No meio das sombras, alguns vultos pareciam fugir apressados, confundindo-se nas trevas das furnas próximas. (Cap. 15, pp. 82 a 86)

21. Campo da Paz - A conselho de Aniceto, o grupo interrompeu os efeitos luminosos de seus corpos espirituais, para não humilhar os que sofrem com a exibição de seus recursos. A excursão tornou-se menos agradável. Eles desciam através de despenhadeiros de longa extensão. A sombra fizera-se mais densa e a ventania mais lamentosa e impressionante. Depois de algum tempo de marcha, viram ao longe um grande castelo iluminado: era um dos Postos de Socorro de Campo da Paz. Pesados muros cercavam o Posto. Aniceto moveu imperceptível campainha, disfarçada na muralha. Dentro do Posto, pomares e jardins maravilhosos perdiam-se de vista. A sombra aí já não era tão intensa. Eles se sentiam banhados em suavidade crepuscular, graças aos grandes focos de luz radiante. Pavilhões de vulto alinhavam-se como se estivessem diante de prodigioso educandário. Árvores senhoris, semelhantes ao carvalho, se enfileiravam. Havia mais luz no céu e o vento era mais fagueiro. Aniceto explicou que a paz refletia ali o estado mental dos que viviam naquele pouso de assistência fraterna. "A Natureza é mãe amorosa em toda parte, acentuou o instrutor, mas cada lugar mostra a influenciação dos filhos de Deus que o habitam." (Cap. 15, pp. 85 e 86; cap. 16, pp. 87 e 88)

22. O quadro de Florentino Bonnat - A sede do Posto de Socorro foi construída à maneira de formoso castelo europeu dos tempos feudais. As escadas de substância idêntica ao mármore impressionavam por sua beleza. Uma varanda extensa e enfeitada de hera florida, diferente da conhecida na Terra, dava acesso a um vasto salão mobiliado ao gosto antigo. Nas paredes, quadros maravilhosos. Uma tela de Bonnat, representando o martírio de São Dinis, o apóstolo gaulês rudemente supliciado nos primeiros tempos do Cristianismo, enfeitava o salão. André Luiz informou ao administrador do Posto de Socorro que o original daquele quadro, segundo sabia, encontrava-se no Panteão de Paris. Alfredo, o gentil anfitrião do pequeno grupo, retrucou dizendo que, na verdade, aquele quadro fora feito por nobre artista cristão, numa cidade espiritual ligada à França. Em fins do século passado, o grande pintor Bonnat, durante o sono, visitou aquela colônia e viu o quadro, depois reproduzido por ele em tela que ficou célebre no mundo inteiro. Muitas criações artísticas são obras dos homens, mas nem todas são originariamente da Terra, esclareceu o administrador do Posto de Socorro. (Cap. 16, pp. 88 a 91)

Frases e apontamentos importantes

37. A saúde humana é patrimônio divino e o médico é sacerdote dela. Os que recebem o título profissional, em nosso quadro de realizações, sem dele se utilizarem a bem dos semelhantes, pagam caro a indiferença. Os que dele abusam são, por sua vez, situados no campo do crime. (Vicente, cap. 13, pág. 74)

38. Jesus não foi somente o Mestre, foi Médico também. Deixou no mundo o padrão de cura para o Reino de Deus. Ele proporcionava socorro ao corpo e ministrava fé à alma. Nós, porém, em muitos casos terrestres, nem sempre aliviamos o corpo e quase sempre matamos a fé. (Vicente, cap. 13, pág. 74)

39. A noção do dever bem cumprido, ainda que todos os homens permaneçam contra nós, é uma luz firme para o dia e abençoado travesseiro para a noite. (Vicente, cap. 13, pág. 75)

40. Onde exista uma falta, pode haver muitas perturbações; onde apagamos a luz, podemos cair em qualquer precipício. (André Luiz, cap. 13, pág. 76)

41. Aqui, toda a nossa bagagem é a do coração. Na Terra, malas, bolsas, embrulhos; mas, agora, devemos conduzir propósitos, energias, conhecimentos e, acima de tudo, disposição sincera de servir. (Aniceto, cap. 14, pág. 79)

42. Agradeçamos a Deus os dons de amor, sabedoria e misericórdia. Saibamos manifestar ao Pai o nosso reconhecimento. Quem não sabe agradecer, não sabe receber e, muito menos, pedir. (Aniceto, cap. 15, pág. 83)

43. É da lei que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito. (Aniceto, cap. 15, pág. 85)

44. Os homens, de modo geral, não se modificam com a morte física, como a troca de residência não significa mudança de personalidade para a criatura comum. (André Luiz, cap. 16, pág. 87)

45. Ocultar a própria glória é do código do bom-tom nas sociedades espirituais nobres e santas. (André Luiz, cap. 16, pág. 87)

46. A Natureza é mãe amorosa em toda a parte, mas cada lugar mostra a influenciação dos filhos de Deus que o habitam. (...) Esta paz reflete o estado mental dos que vivem neste pouso de assistência fraterna. (Aniceto, cap. 16, pág. 88) (Continua no próximo número.)
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita