Os
Mensageiros
André Luiz
(4ª Parte)
Continuamos a apresentar
o texto condensado da
obra
Os Mensageiros,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual dá
seqüência à série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Muitos médicos
fracassam?
R.: Sim. Diz André que,
no que concerne à
Medicina, os ex-médicos
em bancarrota espiritual
são inúmeros. Vicente
relatou então o caso de
um amigo, exímio
cirurgião, que, atraído
pelas aquisições
monetárias, caiu
desastradamente. Nos
dias de grandes negócios
financeiros, sua mente
se deslocava da tarefa
médica em busca dos
interesses materiais.
Não fosse a proteção
espiritual, essa atitude
teria comprometido
oportunidades vitais de
muita gente. A
colaboração do médico
tornara-se quase nula e
muitos que desencarnaram
nas intervenções
cirúrgicas, notando sua
irresponsabilidade,
atribuíram-lhe suas
mortes físicas,
votando-lhe ódio
terrível e dois deles,
mais ignorantes e
maldosos, o esperaram no
limiar do sepulcro para
atormentá-lo. (Os
Mensageiros, cap. 13,
pp. 72 a 76.)
B. Que caminho o grupo
de Aniceto seguiu para
ir de “Nosso Lar” à
Crosta?
R.: O grupo seguiu um
trajeto diferente e, por
isso, não utilizou a
estrada livre mantida
por ordem superior para
as atividades normais
dos trabalhos
espirituais e trânsito
dos irmãos esclarecidos,
em vésperas de
reencarnação. À medida
que eles caminhavam, a
atmosfera começava a
pesar muitíssimo, porque
penetravam a esfera de
vibrações mais fortes da
mente humana. Estavam a
grande distância da
Crosta, mas já podiam
identificar a
influenciação mental da
Humanidade encarnada,
envolvida nos combates
da 2a Grande
Guerra. Mergulhavam num
clima estranho, onde
predominavam o frio e a
ausência de luz solar. A
topografia era um
conjunto de paisagens
misteriosas, lembrando
filmes fantásticos do
cinema terrestre. Picos
muitos altos, vegetação
esquisita, aves de
aspecto horripilante...
Rija ventania soprava em
todas as direções.
Aniceto explicou que
aquele mundo é
continuação da Terra,
que os olhos humanos não
podem ver, visto que a
percepção humana não
consegue apreender senão
determinado número de
vibrações. No meio das
sombras, alguns vultos
pareciam fugir
apressados,
confundindo-se nas
trevas das furnas
próximas. (Obra
citada, cap. 14 e 15,
pp. 80 a 86.)
C. Na viagem até à
Crosta, o grupo utilizou
a volitação?
R.: No início, sim, o
pequeno grupo valeu-se
da volitação. Mas depois
de um certo tempo, a
volitação tornou-se
difícil e o grupo passou
a caminhar. (Obra
citada, cap. 15, págs.
82 a 86.)
D. Que aspectos do Posto
de Socorro ligado a
“Campo da Paz” chamaram
a atenção de André Luiz?
R.: Tudo ali chamou a
atenção de André, que
diz que pesados muros
cercavam o Posto e,
dentro dele, pomares e
jardins maravilhosos
perdiam-se de vista. A
sombra ali já não era
tão intensa. Eles se
sentiam banhados em
suavidade crepuscular,
graças aos grandes focos
de luz radiante.
Pavilhões de vulto
alinhavam-se como se
estivessem diante de
prodigioso educandário.
Árvores senhoris,
semelhantes ao carvalho,
se enfileiravam. Havia
mais luz no céu e o
vento era mais fagueiro.
Aniceto explicou que a
paz refletia ali o
estado mental dos que
viviam naquele pouso de
assistência fraterna. "A
Natureza é mãe amorosa
em toda parte, acentuou
o instrutor, mas cada
lugar mostra a
influenciação dos filhos
de Deus que o habitam."
(Obra citada, cap.
15, pp. 85 e 86.)
Texto
para leitura
16. Os médicos
fracassados -
Imensos jardins cercavam
o Centro de Mensageiros.
Roseirais enormes
balsamizavam a atmosfera
leve e límpida. André
Luiz estava perplexo com
tantas novidades.
Vicente relatou-lhe
então que no Ministério
do Esclarecimento há
enormes pavilhões das
escolas maternais, onde
milhares de irmãs
comentam as desventuras
da maternidade
fracassada, buscando
reconstituir energias e
caminhos. Há ainda ali
os Centros de Preparação
à Paternidade, a
Especialização Médica, o
Instituto de
Administradores... Em
todos eles, os Espíritos
fracassados procuram
restaurar as próprias
forças e corrigir os
erros cometidos na
mordomia terrestre. No
que concerne à Medicina,
os ex-médicos em
bancarrota espiritual
são inúmeros. Vicente
relatou então o caso de
um amigo, exímio
cirurgião, que, atraído
pelas aquisições
monetárias, caiu
desastradamente. Nos
dias de grandes negócios
financeiros, sua mente
se deslocava da tarefa
médica em busca dos
interesses materiais.
Não fosse a proteção
espiritual, essa atitude
teria comprometido
oportunidades vitais de
muita gente. A
colaboração do médico
tornara-se quase nula e
muitos que desencarnaram
nas intervenções
cirúrgicas, notando a
sua irresponsabilidade,
atribuíram-lhe suas
mortes físicas,
votando-lhe ódio
terrível. Dois deles,
mais ignorantes e
maldosos, o esperaram no
limiar do sepulcro para
atormentá-lo. (Cap. 13,
pp. 72 a 76)
17. A
oração
- Aniceto transmitiu aos
dois amigos uma visão
inteiramente nova acerca
da oração. "Não podemos
abusar da oração aqui,
segundo antigas
viciações do sentimento
terrestre", explicou
Aniceto. No círculo
carnal, costumamos
utilizá-la em obediência
a delituosos caprichos,
suplicando facilidades
que surgiriam em
detrimento de nossa
própria iluminação. Em
"Nosso Lar", porém, a
oração é compromisso de
testemunhos, esforço e
dedicação aos superiores
desígnios. Toda prece,
ali, deve significar,
acima de tudo,
fidelidade do coração.
"Quem ora, em nossa
condição espiritual,
sintoniza a mente com as
esferas mais altas e
novas luzes lhe
abrilhantam os
caminhos", acrescentou o
orientador espiritual.
(Cap. 14, pág. 78)
18. Espíritos de
luz - Por
recomendação de Aniceto,
André Luiz e Vicente
recebem no Gabinete de
Auxílio Magnético às
percepções, anexo ao
Centro de Mensageiros,
determinadas aplicações
espirituais que, entre
outras conseqüências,
dilatariam sua visão
espiritual. A princípio,
nada de extraordinário
André notou, embora
sentisse dentro do
coração nova coragem e
alegria diferente.
Depois, quando
caminhavam por uma
região envolta em
sombras, raios de luz
passaram a desprender-se
intensamente de seus
corpos. Era a primeira
vez que André Luiz se
vestia de luz, luz que
se irradiava de todas as
células do seu corpo
espiritual. André e
Vicente ajoelharam-se,
banhados em lágrimas,
enviando a Deus seus
agradecimentos, em votos
de júbilo fervoroso, e
Aniceto os contemplava,
feliz. (Cap. 14, pág.
79; cap. 15, pág. 83)
19. Os caminhos
para chegar à Crosta
- Aniceto, André Luiz e
Vicente partem, sem
bagagens, para uma
viagem de estudos e
trabalhos na Crosta, que
durariam uma semana.
Seguem, porém, um
trajeto diferente. Não
utilizam a estrada livre
mantida por ordem
superior para as
atividades normais dos
trabalhos espirituais e
trânsito dos irmãos
esclarecidos, em
vésperas de
reencarnação. Aniceto
explica que as regiões
inferiores entre "Nosso
Lar" e a Crosta são tão
grandes que exigem uma
estrada ampla e bem
cuidada, requerendo
também conservação, como
as rotas terrestres. Na
Terra, obstáculos
físicos; ali, obstáculos
espirituais. As vias de
comunicação normais
destinam-se ao
intercâmbio
indispensável. Os que se
encontram nas tarefas de
auxílio espiritual e os
que se dirigem à
reencarnação devem
seguir com a harmonia
possível, sem contacto
direto com as expressões
dos círculos mais
baixos. A absorção de
elementos inferiores
determinaria sérios
desequilíbrios no
renascimento deles. O
pequeno grupo, porém,
seguiria um caminho
menos fácil, porque o
objetivo era aprendizado
e experiência. (Cap. 14,
pág. 80)
20. Uma região
estranha - O
pequeno grupo valeu-se,
no início, da volitação.
Após atravessar imensas
distâncias, surgiu uma
região menos bela.
Nuvens espessas cobriam
o firmamento e alguma
coisa que André não
podia compreender
impedia a volitação
fácil. Compreendendo a
dificuldade dos
companheiros, Aniceto
recomendou que fossem
caminhando. A atmosfera
começava a pesar
muitíssimo, porque eles
penetravam agora a
esfera de vibrações mais
fortes da mente humana.
Estavam a grande
distância da Crosta, mas
já podiam identificar a
influenciação mental da
Humanidade encarnada,
envolvida nos combates
da 2a Grande
Guerra. Daí a pouco
chegaram ao cume de
grande montanha,
envolvida em sombra
fumarenta. Trilhas
diversas apareciam no
solo; foi então que
André Luiz viu seu corpo
iluminar-se. As
surpresas, porém, não
cessavam. Mergulhavam
num clima estranho, onde
predominavam o frio e a
ausência de luz solar. A
topografia era um
conjunto de paisagens
misteriosas, lembrando
filmes fantásticos do
cinema terrestre. Picos
muitos altos, vegetação
esquisita, aves de
aspecto horripilante...
Rija ventania soprava em
todas as direções.
Aniceto explicou que
aquele mundo é
continuação da Terra,
que os olhos humanos não
podem ver, visto que a
percepção humana não
consegue apreender senão
determinado número de
vibrações. No meio das
sombras, alguns vultos
pareciam fugir
apressados,
confundindo-se nas
trevas das furnas
próximas. (Cap. 15, pp.
82 a 86)
21. Campo da Paz
- A conselho de Aniceto,
o grupo interrompeu os
efeitos luminosos de
seus corpos espirituais,
para não humilhar os que
sofrem com a exibição de
seus recursos. A
excursão tornou-se menos
agradável. Eles desciam
através de
despenhadeiros de longa
extensão. A sombra
fizera-se mais densa e a
ventania mais lamentosa
e impressionante. Depois
de algum tempo de
marcha, viram ao longe
um grande castelo
iluminado: era um dos
Postos de Socorro de
Campo da Paz. Pesados
muros cercavam o Posto.
Aniceto moveu
imperceptível campainha,
disfarçada na muralha.
Dentro do Posto, pomares
e jardins maravilhosos
perdiam-se de vista. A
sombra aí já não era tão
intensa. Eles se sentiam
banhados em suavidade
crepuscular, graças aos
grandes focos de luz
radiante. Pavilhões de
vulto alinhavam-se como
se estivessem diante de
prodigioso educandário.
Árvores senhoris,
semelhantes ao carvalho,
se enfileiravam. Havia
mais luz no céu e o
vento era mais fagueiro.
Aniceto explicou que a
paz refletia ali o
estado mental dos que
viviam naquele pouso de
assistência fraterna. "A
Natureza é mãe amorosa
em toda parte, acentuou
o instrutor, mas cada
lugar mostra a
influenciação dos filhos
de Deus que o habitam."
(Cap. 15, pp. 85 e 86;
cap. 16, pp. 87 e 88)
22. O quadro de
Florentino Bonnat
- A sede do Posto de
Socorro foi construída à
maneira de formoso
castelo europeu dos
tempos feudais. As
escadas de substância
idêntica ao mármore
impressionavam por sua
beleza. Uma varanda
extensa e enfeitada de
hera florida, diferente
da conhecida na Terra,
dava acesso a um vasto
salão mobiliado ao gosto
antigo. Nas paredes,
quadros maravilhosos.
Uma tela de Bonnat,
representando o martírio
de São Dinis, o apóstolo
gaulês rudemente
supliciado nos primeiros
tempos do Cristianismo,
enfeitava o salão. André
Luiz informou ao
administrador do Posto
de Socorro que o
original daquele quadro,
segundo sabia,
encontrava-se no Panteão
de Paris. Alfredo, o
gentil anfitrião do
pequeno grupo, retrucou
dizendo que, na verdade,
aquele quadro fora feito
por nobre artista
cristão, numa cidade
espiritual ligada à
França. Em fins do
século passado, o grande
pintor Bonnat, durante o
sono, visitou aquela
colônia e viu o quadro,
depois reproduzido por
ele em tela que ficou
célebre no mundo
inteiro. Muitas criações
artísticas são obras dos
homens, mas nem todas
são originariamente da
Terra, esclareceu o
administrador do Posto
de Socorro. (Cap. 16,
pp. 88 a 91)
Frases e apontamentos
importantes
37. A saúde humana é
patrimônio divino e o
médico é sacerdote dela.
Os que recebem o título
profissional, em nosso
quadro de realizações,
sem dele se utilizarem a
bem dos semelhantes,
pagam caro a
indiferença. Os que dele
abusam são, por sua vez,
situados no campo do
crime. (Vicente, cap.
13, pág. 74)
38. Jesus não foi
somente o Mestre, foi
Médico também. Deixou no
mundo o padrão de cura
para o Reino de Deus.
Ele proporcionava
socorro ao corpo e
ministrava fé à alma.
Nós, porém, em muitos
casos terrestres, nem
sempre aliviamos o corpo
e quase sempre matamos a
fé. (Vicente, cap. 13,
pág. 74)
39. A noção do dever bem
cumprido, ainda que
todos os homens
permaneçam contra nós, é
uma luz firme para o dia
e abençoado travesseiro
para a noite. (Vicente,
cap. 13, pág. 75)
40. Onde exista uma
falta, pode haver muitas
perturbações; onde
apagamos a luz, podemos
cair em qualquer
precipício. (André Luiz,
cap. 13, pág. 76)
41. Aqui, toda a nossa
bagagem é a do coração.
Na Terra, malas, bolsas,
embrulhos; mas, agora,
devemos conduzir
propósitos, energias,
conhecimentos e, acima
de tudo, disposição
sincera de servir.
(Aniceto, cap. 14, pág.
79)
42. Agradeçamos a Deus
os dons de amor,
sabedoria e
misericórdia. Saibamos
manifestar ao Pai o
nosso reconhecimento.
Quem não sabe agradecer,
não sabe receber e,
muito menos, pedir.
(Aniceto, cap. 15, pág.
83)
43. É da lei que não
devemos ver senão o que
possamos observar com
proveito. (Aniceto, cap.
15, pág. 85)
44. Os homens, de modo
geral, não se modificam
com a morte física, como
a troca de residência
não significa mudança de
personalidade para a
criatura comum. (André
Luiz, cap. 16, pág. 87)
45. Ocultar a própria
glória é do código do
bom-tom nas sociedades
espirituais nobres e
santas. (André Luiz,
cap. 16, pág. 87)
46. A Natureza é mãe
amorosa em toda a parte,
mas cada lugar mostra a
influenciação dos filhos
de Deus que o habitam.
(...) Esta paz reflete o
estado mental dos que
vivem neste pouso de
assistência fraterna.
(Aniceto, cap. 16, pág.
88)
(Continua no próximo
número.)