ARTHUR BERNARDES
DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
Guarani, Minas
Gerais (Brasil)
Casamento e
separação
Está cada vez
mais comum a
separação de
casais.
Dir-se-ia que o
sagrado
instituto não
passa hoje de um
passatempo
descartável, tão
fáceis as
separações. Por
qualquer motivo
e, às vezes, até
sem motivo
nenhum, lá se
vai a união, o
ninho se desfaz,
e os filhos,
quando os há,
que se danem,
entregues à
perplexidade,
ao desconsolo,
aos psiquiatras.
E o mais grave é
que o infeliz
hábito está
acontecendo até
mesmo com casais
que se dizem
espíritas.
Diz-se até que a
doutrina
espírita
estimula o
divórcio. Nada
mais falso. A
doutrina
compreende a
separação.
Lamenta-a, mas
não julga aquele
que, valendo-se
da sua liberdade
de decidir,
resolve romper o
compromisso. A
doutrina
desaconselha-a,
porque sabe que
na separação o
que ocorre é
simples
adiamento da
oportunidade,
muitas vezes com
sério
agravamento de
responsabilidade.
O casamento –
sabem os
espíritas muito
bem – é a
ultimação, na
Terra, de um
compromisso
assumido antes
de renascermos.
Marido, esposa,
filhos são
companheiros que
firmaram um
acordo de
convivência para
juntos se
ajudarem e
crescerem. E. se
possível, até
mesmo o
compromisso de
se amarem, meta
maior que os
livrará
definitivamente
de que qualquer
vinculação
cármica que os
prenda um ao
outro.
Sabe também o
espírita que nós
não estamos aqui
a passeio. Há
uma programação
a cumprir. E o
companheiro ou
companheira e os
filhos que a
vida nos dá são
exatamente
aqueles de que
precisamos para
o nosso
aprendizado e
crescimento.
A família – e
uma família
começa quando
dois jovens se
unem para a vida
em comum – é a
mais importante
sociedade em
torno da qual
nossa vida
gravita. É
através dela que
vamos defrontar
o nosso egoísmo,
a nossa
impaciência, a
nossa
intolerância, e
tomarmos
conhecimento,
obrigatoriamente
com os grandes
valores da
humildade, da
renúncia e do
amor.
A separação não
resolve
problemas:
apenas adia a
solução.