A missão dos pais e a
sua importância
A Unesco realizou há
algum tempo, num país
latino-americano, uma
experiência notável que
comprovou ser possível
reverter, nas crianças
de até três anos, um
quadro de insuficiência
intelectual ocasionado
pela desnutrição.
Um grupo de crianças
previamente escolhidas
foi dividido em três
subgrupos.
Ao primeiro forneceu-se,
pelo período de seis
meses, alimentação
adequada.
Ao segundo não foi
oferecido qualquer
suplemento alimentar,
mas seus pais foram
instruídos para que
dessem aos filhos, todos
os dias, atenção e afeto
que demonstrassem a eles
quanto eram amados.
Ao terceiro subgrupo,
além do alimento
adequado, foram dados
também o afeto e a
atenção recomendados
para o segundo subgrupo.
A experiência durou seis
meses e, findo o prazo,
todas as crianças haviam
recuperado a defasagem
inicialmente verificada,
o que ficou demonstrado
pelos testes de
avaliação de
inteligência realizados.
O primeiro subgrupo, que
recebeu alimentação
especial, teve um
desempenho semelhante ao
do segundo subgrupo, que
contou tão-somente com a
atenção e o carinho dos
pais.
O terceiro subgrupo, que
recebeu alimento
adequado e o afeto dos
genitores, apresentou,
no entanto, um
desempenho muito
superior ao dos demais,
comprovando que os pais
podem perfeitamente
compensar, com seu amor
e seu afeto, as
carências que porventura
tiverem de ser
enfrentadas por seus
filhos.
“Nem só de pão vive o
homem”, ensinou-nos
Jesus.
Eis aí um lembrete que
os casais deveriam pôr
continuamente sob suas
vistas, para que não
tenham de lamentar mais
tarde o tempo e a
atenção que tiverem
sonegado aos seus
rebentos, certos de que
a missão da paternidade
é tarefa abençoada que
não deveríamos, sob
pretexto nenhum, relegar
a plano secundário.
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