Mediunidade com Jesus
Apresentamos nesta
edição o tema no
20 do Estudo
Sistematizado da
Doutrina Espírita,
que está sendo aqui
apresentado
semanalmente, de acordo
com programa elaborado
pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado
em seis módulos e 147
temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente
antes da leitura do
texto que a elas se
segue. Se destinado
somente a uso por parte
do leitor, pedimos que o
interessado tente
inicialmente responder
às questões e só depois
leia o texto referido.
As respostas
correspondentes às
questões apresentadas
encontram-se no final da
lição.
Questões para debate
1. Ao conclamar os seus
discípulos a restituir a
saúde aos doentes, curar
os leprosos e expulsar
os demônios, Jesus lhes
fez uma recomendação
especial e bem clara.
Que foi que ele lhes
pediu?
2. A mediunidade pode
constituir uma profissão
ou uma fonte de ganhos,
se o médium for uma
pessoa pobre, destituída
dos recursos necessários
à sua sobrevivência?
3. Na prática da
mediunidade, o que é,
segundo o Espiritismo, o
mais importante?
4. Quais as
características
principais de um médium
evangelizado?
5. Podemos dizer que a
prática da mediunidade
com Jesus contribui para
o progresso social?
Texto para leitura
A mediunidade não pode
ser fonte de renda
1. “Restituí a saúde aos
doentes, ressuscitai os
mortos, curai os
leprosos, expulsai os
demônios. Dai
gratuitamente o que
gratuitamente haveis
recebido.” Essa foi a
recomendação de Jesus
aos seus discípulos, com
isto querendo dizer que
ninguém deve cobrar por
um dom – o dom da cura –
que o Pai nos concedeu
graciosamente.
2. O dom da mediunidade,
como já vimos
anteriormente, é tão
antigo quanto o mundo.
Os profetas eram, na
verdade, médiuns.
Sócrates tinha a
inspirá-lo um Espírito
amigo. Todos os povos
tiveram seus médiuns e
as inspirações de Joana
d’Arc não eram mais do
que as vozes de
Espíritos benfazejos que
a dirigiam.
3. Ora, foi exatamente
esse dom: a faculdade de
curar os enfermos e de
expulsar os demônios,
melhor dizendo, os maus
Espíritos, que Deus lhes
dera gratuitamente, para
alívio dos que sofrem e
como meio de propagação
da fé, razão por que
Jesus lhes recomendou
não fizessem dessa
faculdade objeto de
comércio, nem de
especulação, nem de meio
de vida, proposta
reafirmada mais tarde
por Allan Kardec, que
recomenda aos médiuns
dar à tarefa da
mediunidade o seu tempo
livre, o seu momento de
lazer, sem pretender
obter com isso
recompensas de ordem
material.
4. Essa orientação
continua mais atual do
que nunca, porque a
mediunidade evangelizada
jamais poderá ser
transformada em
profissão ou fonte de
renda.
5. A mediunidade, como
uma luz que brilha na
carne, é atributo do
Espírito, patrimônio da
alma imortal, elemento
renovador da posição
moral da criatura
terrena, a quem ela
enriquece no capítulo da
virtude e da
inteligência sempre que
se encontre ligada aos
princípios evangélicos
na sua trajetória pela
face do mundo.
A faculdade mediúnica é
um talento precioso
6. Devemos compreender
que a mediunidade só
existe pelo concurso dos
Espíritos. “Os atributos
medianímicos – assevera
Emmanuel – são como os
talentos do Evangelho.
Se o patrimônio divino é
desviado de seus fins, o
mau servo torna-se
indigno da confiança do
Senhor da Seara da
verdade e do amor.” (O
Consolador, item 389.)
7. Na seqüência,
acrescenta Emmanuel:
“Multiplicados no bem,
os talentos mediúnicos
crescerão para Jesus,
sob as bênçãos divinas;
todavia, se sofrem o
insulto do egoísmo, do
orgulho, da vaidade ou
da exploração inferior,
podem deixar o
intermediário do
invisível entre as
sombras pesadas do
estacionamento, nas mais
dolorosas perspectivas
de expiação, em vista do
acréscimo de seus
débitos irrefletidos”.
(Obra citada.)
8. Mediunidade –
advertem os mentores
espirituais – não basta
só por si. É
imprescindível saber que
tipo de onda mental
assimilamos, para
conhecer da qualidade de
nosso trabalho e ajuizar
de nossa direção. O
médium moralizado, que
encontra na vivência
evangélica a conduta de
vida, é uma pessoa de
bem, que procura ser
humilde, sincero,
paciente, perseverante,
bondoso, estudioso e
trabalhador. E cumpre o
mandato mediúnico com
amor.
A mediunidade e a
renovação social
9. No exercício da
mediunidade com Jesus,
ou seja, na perfeita
aplicação dos seus
valores a benefício da
criatura humana, em nome
da caridade, é que o ser
atinge a plenitude das
suas funções e
faculdades,
convertendo-se em
celeiro de bênçãos,
semeador da saúde
espiritual e da paz nos
diversos terrenos da
vida humana.
10. Não é difícil, pois,
compreender como a
prática mediúnica exerce
um papel de renovação
social. O Espírito
humano segue em marcha
conveniente. Deus quer
que os Espíritos sejam
reconduzidos aos
interesses da alma. Quer
que o aperfeiçoamento
moral do homem se torne
o que deve ser: o fim e
o objetivo da vida.
11. Todo progresso vem,
contudo, na sua hora.
Soou a hora da elevação
moral para a Humanidade.
O médium evangelizado,
exercendo o mandato com
amor e espírito de
serviço em benefício do
próximo, contribui em
grande escala para o
progresso geral, e é
nesse sentido que se diz
que a prática da
mediunidade com Jesus é
um poderoso instrumento
de renovação social.
Respostas às questões
propostas
1. Ao conclamar os seus
discípulos a restituir a
saúde aos doentes, curar
os leprosos e expulsar
os demônios, Jesus lhes
fez uma recomendação
especial e bem clara.
Que foi que ele lhes
pediu?
R.: A recomendação foi
esta: “Dai de graça o
que gratuitamente haveis
recebido”, querendo com
isto dizer que ninguém
deve cobrar por um dom –
o dom da cura – que o
Pai nos concedeu
graciosamente.
2. A mediunidade pode
constituir uma profissão
ou uma fonte de ganhos,
se o médium for uma
pessoa pobre, destituída
dos recursos necessários
à sua sobrevivência?
R.: Não. Kardec ensina
que os médiuns devem dar
à tarefa mediúnica seu
tempo livre, seu momento
de lazer, sem pretender
obter com isso
recompensa de ordem
material. Essa
orientação continua mais
atual do que nunca,
porque a mediunidade
evangelizada jamais
poderá ser transformada
em profissão ou fonte de
renda.
3. Na prática da
mediunidade, o que é,
segundo o Espiritismo, o
mais importante?
R.: A mediunidade não
basta por si mesma. É
imprescindível saber que
tipo de onda mental
assimilamos, para
conhecer da qualidade de
nosso trabalho e ajuizar
de nossa direção. A
aplicação da
mediunidade, o que
fazemos das faculdades
mediúnicas, isso é que é
o mais importante.
4. Quais as
características
principais de um médium
evangelizado?
R.: O médium moralizado,
que encontra na vivência
evangélica a conduta de
vida, é uma pessoa de
bem, que procura ser
humilde, sincero,
paciente, perseverante,
bondoso, estudioso e
trabalhador, e cumpre o
mandato mediúnico com
amor.
5. Podemos dizer que a
prática da mediunidade
com Jesus contribui para
o progresso social?
R.: Sim. Deus quer que
os Espíritos sejam
reconduzidos aos
interesses da alma. Quer
que o aperfeiçoamento
moral do homem se torne
o que deve ser: o fim e
o objetivo da vida, e a
prática mediúnica
concorre para isso.
Bibliografia:
O Livro
dos Médiuns,
de Allan
Kardec, cap. 31,
Dissertações espíritas,
item 11.
O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
de
Kardec, cap. 26, itens 1
e 2.
Estudos
Espíritas,
de Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo
P. Franco, Estudos
espíritas, pág. 141.
O
Consolador,
de Emmanuel,
psicografado por
Francisco Cândido
Xavier, itens 382 e 389.
Nos
Domínios da Mediunidade,
de André Luiz,
psicografado por
Francisco Cândido
Xavier, págs. 19 e 20.