A
tartaruga
mensageira
Um dia,
há muito
tempo
atrás,
os
animais
habitantes
de uma
grande
floresta
ficaram
sabendo
que um
grupo de
homens
pretendia
derrubar
todas as
árvores
para
transformá-las
em
madeira.
Apavorados,
pois
isso
representaria
a
destruição
deles
também,
resolveram
mandar
uma
mensagem
pedindo
socorro
a um
grupo de
pessoas
amigas e
amantes
da
natureza.
Os
bichos
se
reuniram
para
decidir
quem
seria o
portador
da
mensagem,
pois era
uma
missão
muito
importante,
e o
local
para
onde
teriam
que ir
ficava
muito,
muito
distante.
Apresentaram-se
para a
tarefa:
um
passarinho,
um
esquilo,
um
macaco e
uma
tartaruga.
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– Eu sou
o melhor
– disse
o
passarinho
estufando
o peito
–,
porque
posso
voar e,
rapidamente,
dar
conta do
recado. |
O
esquilo
alisou o
pêlo
macio e
falou,
orgulhoso:
– Eu
tenho
mais
condições
de
cumprir
a
missão,
porque
sou
rápido e
ágil!
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O
macaco,
coçando
a
cabeça,
afirmou:
– Não!
Eu sou o
mais
indicado
porque,
pulando
de galho
em galho
chegarei
mais
depressa
ao
destino.
Todos
riram
quando a
pequena
tartaruga
se
apresentou.
Afinal,
tinham
urgência
que a
mensagem
fosse
entregue
rápido,
e a
tartaruga
era,
reconhecidamente,
muito
lenta.
Depois
que as
risadas
se
acalmaram,
o leão
perguntou:
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– Por
que é
que você
acha que
tem
condições
de ser a
portadora?
– Porque
tenho
confiança
em Deus
que o
conseguirei!
–
respondeu
a
tartaruga
com
serenidade.
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Após
muito
discutir,
os
animais
decidiram,
muito
sabiamente,
que para
maior
segurança,
todos os
quatro
levariam
uma
mensagem
igual.
Aquele
que
chegasse
primeiro,
teria a
honra de
entregá-la.
E assim,
numa
bela
manhã de
sol,
partiram
os
mensageiros
levando
as
esperanças
e a
confiança
de todos
os
animais.
O
esquilo
saiu aos
pulos,
ligeiro;
o
passarinho
abriu as
asas e
voou
rápido
pelo
céu; o
macaco,
pulando
de
árvore
em
árvore,
lá se
foi a
perder
de
vista.
Só a
pobre
tartaruga
iniciou
a
jornada
com sua
marcha
lenta,
para
chacota
dos
demais.
Enfrentaram
perigos
e
obstáculos.
Tão logo
terminaram
as
árvores,
o macaco
teve que
continuar
também
pelo
solo.
A certa
altura
do
caminho
ocorreu
um
grande
desmoronamento
de
terras
e, como
não
quisessem
se
abrigar
para não
interromper
a
marcha,
o macaco
e o
esquilo
foram
atingidos
e não
puderam
prosseguir.
O
passarinho
passou
voando
sem
maiores
dificuldades,
mas a
tartaruga,
vendo o
perigo,
com
tranqüilidade
escondeu-se
na sua
carapaça
esperando-o
passar.
Mais
adiante,
sobreveio
terrível
tempestade,
e o
passarinho,
não
obstante
se
agarrasse
às
árvores
para se
proteger,
foi
arrastado
pelo
vento
forte. A
tartaruga,
porém,
novamente
parou
sua
caminhada,
escondendo-se
em sua
carapaça
do furor
do
temporal,
esperando
o tempo
melhorar.
Depois,
prosseguiu
sua
jornada.
Em
conseqüência
das
fortes
chuvas,
regiões
ficaram
totalmente
inundadas,
mas a
corajosa
tartaruga
não
desanimou.
Guardando
muito
bem a
carta
para que
não
molhasse,
prosseguiu
nadando.
E assim,
vencendo
dificuldades
enormes,
perigos
inesperados
e
obstáculos
difíceis,
a
tartaruga
chegou
ao seu
destino.
Ali
ficou
sabendo,
muito
surpresa,
que era
a
primeira
a
chegar!
Sentiu-se
orgulhosa
e
satisfeita,
pois foi
cumprimentada
por
todos,
como se
fosse
uma
heroína.
E voltou
para
casa com
os
amigos
que
iriam
protegê-los
e evitar
a
destruição
da
floresta.
Carregada
nos
braços,
ela
chegou
coberta
de
glória,
para
espanto
dos
animais,
que
nunca
poderiam
imaginar
que a
pequena
tartaruga
cumpriria
missão
tão
importante.
Os
animais
então
perceberam
que
todas as
criaturas
merecem
respeito
e
consideração,
e que
todos
têm
condições
de
vencer.
Que,
muitas
vezes,
não são
as
criaturas
que
parecem
ter as
melhores
condições
que
vencem,
mas
aquelas
que se
utilizam
melhor
das
possibilidades
que
possuem.
Perguntaram
então à
tartaruga,
a que
ela
atribuía
sua
vitória.
– Creio
que sem
PACIÊNCIA,
PERSISTÊNCIA,
CORAGEM
e muita
FÉ, eu
não
poderia
ter
vencido
–
respondeu
ela.
E
concluiu
com
tranqüilidade:
– SÓ
ASSIM
VENCEREMOS!
Tia
Célia |