WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São Paulo
(Brasil)
Não basta dizer: Senhor,
Senhor...
“Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor, entrará
no Reino dos Céus, mas
sim o que faz o vontade
de meu Pai, que está nos
céus, esse entrará no
Reino dos Céus.”
(Mateus, VII- 21.)
Com muita freqüência
ouvimos no meio social a
afirmativa de que “os
tempos estão chegados”.
Sim, o tempo sempre
esteve à nossa
disposição. No entanto,
o que se entende com tal
conceito é que o momento
atual é propício ao
desenvolvimento de ações
que nos possibilitem a
prosperidade espiritual.
Em realidade os
problemas que atormentam
as criaturas no mundo já
estão plenamente
detectados, o que está
faltando, em verdade, é
que nos lancemos a
trabalhar com afinco e
perseverança na solução
definitiva dos mesmos.
Não basta somente, aos
homens, a identificação
das causas dos
desequilíbrios sociais,
e permanecerem
vagarosamente prostrados
em discussões,
apontamentos, denúncias,
acusações e elaboração
de projetos que nunca
deixam as pranchetas
para ganharem a prática.
Sim, “os tempos estão
chegados”, mas para o
trabalho, para as ações
concretas e decididas,
para que arregacemos as
mangas e realmente
saiamos a produzir.
Jesus dialogando com
Pedro ensinou o valor e
a necessidade do perdão.
E o que fazem as
criaturas ante as
intrigas, pugnas e
atritos? Falar do perdão
é importante, mas muito
mais importante é
perdoar,
indistintamente.
O Mestre nos conclamou a
amar ao próximo como a
nós mesmos. Que tipo de
comportamento estamos
exemplificando, junto
àqueles que caminham
conosco, no quotidiano?
Conseguimos amar, mesmo
aqueles que nos causam
aborrecimentos?
A mensagem evangélica
nos exorta a fazer aos
outros aquilo que
desejamos a nós mesmos.
Quando temos dúvidas
sobre uma decisão, um
comportamento ou atitude
que devemos tomar em
relação ao próximo,
perguntemos a nós mesmos
como reagiríamos se
fosse o inverso? Quase
sempre perdoamos em nós
o que condenamos nos
outros.
O Evangelho do Cristo
nos orienta a fazer a
caridade sem ostentação,
incentivando a
simplicidade e a
humildade junto aos
necessitados.
Conseguimos ser
fraternos e solidários
diante das dores e
aflições dos irmãos que
seguem pela vida em
condições de angústias e
desesperos? Quando
fazemos a caridade é de
forma que mão esquerda
não saiba o que faz a
direita?
Os ensinamentos de Jesus
, estando conosco há
mais de dois mil anos,
ganha notável
divulgação, tanto que
ninguém, neste mundo,
poderá afirmar que nunca
ouviu falar deles, mas
“os tempos estão
chegados” para que os
vivamos na prática.
As convulsões sociais
que ainda impedem a
felicidade e a paz entre
as criaturas são sinais
inequívocos de que
continuamos a afirmar:
Senhor, Senhor...,
sem realmente fazermos a
vontade do Pai Celestial
que nos tem oferecido as
mais valiosas e
freqüentes oportunidades
de trabalho em favor do
bem-estar geral.
“Os tempos estão
chegados” para que
desenvolvamos mecanismos
de socorro a tantas
famílias que
experimentam extrema
pobreza. Para que
amparemos a infância, a
adolescência e a
juventude que vivem no
abandono e na
indiferença. Para que
encontremos meios
visando amenizar a
angústia dos idosos que
vivem sem lar. Para que
promovamos a paz e o
equilíbrio em nossos
lares. Para que
exemplifiquemos o
respeito, a
consideração e a
tolerância no meio
social em que
mourejamos.
Além de observarmos
atentamente os
ensinamentos teóricos de
Jesus, imprescindível se
torna transformá-los em
ações definitivas, num
trabalho sem
esmorecimento em favor
da implantação do reino
de Deus na Terra.
Não basta apenas dizer:
Senhor, Senhor...