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Estudando
a série André Luiz |
Ano 1 - N° 38 -
13 de Janeiro de
2008
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MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Missionários da Luz
André Luiz
(Parte 14)
Continuamos nesta edição
o estudo da obra
Missionários da Luz,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada pela editora
da Federação Espírita
Brasileira, a qual
integra a série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Que vinculação existe
entre o sangue e o corpo
perispiritual?
R: O corpo humano tem as
suas atividades
propriamente
vegetativas, mas o corpo
perispiritual, que dá
forma aos elementos
celulares, está
fortemente radicado no
sangue. O sangue,
portanto, é como se fora
o fluido divino que nos
fixa as atividades no
campo material e em seu
fluxo e refluxo
incessantes, na
organização fisiológica,
nos fornece o símbolo do
eterno movimento das
forças sublimes da
Criação Infinita. Quando
a sua circulação deixa
de ser livre, surge o
desequilíbrio ou
enfermidade e, se surgem
obstáculos que impedem o
seu movimento, de
maneira absoluta, então
sobrevém a extinção do
tônus vital, no campo
físico, ao qual se segue
a morte.
(Missionários da Luz,
cap. 13, págs. 220 a
222.)
B. O programa
reencarnatório
estabelece para o
reencarnante uma espécie
de destino?
R.: Não. Não podemos
confundir plano
construtivo com
fatalismo. A criatura
renasce com
independência relativa
e, por vezes,
subordinada a certas
condições mais ásperas,
mas esse imperativo não
suprime, em caso algum,
o impulso livre da alma,
no sentido de elevação,
estacionamento ou queda
em situações mais
baixas. Há um programa
de tarefas edificantes a
serem cumpridas por
aquele que reencarna.
Este pode melhorar essa
cota de valores,
ultrapassando a previsão
superior, pelo esforço
próprio intensivo, ou
distanciar-se dela,
enterrando-se ainda mais
nos débitos para com o
próximo, menosprezando
as santas oportunidades
que lhe foram
conferidas. (Obra
citada, cap. 13, págs.
223 a 228.)
C. No processo
reencarnatório de
Segismundo, os
protetores espirituais
tiveram algum papel
relevante?
R.: Sim. O instrutor
Alexandre dirigiu os
serviços graves da
ligação primordial e,
após identificar o
espermatozóide mais
apto, fixou nele o seu
potencial magnético,
ajudando-o a
desembaraçar-se dos
companheiros, para que
fosse o primeiro a
penetrar na célula
feminina. O elemento
focalizado por ele
ganhou, então, nova
energia e avançou
rapidamente na direção
de seu alvo. Consumada a
união entre o óvulo e o
espermatozóide,
Alexandre tocou a
pequenina forma com a
destra, mantendo-se no
serviço de divisão da
cromatina. Em seguida,
ajustou a forma reduzida
de Segismundo, que se
interpenetrava com o
organismo perispiritual
de Raquel, sobre aquele
microscópico globo de
luz, impregnado de vida.
Aquela vida latente
começou, então, a
movimentar-se. Eram
decorridos 15 minutos
desde o instante em que
o elemento ativo ganhara
o núcleo do óvulo.
Depois de prolongada
aplicação magnética,
secundada pelos
Espíritos Construtores,
Alexandre declarou
terminada a operação
inicial de ligação.
(Obra citada, cap. 13,
págs. 228 a 233.)
D. No desenvolvimento
embrionário qual é a
função do corpo
perispiritual?
R.: Em seu
desenvolvimento
embrionário, o futuro
corpo de um homem não
pode ser distinto da
formação do réptil ou do
pássaro. O que opera a
diferenciação da forma é
o valor evolutivo,
contido no molde
perispiritual. Depois da
forma microscópica da
ameba, surgirão no
processo fetal os sinais
da era aquática de nossa
evolução e, assim por
diante, todos os
períodos de transição ou
estações de progresso
que a criatura já
transpôs na jornada
incessante do
aperfeiçoamento.
(Obra citada, cap. 13,
págs. 233 a 235.)
Texto para leitura
95. A
importância do sangue em
nossa vida
- André estava curioso.
Por que tamanho cuidado
com o sangue do futuro
bebê? Por que somente
aos sete anos estaria
concluído o serviço de
reencarnação? As
explicações foram
imediatas. O corpo
humano tem as suas
atividades propriamente
vegetativas, mas o corpo
perispiritual, que dá
forma aos elementos
celulares, está
fortemente radicado no
sangue. Na organização
fetal, o patrimônio
sangüíneo é uma dádiva
do organismo materno.
Logo após o
renascimento, inicia-se
o período de assimilação
diferente das energias
orgânicas, em que o "eu"
reencarnado ensaia a
consolidação de suas
novas experiências, mas
é somente aos sete anos
de vida comum que ele
começa a presidir por si
mesmo ao processo de
formação do sangue,
elemento básico de
equilíbrio ao corpo
perispirítico, no novo
serviço iniciado. O
sangue, portanto, é como
se fora o fluido divino
que nos fixa as
atividades no campo
material e em seu fluxo
e refluxo incessantes,
na organização
fisiológica, nos fornece
o símbolo do eterno
movimento das forças
sublimes da Criação
Infinita, asseverou
Alexandre. Quando a
sua circulação deixa de
ser livre, surge o
desequilíbrio ou
enfermidade e, se surgem
obstáculos que impedem o
seu movimento, de
maneira absoluta, então
sobrevém a extinção do
tônus vital, no campo
físico, ao qual se segue
a morte. A
responsabilidade do
homem, em frente ao
corpo material, é assim
muito grande, porquanto,
sem atender às pesadas
responsabilidades que
lhe competem na
preservação do vaso
físico, homem algum
poderá realizar o
progresso espiritual. E
Alexandre continuou a
falar do aperfeiçoamento
que o corpo terreno vem
obtendo através dos
séculos, desde os
primórdios da vida nas
águas marinhas, donde
lhe adveio a necessidade
do sal na alimentação,
lembrando que nosso
mecanismo fisiológico, a
rigor, se constitui de
60% de água salgada...
(Cap. 13, págs. 220 a
222)
96. Mais de cem
amigos homenageiam
Segismundo -
Eram duas horas da
madrugada.
Encontravam-se na casa,
ao lado de Alexandre e
seus companheiros,
diversos amigos
espirituais da família.
O instrutor espiritual
disse haver chegado a
hora decisiva e, em
seguida, depositou
Segismundo nos braços da
entidade que fora na
Crosta terrestre a mãe
de Raquel. Seria feita a
ligação inicial, em
sentido direto, de
Segismundo com a matéria
orgânica, mas Alexandre
disse a todos ali
congregados que esperava
a visita reiterada de
todos eles ao irmão
reencarnante,
principalmente no
período de gestação do
seu corpo futuro,
porquanto ninguém ali
ignorava o valor da
colaboração afetuosa
nesse serviço.
Segismundo, pelos seus
nobres sentimentos e
trabalhos realizados nos
últimos anos, merecia
esse prêmio. Quando
penetraram no quarto do
casal, Adelino e Raquel
já os aguardavam em
espírito. O aposento
estava repleto de flores
de luz trazidas pelos
amigos invisíveis do
lar, que, desde a
meia-noite, haviam
obtido permissão para
ingressar no futuro
berço de Segismundo.
Mais de cem amigos se
reuniam ali,
prestando-lhe afetuosa
homenagem. Alexandre
cumprimentou o casal
carinhosamente. Em
seguida, com a melhor
harmonia, os presentes
passaram às saudações,
enchendo de conforto
celeste o coração dos
cônjuges esperançosos. O
quadro era lindo e
comovedor. Um amigo ao
lado dizia ser sempre
penoso voltar à carne,
depois de havermos
conhecido as regiões de
luz divina, mas sublime
é a felicidade dos que o
praticam. André
perguntou a Alexandre se
Segismundo se
apresentaria mais tarde,
entre os homens, tal
qual vivia no plano
espiritual, tendo em
vista que a forma
perispiritual era a
mesma. Alexandre
pediu-lhe que
raciocinasse devagar:
Falamos da forma
preexistente, nela
significando o modelo de
configuração típica ou,
mais propriamente, o
"uniforme humano". Os
contornos e minúcias
anatômicas vão
desenvolver-se de acordo
com os princípios de
equilíbrio e com a lei
da hereditariedade. A
forma futura de nosso
amigo Segismundo
dependerá dos
cromossomos paternos e
maternos; adicione,
porém, a esse fator
primordial, a influência
dos moldes mentais de
Raquel, a atuação do
próprio interessado, o
concurso dos Espíritos
Construtores, que agirão
como funcionários da
natureza divina,
invisíveis ao olhar
terrestre... Levando
tudo isso em conta,
podia-se fazer uma idéia
do que seria o templo
físico que ele
possuiria. Alguns
fisiologistas da Crosta
asseveram que a vida
humana é uma resultante
de conflitos biológicos,
esquecidos de que,
muitas vezes, o conflito
aparente das forças
orgânicas não é senão a
prática avançada da lei
de cooperação
espiritual. (Cap. 13,
págs. 223 a 226)
97. Programação da
existência terrestre
- Alexandre esclareceu
depois que os
orientadores de
Segismundo, nas esferas
mais altas, guardavam o
programa traçado para o
bem do reencarnante. E
enfatizou: Note que
me refiro ao bem e não
ao destino. Muita
gente confunde plano
construtivo com
fatalismo. Segismundo
mesmo e Herculano
estavam de posse dos
informes a que o
instrutor se reportava,
porquanto ninguém
penetra num educandário,
para estágio mais ou
menos longo, sem
finalidade específica e
sem conhecimento dos
estatutos a que deve
obedecer. Os
contornos anatômicos da
forma física, disformes
ou perfeitos,
longilíneos ou
brevilíneos, belos ou
feios, fazem parte dos
estatutos educativos. Em
geral, a reencarnação
sistemática é sempre um
curso laborioso de
trabalho contra os
defeitos morais
preexistentes.
Pormenores anatômicos
imperfeitos,
circunstâncias adversas,
ambientes hostis
constituem, na maioria
das vezes, os melhores
lugares de aprendizado e
redenção para aqueles
que renascem. Por isso,
o mapa de provas úteis é
organizado com
antecedência, como o
caderno de apontamentos
dos aprendizes nas
escolas comuns. O mapa
alusivo a Segismundo
estava, portanto,
devidamente traçado,
levando-se em conta a
cooperação fisiológica
dos pais, a paisagem
doméstica e o concurso
fraterno que lhe seria
prestado por numerosos
amigos do plano
espiritual. André
indagou se poderíamos
chamar a isso de
"destino fixado".
Alexandre respondeu
negativamente: Não
incida no erro de muita
gente. Isto implicaria
obrigatoriedade de
conduta espiritual.
A criatura renasce com
independência relativa
e, por vezes,
subordinada a certas
condições mais ásperas,
mas esse imperativo não
suprime, em caso algum,
o impulso livre da alma,
no sentido de elevação,
estacionamento ou queda
em situações mais
baixas. Há um programa
de tarefas edificantes a
serem cumpridas por
aquele que reencarna.
Este pode melhorar essa
cota de valores,
ultrapassando a previsão
superior, pelo esforço
próprio intensivo, ou
distanciar-se dela,
enterrando-se ainda mais
nos débitos para com o
próximo, menosprezando
as santas oportunidades
que lhe foram
conferidas. O objetivo
de todo plano traçado na
Esfera Superior é o bem
e a ascensão, e toda
alma, mesmo a que se
encontre em condições
aparentemente
desesperadoras, tem
recursos para melhorar
sempre. (Cap. 13, págs.
226 a 228)
98. O encontro de
mãe e filho -
Alexandre foi convidado
pelos Espíritos
Construtores a fazer uma
oração, mas nesse
instante Raquel se
aproximou e pediu,
humilde: "Boníssimo
amigo, se é possível,
desejaria receber meu
novo filho, de joelhos!".
Alexandre orou, e o
aposento se enchia de
novas luzes. De todos os
Espíritos ali reunidos
partiam raios luminosos
que se derramavam sobre
Raquel em pranto de
emoção sublime, mas o
fenômeno radioso não se
circunscreveu a isso.
Logo que Alexandre se
calou, alguma coisa
parecia responder à sua
súplica. Leve rumor se
fazia sentir acima das
cabeças de todos os
presentes. André viu
então que uma coroa
brilhante e
infinitamente bela
descia do alto sobre a
fronte de Raquel,
ajoelhada, em silêncio.
Parecia que a auréola se
compunha de turmalinas
eterizadas,
resplandecentes. Seu
brilho feria o olhar de
todos e o próprio
Alexandre, ao fixá-la,
curvou-se reverente. A
coroa sublime,
sustentada por Espíritos
muito superiores aos que
ali estavam, e que André
não podia ver, descansou
sobre a fronte de
Raquel. Sua mãe, a um
sinal de Alexandre,
entregou o reencarnante
aos braços maternais.
Raquel, dando a
impressão de que não via
a luminosa auréola,
ergueu os olhos rasos de
lágrimas e recebeu o
depósito que o Céu lhe
confiava. Alexandre
ajudou-a a levantar-se e
Adelino se aproximou da
esposa, estreitando-a
carinhosamente nos
braços e beijando-lhe a
fronte orvalhada de luz.
Foi então que Raquel
apertou a "forma
infantil" de Segismundo
de encontro ao coração,
tão fortemente, tão
amorosamente, que
parecia uma sacerdotisa
do Poder da Divindade
Suprema. Segismundo
ligou-se a ela como a
flor se une à haste.
André compreendeu então
que, desde aquele
momento, era alma de sua
alma aquele que seria
carne de sua carne.
(Cap. 13, págs. 228 a
230)
99. A
corrida dos
espermatozóides e a
fecundação
- Com exceção de
Alexandre, Herculano,
André Luiz e dos
Espíritos Construtores,
as entidades se
afastaram da câmara,
conduzindo Adelino a
pequena excursão pelo
exterior, enquanto
Raquel era guiada ao
corpo físico, com
infinito cuidado. A
futura mamãe acordara,
feliz. Enquanto isso, a
forma de Segismundo se
ligara a ela, por divino
processo de união
magnética. André,
auxiliado pelo concurso
magnético de Alexandre,
passou a observar as
minúcias do fenômeno da
fecundação. Através dos
condutos naturais,
corriam os
espermatozóides em busca
do óvulo, numa corrida
de três milímetros,
aproximadamente, por
minuto. O número deles
se contava por milhões.
Alexandre dirigia os
serviços graves da
ligação primordial: ele
podia ver as disposições
cromossômicas de todos
os princípios masculinos
em movimento, após ter
observado atentamente o
futuro óvulo materno,
presidindo ao trabalho
prévio de determinação
do sexo do corpo a
organizar-se. O
instrutor identificou o
competidor masculino
mais apto e fixou nele o
seu potencial magnético,
dando a idéia de que o
ajudava a
desembaraçar-se dos
companheiros, para que
fosse o primeiro a
penetrar a pequenina
bolsa maternal. O
elemento focalizado por
Alexandre ganhou nova
energia e avançou
rapidamente na direção
do alvo: a célula
feminina, que se
assemelhava a um pequeno
mundo arredondado de
açúcar, amido e
proteínas, aguardando o
raio vitalizante, sofreu
a dilaceração da
cutícula, à maneira de
pequenina embarcação
atingida por um torpedo
minúsculo, e
enrijeceu-se, de modo
singular, cerrando os
poros e impedindo,
assim, a intromissão de
qualquer outro dos
competidores. Sempre sob
o influxo
luminoso-magnético de
Alexandre, o elemento
vitorioso prosseguiu a
sua marcha, depois de
atravessar a periferia
do óvulo, gastando pouco
mais de quatro minutos
para alcançar o seu
núcleo. As forças
masculina e feminina
formavam agora uma só,
convertendo-se em
tenuíssimo foco de luz.
Alexandre tocou a
pequenina forma com a
destra, mantendo-se no
serviço de divisão da
cromatina, o que era
então inacessível à
compreensão de André
Luiz. Em seguida,
ajustou a forma reduzida
de Segismundo, que se
interpenetrava com o
organismo perispiritual
de Raquel, sobre aquele
microscópico globo de
luz, impregnado de vida,
e André verificou então
que aquela vida latente
começou a movimentar-se.
Eram decorridos 15
minutos desde o instante
em que o elemento ativo
ganhara o núcleo do
óvulo. Depois de
prolongada aplicação
magnética, que era
secundada pelos
Espíritos Construtores,
Alexandre declarou
terminada a operação
inicial de ligação.
(Cap. 13, págs. 230 a
233)
100. Explicações
complementares -
Sentindo a admiração de
André, que acompanhava
agora o processo da
divisão celular,
Alexandre esclareceu que
o organismo maternal
forneceria todo o
alimento para a
organização básica do
aparelho físico,
enquanto a forma
reduzida de Segismundo,
como vigoroso modelo,
atuaria como ímã entre
limalhas de ferro, dando
forma consistente à sua
futura manifestação no
cenário da Crosta. André
continuava impressionado
com a redução
perispiritual de
Segismundo. O instrutor
explicou-lhe, porém, que
a reencarnação significa
recomeço nos processos
de evolução ou de
retificação. Os
organismos mais
perfeitos da Terra
procederam inicialmente
da ameba. Ora, recomeço
significa
"recapitulação" ou
"volta ao princípio".
Por isso, em seu
desenvolvimento
embrionário, o futuro
corpo de um homem não
pode ser distinto da
formação do réptil ou do
pássaro. O que opera a
diferenciação da forma é
o valor evolutivo,
contido no molde
perispiritual. Depois da
forma microscópica da
ameba, surgirão no
processo fetal os sinais
da era aquática de nossa
evolução e, assim por
diante, todos os
períodos de transição ou
estações de progresso
que a criatura já
transpôs na jornada
incessante do
aperfeiçoamento. (Cap.
13, págs. 233 a 235)
(Continua no próximo
número.)
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