A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 23
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Quem foi Swedenborg?
Emmanuel Swedenborg foi
engenheiro de minas e
grande autoridade em
Metalurgia. Natural da
Suécia, onde foi também
militar e autoridade em
Astronomia e em Física.
Autor de obras eruditas
sobre as marés e a
determinação das
latitudes, tinha
profundos conhecimentos
de Zoologia, Anatomia,
finanças públicas e
economia política.
Conhecia a Bíblia a
fundo e foi um teólogo
nato. Dotado de
preciosas faculdades
psíquicas, foi ele
fundador de uma doutrina
baseada sobre a chamada
outra vida, por meio de
comunicação com os
Espíritos. Swedenborg
dizia que este mundo
nada mais é que um
laboratório de almas, um
campo de experimentação
em que o material se
aperfeiçoa e libera o
espiritual. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXI – As revelações de
Swedenborg.)
B. Como Swedenborg
descreve o Outro Mundo?
Segundo ele disse, o
Outro Mundo consiste em
um número de esferas
diferentes, que
representam certo grau
de luminosidade e de
felicidade, a cada uma
das quais vamos depois
da morte, segundo nossas
condições espirituais.
Ali somos julgados de
maneira automática, por
uma espécie de lei
espiritual, que
determina o resultado
total da nossa vida, de
sorte que a absolvição e
o arrependimento no
momento da morte nenhum
valor têm. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
C. Que destino, segundo
Swedenborg, têm as
crianças após sua morte
corpórea?
As crianças são bem
recebidas no Outro
Mundo, sejam ou não
batizadas. Aí elas
crescem e são adotadas
por mulheres jovens, até
que lhes apareçam suas
mães verdadeiras. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
Texto para leitura
294. Infelizmente (ou
felizmente) nada
havíamos lido sobre
Swedenborg. De
Swedenborg somente
conhecíamos o nome e a
fama, como um grande
Espírito e um grande
médium. E já havíamos
concluído esta obra,
para entregá-la ao
prelo, quando nos veio à
mão um grande capítulo
sobre Swedenborg e suas
visões, seu modo de
encarar a Religião, sua
filosofia, sua
biografia. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
295. Lemo-lo com
sofreguidão, pois tudo
que os grandes homens
têm dito e escrito não
têm outro fim senão o de
nos ilustrar e nos fazer
progredir, gerando a luz
que nos guia nas
vicissitudes da vida.
Deliberamos, então,
adiar para o dia
seguinte a entrega da
obra ao prelo, para
incluir nela algo do que
lemos, principalmente o
que se refere ao modo de
ver de Swedenborg sobre
a vida no Além. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
296. Swedenborg, ou
antes, Emmanuel
Swedenborg, foi um
grande engenheiro de
minas e grande
autoridade em
Metalurgia. Natural da
Suécia, onde foi também
militar, contribuiu para
o sucesso das campanhas
de Carlos XII da Suécia.
Alta autoridade em
Astronomia e em Física,
escreveu obras eruditas
sobre as marés e a
determinação das
latitudes. Além disso,
tinha profundos
conhecimentos de
Zoologia e Anatomia.
Financista e economista
político, elevou-se
ainda acima de Adam
Smith. Conhecia a Bíblia
a fundo; foi um teólogo
nato. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
297. Tudo isso, porém,
nada é em face de suas
faculdades psíquicas.
Swedenborg foi o
fundador de uma
doutrina, baseada toda
ela sobre a outra vida,
por meio de comunicação
com os Espíritos. Ele
dizia que este mundo
nada mais era que um
laboratório de almas, um
campo de experimentação
em que o material se
aperfeiçoa e libera o
espiritual. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXI – As revelações de
Swedenborg.)
298. Desde criança se
revelou grande vidente.
Suas faculdades
psíquicas
manifestaram-se em
diversos momentos de sua
vida. O que, porém, de
Swedenborg mais nos
interessa para esta
obra, são as suas
revelações sobre a Outra
Vida. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
299. Segundo ele, o
Outro Mundo consiste em
um número de esferas
diferentes, que
representam certo grau
de luminosidade e de
felicidade, a cada uma
das quais vamos depois
da morte, segundo nossas
condições espirituais.
Ali somos julgados de
maneira automática, por
uma espécie de lei
espiritual, que
determina o resultado
total da nossa vida, de
sorte que a absolvição e
o arrependimento no
momento da morte nenhum
valor têm. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
300. Ele viu, naquelas
esferas, a reprodução do
que há neste mundo. Viu
casas, nas quais viviam
famílias, templos,
salões de reuniões para
fins sociais, palácios
etc. (A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXI – As
revelações de Swedenborg.)
301. A morte, segundo
Swedenborg, não devia
ser temida, em face da
presença de seres
espirituais que ele via
assistindo os
agonizantes e
iniciando-os na nova
existência. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXI – As revelações de
Swedenborg.)
302. Os recém-chegados,
diz ele, passavam por um
período imediato de
repouso, depois do que
recobravam os sentidos
em poucos dias. Ao
morrer, nada perdemos do
nosso eu; tornamo-nos
até mais perfeitos do
que no nosso estado
corpóreo. Conservamos
nossas faculdades, nosso
modo de pensar, nossas
crenças, nossos
preconceitos. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXI – As revelações de
Swedenborg.)
303. As crianças são bem
recebidas no Outro
Mundo, sejam ou não
batizadas. Aí elas
crescem e são adotadas
por mulheres jovens, até
que lhes apareçam suas
mães verdadeiras. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
304. Não existe castigo
eterno. O matrimônio, em
forma de união
espiritual, constitui
uma unidade humana, cada
homem com sua mulher.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXI – As revelações
de Swedenborg.)
305. Swedenborg fala
também sobre o trabalho
dos artistas, das
flores, dos frutos, dos
bordados, da Arte, da
Música, da Literatura,
das Ciências, das
escolas, dos museus, dos
colégios, das livrarias
que existem no Outro
Mundo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXI –
As revelações de
Swedenborg.)
306. Os que, velhos,
enfermos, decrépitos,
deformados, abandonam
este mundo, renovam, na
Outra Vida, a sua
juventude e recobram
gradualmente o pleno
vigor. Os casados
continuam juntos, se
seus sentimentos mútuos
permanecerem
inalterados. Caso
contrário, o matrimônio
fica sem efeito. Os
amantes que se adoram
não ficam separados pela
morte, o Espírito do
falecido permanece unido
ao do sobrevivente, até
que ambos se reúnam na
Outra Vida. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXI – As revelações de
Swedenborg.)
307. A doutrina de
Swedenborg é, como
vemos, Espiritismo puro,
e é por isso que ele é
considerado um precursor
da Nova Revelação,
porque nos permitiu ter
informações sobre o
Mundo dos Espíritos numa
época bem anterior à
eclosão das
manifestações dos
Espíritos neste mundo.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXI – As
revelações de Swedenborg.)
(Continua no próximo
número.)
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