Um leitor pergunta-nos se é
verdade que Emmanuel, ao
tratar da cremação de corpos
humanos, mudou de opinião
com o passar dos anos.
Sim, o então mentor
espiritual de Chico Xavier
mudou de opinião no tocante
à cremação, mas tão somente
com relação ao tempo, que
ele entendia ser ideal,
decorrido entre o momento do
óbito e o procedimento
crematório.
Pelo que sabemos, Emmanuel
tratou do assunto em três
oportunidades.
A primeira, em 1936, quando
lhe perguntaram: “Sentem os
desencarnados os efeitos da
cremação de seus despojos
mortais?”
Emmanuel respondeu:
“Geralmente, nas primeiras
horas do ‘post mortem’,
ainda se sente o espírito
ligado aos elementos
cadavéricos. Laços
fluídicos, imperceptíveis ao
vosso poder visual, ainda,
se conservam unindo a alma
recém-liberta ao corpo
exausto; esses elos impedem
a decomposição imediata da
matéria. E, por esta razão,
na maioria dos casos o
espírito pode experimentar
os sofrimentos horríveis
oriundos da cremação, a qual
nunca deverá ser levada a
efeito antes do prazo de
cinquenta horas após o
desenlace. A cremação
imediata ao chamado instante
da morte é, portanto, nociva
e desumana.
Às vezes, segundo a natureza
das moléstias que precedem a
desencarnação, existem ainda
no cadáver inúmeros
elementos de vida: daí nasce
a possibilidade de, usando
de recursos vários e
reagentes, a ciência fazer
um ‘morto’ voltar à vida.
Vê-se pois que o espírito
desencarnado, nas primeiras
horas do além-túmulo, pode
sentir dentro do quadro de
suas impressões físicas
todas as ações a que seu
corpo abandonado seja
submetido.”
(Palavras do Infinito,
cap. 35, obra mediúnica
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier,
publicada em 1936.)
Cinco anos depois, em 1941,
ele voltou ao assunto ao
responder à seguinte
pergunta: “O espírito
desencarnado pode sofrer com
a cremação dos elementos
cadavéricos?”
Emmanuel respondeu:
“Na cremação, faz-se mister
exercer a piedade com os
cadáveres, procrastinando
por mais horas o ato de
destruição das vísceras
materiais, pois, de certo
modo, existem sempre muitos
ecos de sensibilidade entre
o Espírito desencarnado e o
corpo onde se extinguiu o
‘tônus vital’, nas primeiras
horas sequentes ao
desenlace, em vista dos
fluidos orgânicos que ainda
solicitam a alma para as
sensações da existência
material.”
(O Consolador,
pergunta 151, obra mediúnica
psicografada por Chico
Xavier, publicada em 1941.)
Trinta anos mais tarde, em
1971, o tema foi submetido
ao médium Chico Xavier, que
respondeu à pergunta de um
telespectador a respeito de
sua opinião com relação à
cremação que estava sendo
implantada no País.
Chico Xavier declarou o
seguinte:
“Já ouvimos Emmanuel a esse
respeito e ele diz que a
cremação é legítima para
todos aqueles que a desejem,
desde que haja um período de
pelo menos 72 horas de
expectação para a ocorrência
em qualquer forno
crematório, o que poderá se
verificar com o depósito de
despojos humanos em ambiente
frio.”
(Entrevista dada em
28/7/1971 no programa "Pinga
Fogo" da TV Tupi.)
Note o leitor que o alerta
quanto aos cuidados
continua, mas o tempo de
espera, segundo Chico
Xavier, fora ampliado para
72 horas, não mais as 50
horas mencionadas em 1936.
Como dizem que o seguro
morreu de velho, é bom aos
que se interessem pela
cremação levar a sério a
última informação e, se
possível, até ampliar o
tempo de espera, prevenindo
assim dificuldades
perfeitamente evitáveis.
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