A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 29 e final
Concluímos nesta edição
o estudo metódico do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Poderia haver Lei sem
Profeta?
Obviamente que não. O
que era Moisés quando
recebeu a Lei no Sinai?
Que papel desempenhou
esse Salvador dos
Israelitas, se não o de
Profeta? Ademais, todas
as manifestações da
Vontade Divina, seja nas
Artes, nas Ciências, na
Religião, têm os seus
profetas, porque, como
disse o Apóstolo: "Deus
fala ao homem pelo
homem: O Espírito do
Profeta está sujeito ao
Profeta". (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
B. Podemos afirmar que a
Revelação não parou no
Sinai?
Sim. A Revelação não
parou no Sinai, visto
que suas luzes deviam
ampliar-se e
intensificar-se porque a
Religião é progressiva.
Cerca de dois mil anos
após a explosão do
Sinai, uma nova e mais
intensa luz brilhou na
Palestina,
irradiando-se, depois,
pelo mundo todo. Mas
antes disso, de Moisés
em diante, a despeito da
proibição, os Profetas
de Deus não cerraram
seus lábios e outra
coisa não fizeram senão
chamar a atenção dos
homens da Terra para as
coisas dos Céus. Cada
página do Velho
Testamento confirma
nossa asserção. Em todas
elas observam-se
fenômenos metapsíquicos
de natureza diversa, bem
como se salientam
magnificamente os dons
mediúnicos de que eram
dotados aqueles homens
que resistiram como
verdadeiros heróis à
guerra tremenda que lhes
moveram os grandes da
sua época, os sacerdotes
do seu tempo. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
C. O túmulo é o ponto
final da existência?
Claro que não. Os fatos
espíritas nos autorizam
a afirmar,
peremptoriamente, que o
túmulo não é o ponto
final da existência.
Nosso destino é
grandioso. Existem
mundos de luz, onde
reina a verdade; mundos
que serão nossas futuras
moradas! (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
Texto para leitura
388. Poderia, a seu
turno, haver Lei sem
Profeta? O que era
Moisés quando recebeu a
Lei no Sinai? Que papel
desempenhou esse
Salvador dos Israelitas,
se não o de Profeta?
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
389. Todas as
manifestações da Vontade
Divina, seja nas Artes,
nas Ciências, na
Religião, têm os seus
profetas, porque, como
disse o Apóstolo: "Deus
fala ao homem pelo
homem: O Espírito do
Profeta está sujeito ao
Profeta". (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
390. Em Elias e Eliseu
vemos o exemplo desta
doutrina; em Cristo
Jesus e Paulo,
salienta-se também este
princípio: "Já não sou
eu mais quem vive, mas
Cristo que vive em mim e
tudo realiza". (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
391. Mas a Revelação não
parou no Sinai; as suas
luzes deviam ampliar-se
e intensificar-se porque
a Religião, como
dissemos, é progressiva.
Cerca de dois mil anos
após a explosão do
Sinai, uma nova e mais
intensa luz brilhou na
Palestina,
irradiando-se, depois,
pelo mundo todo. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
392. Já havia nascido,
em tosca alfombra, e
crescia em tugúrio
humilde aquele que,
alheio a todas as
congregações religiosas,
empunharia o Facho
Divino para iluminar a
Revelação Mosaica e
cumpri-la, pois não
vinha revogá-la, mas
aumentar-lhe a
intensidade do clarão,
desde que já era mais
acentuada a madureza da
Humanidade. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
393. De Moisés em
diante, a despeito da
proibição, os Profetas
de Deus não cerraram
seus lábios e outra
coisa não fizeram senão
chamar a atenção dos
homens da Terra para as
coisas dos Céus. Cada
página do Velho
Testamento confirma
nossa asserção. Em todas
elas observam-se
fenômenos metapsíquicos
de natureza diversa, bem
como se salientam
magnificamente os dons
mediúnicos de que eram
dotados aqueles homens
que resistiram como
verdadeiros heróis à
guerra tremenda que lhes
moveram os grandes da
sua época, os sacerdotes
do seu tempo. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
394. Leia-se a história
dos próceres da Verdade
Religiosa: Ezequiel,
Daniel, Isaías, Elias,
Eliseu; desenterre-se a
Bíblia dos escombros
dogmáticos e dos
"mistérios" que a retêm
desconhecida do povo, e
ver-se-á que essa luz,
que brilha atualmente no
Espiritismo, não é mais
do que aquela pequena
chama, que teria de
estender-se, mais tarde,
e abranger o mundo
inteiro. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
395. O advento do
Cristianismo tem
absoluta paridade com a
época atual, na qual os
Espíritos, como hoje,
tudo fazem para
positivar as
manifestações mediúnicas
intelectuais e de
efeitos físicos, que se
alastram e hão de
desenrolar-se,
justificando as palavras
do Precursor: "Os tempos
são chegados! Preparai
as veredas do Senhor,
porque os vales serão
nivelados e os outeiros
arrasados!" (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
396. A vida do Cristo,
do nascimento à morte, é
uma série ininterrupta
de manifestações
proféticas, ou seja,
mediúnicas, que revelam
bem claramente a missão
do Filho de Deus. Esta
singular individualidade
personifica
perfeitamente a Lei e os
Profetas. É pois,
talvez, por essa razão
que, para dar a
conhecer-se
categoricamente a seus
principais discípulos,
subiu ao alto do monte
e, num apelo supremo,
lhes fez aparecessem as
duas principais figuras
que representaram os
maiores expoentes da Lei
e dos Profetas: Moisés e
Elias, para servirem de
testemunhos vivos da sua
singular missão. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
397. Esta verdade mais
se confirma com as
sucessivas aparições do
Senhor, depois da
crucificação, lembrando
a Lei e exortando os
Profetas a cumprirem a
sua tarefa. E convém não
esquecer, de passagem, o
prenúncio dado pelo
próprio Cristo, de uma
Revelação ainda mais
ampla, cuja missão, sob
a égide do Espírito da
Verdade, do Espírito
Consolador (João, XIV,
26) seria relembrar,
fazer cumprir a
Revelação Messiânica e
ensinar-nos todas as
coisas, dado que não
seriam compreendidos,
naquela época, ensinos
mais elevados, mais
complexos do que os que
haviam sido ministrados
por Jesus. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
398. Aí está a Nova
Revelação, a Revelação
Espírita, desempenhando
esse dever, esclarecendo
os homens e
proporcionando-lhes
fatos extraordinários,
admiráveis fenômenos,
tais como os que deram
motivo às inúmeras obras
do Espiritismo e da
Parapsicologia. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
399. Não é de admirar,
pois, a frequência
acentuada da diversidade
dessas manifestações,
que tendem a
multiplicar-se mais e
mais, mostrando-nos a
ampliação incessante
desses fenômenos que
marcarão uma nova era no
estabelecimento das
verdadeiras relações da
Humanidade Visível com a
Humanidade Invisível,
entre o Mundo Terreno e
o Mundo Espiritual.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
400. É o caso de
repetirmos, com o
Apóstolo Paulo: “Em
parte conhecemos e em
parte profetizamos; mas,
quando vier o que é
perfeito, aquilo que é
em parte será posto à
margem". Ainda estamos
"vendo tudo por espelho
de enigma, mas veremos
face a face". (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
401. Por isso, ao
concluir este trabalho,
entrevemos um progresso
mais elevado e mais
profícuo para a nossa
própria felicidade. O
túmulo não é o ponto
final da existência.
Nosso destino é
grandioso. Existem
mundos de luz, onde
reina a verdade; mundos
que serão nossas futuras
moradas! Assim como o
progresso caracteriza
perfeitamente a evolução
gradativa do nosso
planeta, que será um dia
paraíso terrenal, assim
também essa Lei
inflexível, que rege os
mundos que se balouçam
no Éter, nos prepara
moradas felizes,
dispersas na Casa de
Deus, que é o Cosmo
Infinito. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
402. Tenhamos fé e
estudemos! Ignoramos?
Progridamos! Porque do
estudo e da pesquisa vem
a verdade que esclarece
a inteligência, e,
desta, a evolução
espiritual, que nos
guinda às alturas, para
compreendermos as coisas
do Espírito, coisas que
Deus reserva para todos
os que procuram crescer
no Seu conhecimento e na
Sua graça. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
403. Que as luzes da
caridade, que vamos
conquistando, nos
ilumine toda a Ciência,
toda a Religião, toda a
Filosofia, para
podermos, com justos
títulos, observar as
magnificências do
Universo e
cientificarmo-nos da
Imortalidade e da
Eternidade da Vida.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
Fim
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