Sexo e Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
(Parte 2)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Sexo e Obsessão, obra de autoria de
Manoel Philomeno de Miranda, psicografada
por Divaldo P. Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. Quantos habitantes vivem na Colônia
Espiritual Redenção?
Mais de um milhão de habitantes
desencarnados. Dela partem com muita
frequência Espíritos comprometidos com o
progresso da Humanidade em reencarnações
desafiadoras, porque na Colônia Redenção se
desenvolvem cuidadosos programas para a
iluminação de consciências, não faltando os
departamentos de assistência e socorro
àqueles que retornam extenuados e
desnorteados pelas vicissitudes e pelos
insucessos que se permitiram. (Sexo e
Obsessão, capítulo 1: Compromissos
iluminativos.)
B. Quando foi edificada a Colônia Redenção?
Ela foi fundada por Entidades nobres poucos
anos antes da independência do Brasil,
objetivando, de início, acolher os lutadores
idealistas pela libertação da Pátria, os
abolicionistas, os republicanos,
inspirando-os na conquista das metas que
abraçavam, sem que extrapolassem nos métodos
de que se deveriam utilizar. Em consequência,
graças à abnegação dos seus fundadores,
entre os quais destacou-se a futura abadessa
Joana Angélica de Jesus, que também seria
mártir das lutas fratricidas, durante a
independência do Brasil, na Bahia,
desenvolvera-se com o apoio de iluminados
heróis da fé e da caridade, que rumaram para
a Terra oportunamente, contribuindo para
torná-la menos inditosa, mais humanizada e
melhor espiritualizada. (Sexo e Obsessão,
capítulo 1: Compromissos iluminativos.)
C. Entre os programas de libertação de
consciências promovidos pela Colônia
Redenção, qual, segundo o autor desta obra,
teve primazia?
Teve ali primazia o labor de unificar os
religiosos de diversas tendências e escolas
de fé que mourejavam no plano físico, de
forma que os escravos, que traziam os seus
cultos animistas e as suas raízes
africanistas, pudessem contribuir em
benefício das propostas cristãs e
doutrinárias que vieram da Europa
civilizada. (Sexo e Obsessão, capítulo 1:
Compromissos iluminativos.)
Texto para leitura
6. A soberba humana ante o Cosmo
– Lembrando sua última existência na Terra,
Manoel Philomeno de Miranda diz que,
enquanto no corpo, deixara-se conduzir pela
certeza das elucidações dos Imortais,
procurando pautar a conduta nas rigorosas
diretrizes do dever, descobrindo, a partir
de então, a alegria existencial e a
felicidade relativa que todos podemos fruir
quando nos comprometemos com os ideais de
libertação da ignorância e de construção do
bem no mundo íntimo e à nossa volta. Agora,
mais uma vez, podia constatar de viso, na
realidade espiritual, o alto significado da
fé racional proposta pelo Espiritismo e a
legitimidade dos seus postulados
iluminativos, contemplando o Cosmo e
experimentando o contato mais direto com a
Vida. Pensava, então, a respeito de quanto a
soberba humana é desmedida, raiando pela
infantilidade, ao atribuir toda a grandeza
cósmica ao fruto espúrio do acaso, capaz de
reunir todas as moléculas esparsas no
Universo, repentinamente expressando-se na
glória galáctica. Ademais, considerava que,
se todas essas micropartículas sempre
existiram no caos, certamente haviam tido
uma origem, a que o absurdo da vã cultura
sem Deus oferecia existência própria e
ilógica. (Sexo e Obsessão, capítulo 1:
Compromissos iluminativos.)
7. A Colônia Redenção – Manoel
Philomeno se encontrava fazia alguns dias na
Colônia Espiritual Redenção, de onde partem
com muita frequência Espíritos comprometidos
com o progresso da Humanidade em
reencarnações desafiadoras. A Comunidade é
ali constituída por uma sociedade de mais de
um milhão de habitantes desencarnados, e
nela se desenvolvem cuidadosos programas
para a iluminação de consciências, não
faltando os departamentos de assistência e
socorro àqueles que retornam extenuados e
desnorteados pelas vicissitudes e pelos
insucessos que se permitiram. Da Colônia
viajam com expectativas ricas de esperanças
e projetos de edificações libertadoras
milhares de Espíritos que aspiram à
felicidade. No entanto, após o mergulho na
névoa carnal, os antigos vícios e as más
inclinações em predominância ainda, os
arrastamentos para o mal, os choques com os
adversários do pretérito, não poucas vezes
alterando-lhes os programas e delineamentos,
obrigam-nos a ceder aos impulsos inferiores,
e, como efeito, logo tombam nas malhas dos
próprios enredamentos perniciosos. Contudo,
Organizações de benemerência e de caridade
multiplicam-se pela cidade movimentada, com
objetivo de ministrar cursos e lições aos
futuros viajantes corporais, na convivência
com os retornados em estado de sofrimento,
que se lhes tornam verdadeiros exemplos de
como não devem proceder. Educandários
avançados para pesquisas, que mais tarde se
apresentarão no Globo terrestre, recebem
estudiosos ávidos de conhecimentos, não
apenas residentes, mas que também vêm
realizar estágios de aprendizado e
treinamento procedentes de outras Regiões.
(Sexo e Obsessão, capítulo 1: Compromissos
iluminativos.)
8. As origens da Colônia Redenção
– Situada sobre um grande centro urbano na
Terra, onde se movimenta agitada população,
Entidades nobres a fundaram poucos anos
antes da independência do Brasil,
objetivando, de início, acolher os lutadores
idealistas pela libertação da Pátria, os
abolicionistas, os republicanos,
inspirando-os na conquista das metas que
abraçavam, sem que extrapolassem nos métodos
de que se deveriam utilizar. Em consequência,
graças à abnegação dos seus fundadores,
entre os quais destacou-se a futura abadessa
Joana Angélica de Jesus, que também seria
mártir das lutas fratricidas, durante a
independência do Brasil, na Bahia,
desenvolvera-se com o apoio de iluminados
heróis da fé e da caridade, que rumaram para
a Terra oportunamente, contribuindo para
torná-la menos inditosa, mais humanizada e
melhor espiritualizada. Entre os seus
programas de libertação de consciências e de
autoiluminação, teve primazia o labor de
unificar os religiosos de diversas
tendências e escolas de fé que mourejavam no
plano físico, de forma que os escravos, que
traziam os seus cultos animistas e as suas
raízes africanistas, pudessem contribuir em
benefício das propostas cristãs e
doutrinárias que vieram da Europa
civilizada. Certamente, disputas religiosas
haviam estalado, muitas vezes, gerando
conflitos lamentáveis e até sangrentos,
decorrência natural da intolerância dos
indivíduos, desde quando todas as religiões
preconizam o amor e a fraternidade, o
entendimento entre as criaturas e o avanço
na direção de Deus. (Sexo e Obsessão,
capítulo 1: Compromissos iluminativos.)
9. Ações desenvolvidas pela Colônia
– Infelizmente ainda proliferam
preconceitos, intransigência religiosa e o
fanatismo entre as criaturas, que preferem a
distância do seu próximo à amizade geradora
de simpatia e de cordialidade, que promovem
a fraternidade e estabelecem o bom
entendimento. Constituem, porém, exceções
que o tempo diluirá com a sua contribuição
de eternidade, efeito próprio do processo de
evolução dos Espíritos. Por essa razão,
antropólogos, psicólogos e teólogos se
reuniam no Departamento dedicado às
Religiões para estudar os melhores métodos
de integração dos diferentes fiéis com as
suas convicções na sociedade dominante,
evitando-se choques e distúrbios infelizes.
No século XIX, enquanto se aguardava o
surgimento do Espiritismo, cuja mensagem
deveria criar raízes no Brasil, estudou-se
longamente na Comunidade qual seria a
maneira mais eficaz de implantá-lo na Região
sob sua inspiração, onde fosse possível
reunir os militantes das diversas doutrinas
espiritualistas sob a bandeira da Era Nova,
ampliando-lhes as perspectivas do
entendimento em torno da vida e dos
objetivos essenciais da existência humana em
sua inexorável marcha para Deus. Diz Manoel
Philomeno: “Realmente, os resultados não
podiam ser melhores, porquanto nós próprios,
que militáramos no Movimento Espírita nos
anos praticamente ainda considerados como de
pioneirismo, embora as dificuldades
compreensíveis, não enfrentamos embates
perversos, ficando as dissidências mais nos
conteúdos teóricos e nas discussões
filosóficas do que mesmo nas perseguições
insanas e destruidoras, embora surgissem,
vez que outra, promovidos por fanáticos e
desorientados emocionais”. Ele recordava-se
de como facilmente se integravam
africanistas, católicos, esoteristas e
outros que já possuíam tradição mediunista
em razão dos fenômenos observados entre as
multidões no Movimento Espírita, a fim de
adquirirem os conhecimentos lógicos que o
Espiritismo a todos nos oferece, para serem
equacionadas as interrogações que pairavam
nas mentes inquietas. (Sexo e Obsessão,
capítulo 1: Compromissos iluminativos.)
10. Influência do Consolador na
Colônia Redenção – Estudiosos de
outras doutrinas igualmente se interessavam
por tomar conhecimento com O Consolador,
aceitando-lhe os paradigmas com tranquila
compreensão da sua legitimidade e
incorporando-os às suas convicções
espiritualistas. Graças a essas
providências, surgiu um caldo de cultura
religiosa especial, no qual os seus membros
se tratavam e ainda se relacionam com
respeito e simpatia, nutrindo especial
fraternidade e consideração. Espíritos
nobres, que vieram dessa Colônia, renasceram
nessas plagas vinculados ao Espiritismo, que
souberam difundir com elevação e dignidade,
deixando pegadas luminosas, que serviram de
roteiro para outros que viriam
posteriormente, conforme sucedeu.
Concomitantemente, diversos sacerdotes do
amor e da caridade reencarnaram também em
outras doutrinas religiosas, a fim de
combaterem a miséria moral e espiritual
existente, trabalhando em favor da renovação
social e da construção de uma mentalidade
sem preconceitos nem espírito de sistemas.
Artistas de variados campos da beleza e da
cultura igualmente foram encaminhados ao
corpo físico, para contribuírem em favor da
renovação do povo, no qual os descendentes
dos africanos se tornaram maioria, para que
igualmente oferecessem as mensagens
ancestrais em forma de louvor à Vida e
através dos seus sentimentos e saudades. Não
obstante, as heranças da escravidão negra,
as arbitrariedades anteriores de governantes
inescrupulosos e vândalos exploradores quão
perversos oriundos do além-mar, que se
estabeleceram na então colônia de Portugal
sob o amparo de religiosos destituídos de
dignidade cristã, geraram lamentáveis
dívidas morais para expressiva multidão de
vítimas, que reencarnaram e desencarnaram
sob os camartelos do ódio e da vingança, da
revolta surda e do desejo de revide pelo mal
que padeceram. Por outro lado, os
testemunhos morais de antigos jesuítas
abnegados como Manoel da Nóbrega, Aspicuelta
Navarro e muitos outros, diminuíam na esfera
espiritual inferior as refregas inglórias
dos combates do desespero, facultando que
incontáveis apóstolos do Bem viessem a
operar no terreno da fraternidade, para
dirimir e anular os efeitos nefastos dos
renhidos desforços gerados pelo rancor e
pela inferioridade moral que predominavam
nos seus combatentes. (Sexo e Obsessão,
capítulo 1: Compromissos iluminativos.)
(Continua no próximo número.)