Sexo e Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
(Parte 7)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Sexo e Obsessão, obra de autoria de
Manoel Philomeno de Miranda, psicografada
por Divaldo P. Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. Os atos de maldade e os comportamentos
inadequados de uma criança podem ter como
causa a interferência de Espíritos?
Sim. Conforme as explicações dadas pelo
mentor Anacleto, atos de maldade, irritação,
agressividade, indiferença emocional,
perversidade, enfermidades físicas e
distúrbios psicológicos fazem parte das
síndromes perturbadoras da infância, que têm
suas nascentes na interferência de
Espíritos, perversos uns, traiçoeiros
outros, vingativos todos eles. (Sexo e
Obsessão, capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
B. Como explicar o autismo que se verifica
já na primeira infância?
Segundo o mentor Anacleto, inúmeros casos de
autismo, quando detectados na primeira
infância, procedem de graves compromissos
negativos com a retaguarda espiritual do
ser, que renasce com as marcas
correspondentes no perispírito, que se
encarrega de imprimir as deficiências que
lhe são necessárias para o refazimento. Além
disso, aqueles que padeceram nas suas mãos
cruéis acompanham-no, dificultando-lhe a
recuperação, gerando situações críticas e
mui dolorosas, ameaçando-o com impropérios e
vibrações deletérias que não sabe
decodificar, mas registra nas telas mentais,
fugindo da realidade aparente para o seu
mundo de sombras, isto quando não se torna
agressivo, intempestivo, silencioso e rude.
(Sexo e Obsessão, capítulo 4: O drama da
obsessão na infância.)
C. Que recursos terapêuticos o Espiritismo
oferece para o tratamento da obsessão na
infância?
São vários os recursos que o Espiritismo
coloca à disposição dos interessados. No
caso em tela, a terapêutica bioenergética, a
participação da criança nas aulas de
orientação evangélica sob a luz do
pensamento espírita, a água magnetizada e a
psicoterapia da bondade e do esclarecimento.
Concomitantemente, porque em ambiente
propício, os Benfeitores da Vida Maior podem
também conduzir o seu desafeto ao tratamento
espiritual desobsessivo, alterando
completamente o quadro em questão.
Evidentemente, os débitos por ela contraídos
em relação às Leis Cósmicas não ficariam sem
a devida liquidação, mudando somente os
processos liberativos, já que o Pai não
deseja a morte do pecador, mas sim a do
pecado, como bem esclareceu Jesus, o
Psicoterapeuta por excelência. (Sexo e
Obsessão, capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
Texto para leitura
32. Um exemplo de como age uma menina
obsidiada – Segundo o mentor,
irritação, agressividade, indiferença
emocional, perversidade, obtusão de
raciocínio, enfermidades físicas e
distúrbios psicológicos fazem parte das
síndromes perturbadoras da infância, que têm
suas nascentes na interferência de
Espíritos, perversos uns, traiçoeiros
outros, vingativos todos eles. Era o que, em
seguida, Manoel Philomeno observou com a
chegada de uma menina loura com mais ou
menos sete anos, que gritava, agredindo
outra com palavras e gestos vulgares, quase
lhe aplicando golpes físicos. Parcialmente
fora de si, ela foi retirada da cena
chocante pela mestra, que nesse momento
chegava. Anacleto comentou: “Aí está um
exemplo. A pequenina, como podemos observar,
é uma obsessa. No lar é tida como
recalcitrante e teimosa, não obstante os
castigos físicos que lhe aplicam os pais
desinformados e confusos, por não entenderem
o que ocorre com a filha que esperaram com
imenso carinho e os decepciona. Consultado
um psicólogo, o mesmo anotara distúrbios de
comportamento, que vem tentando solucionar,
sem penetrar na causa dos mesmos, que lhe
escapam por falta de conhecimento dessa
parasitose espiritual. No curso em que o
processo vem recebendo atendimento, dar-se-á
que, no futuro, essa criança seja candidata
a terapias muito violentas e inócuas em
grande parte, em razão das mesmas alcançarem
somente os efeitos, não erradicando a causa
central. Os fármacos ou neurolépticos
conseguem, muitas vezes, auxiliar os
neurônios na execução das sinapses,
bloqueando as interferências espirituais,
porém por pouco tempo”. Manoel Philomeno,
ante a informação, indagou se seu anjo da
guarda não poderia contribuir para
impossibilitar a obsessão. “É certo que sim”
– respondeu Anacleto. “Sucede, porém, que os
débitos contraídos são muito graves, e a
misericórdia divina já vem amparando-a,
sendo a reencarnação o melhor instrumento
para a sua reparação. O processo, que se
desenvolve sob as bênçãos da lei de causa e
efeito, culminará quando, certamente, a
maternidade trouxer o adversário aos braços
da sua antiga inimiga, selando com amor os
propósitos para futuros conúbios de
felicidade. Ninguém caminha a sós e, por
isso mesmo, na conjuntura aflitiva em que a
menina se debate, o seu Espírito protetor
muitas vezes impede que seja arrastada pelo
seu algoz para as regiões mais infelizes em
que se situa, nos períodos do parcial
desdobramento pelo sono físico,
dificultando-lhe o domínio quase total que
teria sobre as suas faculdades mentais e os
seus sentimentos de afetividade e de
comportamento.” (Sexo e Obsessão,
capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
33. Autismo na infância – Na
sequência, o Benfeitor esclareceu: “Inúmeros
casos de autismo, quando detectados na
primeira infância, procedem de graves
compromissos negativos com a retaguarda
espiritual do ser, que renasce com as marcas
correspondentes no perispírito, que se
encarrega de imprimir as deficiências que
lhe são necessárias para o refazimento.
Outrossim, aqueles que padeceram nas suas
mãos cruéis acompanham-no, dificultando-lhe
a recuperação, gerando situações críticas e
mui dolorosas, ameaçando-o com impropérios e
vibrações deletérias que não sabe
decodificar, mas registra nas telas mentais,
fugindo da realidade aparente para o seu
mundo de sombras, isto quando não se torna
agressivo, intempestivo, silencioso e
rude... Por uma natural lei de afinidade, os
Espíritos renascem no mesmo grupo
consanguíneo com o qual agrediram a ordem e
desrespeitaram os deveres. Assim sendo,
quando algum deles apresenta na infância a
parasitose obsessiva, os seus genitores
igualmente aturdidos não dispõem de recursos
para os auxiliarem, utilizando-se da
docilidade, da paciência, da compaixão, do
fervor religioso, que sempre se contrapõem
às aflições dessa natureza. Desesperam-se
com facilidade, aplicam castigos físicos e
morais injustificáveis no paciente infantil,
agravando mais a questão pelos resíduos que
ficam nos sentimentos prejudicados,
especialmente o ressentimento, o ódio, a
antipatia, a consciência da injustiça de que
foram objeto. À medida que atingem a
maturidade e a idade adulta, adicionam a
esses transtornos íntimos a mágoa contra a
sociedade que não lhes soube respeitar as
aflições e mais as aguçaram com rejeição,
críticas ásperas e desprezo... A obsessão na
infância é um capítulo muito expressivo para
integrar a relação das psicopatogêneses dos
distúrbios de comportamento e mentais,
necessitando urgente atendimento
especializado, desse modo facultando
oportunidades para a recuperação do
paciente, para a sua saúde, para o
ressarcimento dos seus débitos através do
bem que poderá fazer, ao invés do sofrimento
que experimenta”. (Sexo e Obsessão,
capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
34. Efeito das terapias espíritas
– Concluindo sua fala a respeito do drama da
obsessão na infância, Anacleto acrescentou:
“Quando luzir na Humanidade o conhecimento
espírita e as sutilezas da obsessão puderem
ser identificadas desde os primeiros
sintomas, muitos transtornos infantojuvenis
serão evitados, graças às terapias
preventivas, ou minimizados mediante os
tratamentos cuidadosos que o Espiritismo
coloca à disposição dos interessados. No
caso em tela, a terapêutica bioenergética, a
sua participação nas aulas de orientação
evangélica sob a luz do pensamento espírita,
a água magnetizada e a psicoterapia da
bondade, do esclarecimento, da paciência dos
genitores libertá-la-iam da influência
perniciosa, auxiliando-a a ter um
desenvolvimento normal. Concomitantemente,
porque em ambiente propício, os Benfeitores
da Vida Maior poderiam também conduzir o seu
desafeto ao tratamento espiritual
desobsessivo, alterando completamente o
quadro em questão. É claro que os débitos
por ela contraídos em relação às Leis
Cósmicas não ficariam sem a devida
liquidação, mudando somente os processos
liberativos, já que o Pai não deseja a morte
do pecador, mas sim a do pecado, como bem
esclareceu Jesus, o Psicoterapeuta por
excelência. Como o amor libera do pecado,
todo o bem que viesse a realizar através da
saúde comportamental e psíquica se lhe
transformaria em recurso terapêutico,
liquidando as dívidas e compromissos
infelizes que lhe pesam na economia da
evolução". (Sexo e Obsessão, capítulo 4:
O drama da obsessão na infância.)
35. Com a ajuda do mentor, o padre é
flagrado no ato – De volta à sala
onde se encontrava o padre Mauro, Manoel
Philomeno assistiu a uma cena dolorosamente
chocante. A delicada criança que saudara o
sacerdote, poucas horas atrás, encontrava-se
sentada sobre os seus joelhos, enquanto,
emocionado e aturdido, o inditoso sedutor
acariciava-a, falando-lhe palavras iníquas,
que não eram alcançadas pela mente infantil.
Revendo-se, de alguma forma, sendo seduzido
pelo próprio pai enfermo, começou a
sentir-se estimulado e a perder o controle.
A mente em desalinho disparava ondas de
energia mórbida, que logo atraíram o sequaz
desencarnado da véspera, que se lhe acercou
truculento e vil, acoplando-se-lhe ao chacra
coronário e imantando-se ao paciente a
partir do hipotálamo e descendo pela medula
espinhal. O espetáculo tinha características
escandalosas, e a sala, com as cortinas
cerradas num ambiente de semiobscuridade,
facilitava a ocorrência absurda. A criança,
totalmente seduzida, sem noção da gravidade
do ato vil que iria suceder, sorria ante as
carícias do adulto, agora teleguiado pelo
seu terrível obsessor, comprazendo-se os
dois no intercâmbio fisiopsíquico, que lhes
facultava o recrudescer das paixões mais
primitivas. Lentamente o bafio pestilencial
de ambos passou a envolver o menino, que não
podia suspeitar da trama sórdida, quando
adentrou a sala a mãezinha desencarnada do
pedófilo, a qual, em lágrimas, solicitou a
Anacleto que interferisse antes da execução
de mais um crime. O mentor, compreendendo a
gravidade do momento, e dando-se conta da
necessidade de uma terapia de emergência,
cujos resultados fossem capazes de frear
futuras crueldades, retirou-se do recinto e
trouxe, telementalizada, a diretora do
Estabelecimento que, estranhando o silêncio
no ambiente e a porta cerrada, solicitou a
uma auxiliar a chave mestra, com a qual,
abrindo-a, surpreendeu o obsesso, segundos
antes da prática do atentado ao pudor.
Tomada de espanto, e gritando, fez com que o
indigitado parasse, trêmulo, procurando
apresentar escusas para o ato vergonhoso,
enquanto o obsessor, colérico e odiento,
tentou agredir a mestra que, amparada por
Anacleto, e captando-lhe o pensamento,
conseguiu dominar-se, libertando a criança
das garras do desequilibrado, e impondo-lhe
com severidade: “O assunto será tratado
conforme convém em momento próprio. O senhor
retire-se da Escola, por favor,
imediatamente!” (Sexo e Obsessão,
capítulo 5: Conflito obsessivo.)
(Continua no próximo número.)