Teólogos, não nos
enganem tanto, as almas
é que são
o espírito
santo
Os teólogos que
instituíram ou sustentam
a doutrina da Santíssima
Trindade, que devemos
respeitar, ensinam que a
Terceira Pessoa
personifica o amor entre
o Pai e o Filho.
Uma metáfora não pode
ser tomada literalmente.
E, segundo eles, as
Pessoas Trinitárias é
que são três, e que Deus
é um só. Mas eles se
complicam afirmando que
o Espírito Santo é Deus,
como o Filho também o
seria. Pela Bíblia, só a
Primeira Pessoa, Deus
Pai, é que é Deus mesmo
ou Deus absoluto, o
Único Ser Incontingente
(que não vem de outro
ser) de são Tomás de
Aquino, para quem todos
os demais seres são
contingentes (que vêm de
outros seres). Porém, se
tomarmos o Espírito
Santo como sendo o
Espírito do próprio Deus
Pai, como, às vezes se
fala, tudo bem. Mas
afirmar literalmente que
o Espírito Santo é outro
Deus, como ensinam que
Jesus também o é, é
mistério criado pelos
teólogos.
Os dogmas são doutrinas
polêmicas porque não têm
fundamento bíblico. E o
do Espírito Santo, que,
pela Bíblia, designa os
Espíritos, é um dos que
têm levado ao declínio o
Cristianismo. Não digo
que ele esteja chegando
ao fim, não. Mas ele
decresce em número de
fiéis e está se tornando
uma crença frágil, não
praticada, e que não
serve, pois, de freio
para manter os seus
seguidores dentro dos
verdadeiros princípios
morais cristãos, além de
favorecer o crescimento
do materialismo. E esses
fatos me entristecem,
pois desejo a
regeneração do
Cristianismo, que
constitui uma barreira
contra o materialismo no
mundo.
O que vou dizer a seguir
consta de vários livros,
inclusive do meu “A Face
Oculta das Religiões”,
capítulo 7, Ed. EBM, SP.
Os textos originais em
grego do Novo
Testamento, que se
referem a um espírito
humano (“pneuma”), não
têm o artigo indefinido
“um”, porque ele não
existe em grego. Mas na
tradução para o
português, tem que se
colocar esse artigo “um”
quando não existe no
grego o definido “o”.
Mas os tradutores para a
nossa língua e outras
línguas latinas puseram
propositadamente esse
artigo definido “o”,
como se ele existisse
junto do substantivo
espírito (“pneuma”) nos
originais gregos do Novo
Testamento. Além disso,
nas traduções
acrescentaram à palavra
espírito o adjetivo
“santo” (“hagion” em
grego). E puseram esses
dois termos “espírito” e
“santo” com iniciais
maiúsculas, ficando
assim: “o Espírito
Santo” ou “o Santo
Espírito”. E essas
alterações foram feitas
para darem a entender
falsamente que os
espíritos humanos
bíblicos seriam o
Espírito Santo da
Santíssima Trindade, o
que é lamentável!
Foi dito sobre João
Batista: “Desde o ventre
materno, ele estava
cheio de um espírito
santo” (Lucas 1: 15), e
não do Espírito Santo. E
mesmo em alguns casos,
em que se admitem o
artigo definido e o
adjetivo santo junto do
espírito, entende-se
claramente que se trata
do espírito humano:
“Onde está quem pôs em
Moisés seu Espírito
Santo?” (Isaías 63: 11).
Há muitos outros
exemplos dessa
falsificação bíblica. E
os teólogos precisam
resolver esse grave erro
proposital dos seus
colegas antigos, antes
que seja tarde demais,
pois “não se engana o
povo o tempo todo”.