Divaldo Franco:
“A maior
caridade não é
dar coisas; é
dar-se”
Uma atividade
intensa marcou
os trabalhos de
fim de ano
realizados pelo
Centro Espírita
Caminho da
Redenção
O presépio
No final da
tarde do dia 13
de dezembro, às
17h, foi
inaugurado um
presépio com a
presença de
alunos da Creche A
Manjedoura e
do Jardim de
Infância Esperança. O
presépio visa
oportunizar aos
alunos, desde
cedo, conhecer o
significado do
nascimento do
Cristo,
desvinculando-o
das comemorações
de caráter
eminentemente
natalino, cuja
figura maior é o
mito do Papai
Noel. Empolgada,
a meninada
cantou, aplaudiu
e respondeu
perguntas, tanto
quanto
exteriorizaram
seus desejos e
pedidos ao
Menino Jesus,
através de uma
oração ali
formulada.
Atividades
doutrinárias
No mesmo dia, às
20h, Divaldo
Franco iniciou a
sua atividade
doutrinária no
Centro Espírita
Caminho da
Redenção,
reflexionando
sobre o Natal de
Jesus,
confabulando
sobre a paz,
dizendo que ela
é urgente e é
para a vida.
Todos desejam a
paz, porém, é de
importância
fundamental que
cada indivíduo
se conscientize
sobre essa
necessidade
premente.
O Centro
Espírita Caminho
da Redenção está
estruturado em
treze
departamentos,
atendendo a
diversos e
múltiplos
encaminhamentos
através de
dedicados
voluntários e
funcionários.
Com atividades
incessantes,
requer
assistência
perseverante,
recursos de
ordem financeira
e humana,
prestando um
serviço de alta
e relevante
qualidade.
Como o período
natalino suscita
solidariedade,
perdão,
caridade,
benevolência,
desprendimento,
Divaldo Franco,
orador de escol
e lúcido
servidor do
Cristo, narrou
emocionante
história de uma
mãe, seu
trabalho e amor
dedicado ao
filho. É uma
história real,
vivida no Bairro
do Uruguai, em
Salvador/BA, há
alguns anos.
Essa experiência
fez com que
Divaldo fosse
grandemente
influenciado
sobre o sentido
de gratidão e
ingratidão, de
lealdade e
traição, de
perdão, de amor
e de
indiferença, de
humildade e de
orgulho.
Era uma área
alagadiça, um
pântano
transformado em
depósito de
lixo. A
necessidade por
moradia foi
obrigando as
pessoas a
construírem seus
casebres, de pau
a pique, ao
estilo palafitas
e com ligações
entre os
casebres através
de rústicas e
precárias
passarelas
pênsil. Divaldo
e Nilson
visitavam
constantemente o
local, inclusive
lá pernoitando,
atendendo os
miseráveis,
notadamente
aqueles que se
encontravam em
processo de
desencarnação,
com a morte
iminente do
corpo físico.
Tinham no local
uma daquelas
precárias
palafitas para
acolher e
recolher doentes
abandonados,
quase sempre
próximos à
morte, os
moribundos, que
eram assistidos
pelos dois até a
consumação da
vida orgânica.
Houve um tempo
em que ali, mães
vendiam suas
filhas em troca
de um litro de
cachaça. Divaldo
teve a
oportunidade de
resgatar uma
menina que
estava sendo
“comercializada”,
levando-a para a
Mansão do
Caminho,
conseguindo com
a Justiça a
guarda daquela
pobre criatura,
dando-lhe
dignidade.
O caso da
vendedora de
acarajé
Em uma dessas
noites em que
velavam pelos
moribundos,
Divaldo recebeu
um chamado para
atender a uma
senhora que
estava morrendo,
ali perto.
Tratava-se de
uma lavadeira e
vendedora de
acarajé.
Desejava
conversar,
confiando-lhe um
segredo. Com
dificuldades
para falar,
debilitada pela
pneumonia, disse
que tinha um
filho que muito
amava e que se
mostrou dotado
de grande
inteligência.
Com dificuldades
e grandes
sacrifícios a
mãe extremosa,
com seu trabalho
árduo, conseguiu
com que o menino
estudasse
alcançando seu
sonho, tornar-se
médico.
Brilhante nos
estudos, o rapaz
passou a cursar
a faculdade de
medicina. A mãe,
sempre
trabalhando, e
desdobrando-se
em atividades
extras, dava
condições
financeiras para
que seu filho
pudesse estudar
e concretizar o
sonho
acalentado.
Intercedia por
ele.
Identificava-se
como madrinha de
batismo, para
não ferir o
filho,
diminuindo-lhe a
importância,
pois que era
analfabeta e
extremamente
pobre.
Conhecendo,
casualmente, um
professor da
faculdade,
solicitou a esse
que o
auxiliasse,
empregando o
filho em seu
consultório. O
estudante era
conhecido no
meio acadêmico
como “a mosca no
leite”. O
apelido lhe foi
atribuído por se
vestir sempre de
branco,
contrastando com
a sua pele
negra. Aplicado,
aluno brilhante,
logo granjeou a
confiança do
professor,
passando a
privar com a
família.
Enamorou-se pela
filha do
professor. O
consórcio seria
logo após a
formatura.
Previamente a
mãe preparou-se,
comprando fino
anel de
formatura para o
filho amado,
adquiriu
vestido,
sapatos, enfim,
procurou estar a
altura da
importância do
evento de
colação de grau.
Nos dias
próximos que
antecederiam a
formatura, o
filho foi
retirando seus
pertences do
barraco. Na
véspera, em
conversa com a
mãe, disse-lhe,
que ela não
precisaria ir a
sua formatura e
que a noiva lhe
acompanharia. A
mãe amorosa
disse, então,
para não magoar,
que realmente se
sentia aliviada
pelo filho tê-la
dispensado. Seu
coração apertava
dolorosamente,
sofria sem
deixar que o
filho
percebesse.
Antes de sair
deu ao filho a
caixa forrada
com belo veludo
onde estava
formoso e caro
anel de
formatura.
Agradecido, o
filho disse-lhe
que se
necessitasse de
cuidados
médicos, não o
procurasse em
seu consultório,
que lhe
telefonasse
utilizando o
número que lhe
dera escrito em
um papel e ele
mandaria um
colega cuidar
dela, pois que
ali não mais
voltaria.
Os anos se
passaram, o
filho se tornou
conhecido e
reconhecido em
Salvador.
Tornou-se
famoso. Naqueles
últimos
momentos, a mãe,
moribunda e cada
vez mais
debilitada, com
esforço dizia a
Divaldo que se
sentia triste,
porém o sonho
acalentado de
ver o filho
formado dava-lhe
alegria.
Solicitou que
Divaldo
guardasse um baú
onde ela
depositava os
recortes de
jornal com as
notícias sobre o
filho.
Justificou o
pedido por que
tinha a certeza
que o filho
procuraria
Divaldo ao saber
que ela havia
morrido. Pela
alva a mãe
expirou. Divaldo
e Nilson
providenciaram o
enterro do
corpo,
recolheram o baú
e colocaram fogo
no casebre, como
medida
profilática.
Decorridos
alguns dias, no
Centro Espírita,
Divaldo foi
procurado por um
elegante homem.
Pelas fotos
daqueles
recortes
identificou-o.
Constrangido, e
sem declarar
quem era, disse
que havia
interesse em
saber como havia
morrido aquela
senhora e o que
ela lhe contara,
se tinha
queixas,
guardado mágoas,
rancores.
Divaldo disse
que era assunto
reservado e que
não comentaria
com um estranho,
a não ser que
fosse familiar,
embora tenha
dito que era
afilhado da
morta.
Constrangido o
senhor
ausentou-se.
Dias mais tarde
voltou a visitar
o Centro
Espírita. Na
conversa com
Divaldo,
profundamente
cauteloso, foi
abrindo-se, ao
ponto de se
declarar como
filho. Divaldo,
então, disse-lhe
que aquela mãe
dedicada e
amorosa não
havia guardado
nenhum rancor,
embora sentisse
tristeza, amava
o filho
imensamente,
sacrificando-se
em seu favor,
queria vê-lo
vitorioso. O
filho
demonstrava
sentir remorso
pelo tratamento
que havia
dispensado à
mãe. Queria
confessar-se,
aliviar o
conflito, o
remorso, pois
que reconhecia o
equívoco. Havia
nele o
sentimento de
arrependimento.
Divaldo
orientou-o a
renascer,
recomeçando a
vida. Reparando
o mal,
praticando o
bem,
dedicando-se aos
necessitados.
A maior caridade
é dar-se; não é
dar coisas
Continuando,
Divaldo ensinou
que todos
necessitam de
ternura, de
carinho, de
solicitude, como
um pai, ou mãe
fazem aos filhos
e vice-versa.
Amar-se
mutuamente,
independente de
condicionamentos,
pois que as
consequências do
desamor são
implacáveis. Na
solidão da
jornada de cada
um, há que se
fazer algo de
bom aos outros.
As construções
físicas não são
importantes, mas
as necessidades
do Espírito
devem ser
atendidas pelos
corações
generosos, seja
através de um
pedaço de pão,
de um
acolhimento, de
um aperto de
mão, de um
abraço que possa
transparecer ao
assistido a
disposição de
estar junto,
doando-se,
demonstrando que
ele é importante
na vida e para a
vida. “A maior
caridade,
ensinou Divaldo,
não é dar
coisas, é
dar-se, dando
suas energias, o
seu tempo,
sentindo-se
honrado em
servir.”
Finalizando,
disse que deseja
que a Mansão do
Caminho seja um
lar de amor,
onde todos
possam ser
trabalhadores de
Jesus
indistintamente.
O lema deve ser
solidariedade.
Exortou para que
cada um, neste
Natal, eleja
Jesus Cristo
como o único
homenageado.
Na noite de 15
de dezembro,
mais um encontro
doutrinário
importante.
Formavam a mesa
diretiva João
Araújo, Divaldo
Franco, Mário
Sérgio,
Cristiane Beira
e Solange
Seixas, que fez
a prece inicial.
Cristiane Beira
foi convidada a
comentar o
momento atual, o
de final de ano,
onde normalmente
as pessoas
costumam fazer
um balanço, uma
avaliação das
atividades
vividas no ano,
traçando planos
para o período
seguinte.
Utilizando-se da
figura
mitológica de
Páris, filho do
Rei Príamo, de
Troia, Cristiane
fez um paralelo
entre as
atitudes de
Zeus, que optou
por não
reconhecer a
situação,
evitando, ou
negando a
existência de um
problema e as
atitudes de
Páris, que
desconhecia a
sua origem e sua
destinação.
Os problemas, ou
situações que
exijam
respostas,
quando não
enfrentados
adequadamente,
não resolvidos,
retornam,
instalando
dificuldades
ainda maiores.
Por outro lado,
aquele que não
se conhece, não
sabe de sua
origem, a sua
realidade
interna isto é,
não realiza a
viagem para
dentro de si,
autoconhecendo-se,
não chega a
conclusão de que
é filho de Deus,
possuidor de
potencial. Um
bom número de
pessoas, a
grande maioria,
toma suas
decisões optando
por ações e
situações
superficiais,
não agindo como
um ser divino,
imortal.
Cristiane
salientou ser
necessário que
os indivíduos
façam a viagem
interior,
redescobrindo
suas
potencialidades,
desenvolvendo o
autocontrole,
abandonando a
visão
imediatista,
pequena,
temporária. É
hora, salientou,
de fazer
diferente,
assumindo a
responsabilidade,
tornando-se
verdadeiro,
mudando a
intimidade para
fazer um mundo
diferente, o
mundo almejado e
necessário,
tornando-se belo
interiormente,
refletindo-se
exteriormente.
Todos desejam um
ano novo
diferente,
porém, poucos
sabem
construí-lo a
partir das
estruturas
internas.
Objetivo da
viagem interior
Divaldo Franco
argumentou que a
viagem interior se
destina a
valorizar o deus
interno,
sufocando as más
inclinações que
afligem e
atormentam.
Nesse Natal,
frisou, que a
opção seja pela
compaixão,
apesar das
indiferenças.
Muitos querem
viver bem,
quando deveriam
bem viver.
Sempre que a
opção for pelo
viver bem, o
homem arma-se
contra o outro,
ao passo que o
bem viver faz
com que os
indivíduos se
amem,
construindo a
paz íntima,
tornando-se
fiel,
desenvolvendo a
retidão de
caráter e de
costumes,
construindo
valores éticos.
O ser humano
ainda vive no
ressentimento,
embora se
considere bom.
Sem o exercício
da tolerância,
ressente-se, e
por conseguinte
não perdoa. Para
ilustrar,
Divaldo narrou
experiência
vivida por Chico
Xavier, que ao
atender uma
mulher cujo
marido era
alcoólatra, e
por ter vivido
com ele 25 anos,
imaginava já ter
alcançado o
número
suficiente para
perdoar, segundo
a resposta de
Jesus a Pedro: Perdoar
sete vezes sete
vezes. Ela
desejava se
separar do
marido. Queria
ter a certeza de
que, convivendo
com ele durante
25 anos, já
estaria liberta
a tal ponto que
em outras
reencarnações
não o
encontraria
mais. Aturando o
marido por tanto
tempo, imaginava
que estivesse
perdoada e
liberada.
Chico Xavier
meditou e
disse-lhe que o
que Jesus dizia
sobre o perdão e
a multiplicação
das vezes que
deveria perdoar
se referia a
cada ofensa, a
cada erro, isto
é,
indefinidamente.
Como Chico não
respondeu
conforme
desejava, saiu
contrariada.
Passados alguns
meses ela
retornou, agora
coberta de luto,
o marido havia
desencarnado.
Aproximando-se
do venerável
médium, de
imediato
perguntou sobre
o estado em que
se encontrava o
marido que havia
desencarnado
meses antes.
Antes de dar uma
resposta, Chico
perguntou
quantos anos ele
tinha sido
alcoólatra. - Vinte
e cinco anos,
respondeu a
viúva. - Bêbado,
respondeu o
médium do
século.
Analisando o
perdão sob o
aspecto
psicológico e
religioso,
Divaldo
esclareceu que o
desejo de não
devolver a
ofensa é
psicológico, por
que compreende
que o ofensor é
um doente da
alma, compreende
a sua natureza.
As pessoas
difíceis são
educadoras e
tudo o que
acontece possui
um significado
útil,
contribuindo
para a melhoria
íntima. No
aspecto
religioso, o
perdão é
esquecer a
ofensa. É não
conservar
mágoas. Perdoar,
continuou o
Semeador de
Estrelas, é
encontrar algo
que diminua a
importância da
ofensa, como
sugere Allan
Kardec quando
afirma que não
se pode amar da
mesma forma uma
pessoa que faz o
bem e aquela que
faz o mal, há
diferenças.
É importante
desenvolver a
convicção de não
aceitar a ofensa
que o outro
faça. Deus
sempre faz o que
é melhor para
cada indivíduo.
É de suma
importância
saber que tudo o
que se faz a
outrem retorna.
Todo o perdão
concedido, toda
a misericórdia,
toda a
compaixão, todo
o afeto
distribuído,
plenifica o ser,
felicitando-o.
Ao contrário,
quando carrega
mágoas,
conflitos,
miasmas, os
indivíduos se
infelicitam,
adoecem.
Finalizando,
solicitou que o
Divino Amigo,
Jesus, preencha
as nossas vidas.
Mário Sérgio
proferindo a
prece final,
sensibilizou os
corações
desejosos de
paz.
A história de
Flopete
No dia 17 de
dezembro,
coordenando as
atividades da
noite, Divaldo
Franco
apresentou um
pequeno apanhado
da evolução do
pensamento
científico,
desde o século
XVII quando a
ciência se
libertou do
tacão da
religião,
enumerando
pensadores,
pesquisadores e
empreendedores
que não se
deixaram abater
pelas opiniões
contrárias.
Conforme Francis
Bacon (1561
- 1626),
político,
filósofo e
ensaísta inglês,
considerado como
o fundador da
ciência moderna,
escreveu no
século XVII: uma
filosofia
superficial
inclina a mente
do homem para o
ateísmo, mas uma
filosofia
profunda conduz
as mentes
humanas para a
religião. No
século XVIII, a
ciência
encontrou o
apoio da
filosofia.
Em estilo
vibrante e
comovente,
Divaldo Franco
contou a
história real da
jovem sueca
Flopete,
retratada na
obra O
Livro de San
Michele, de Axel
Munthe(1857-1949),
médico,
psiquiatra e
escritor sueco. Munthe também
foi conhecido
por sua natureza
filantrópica e
por advogar os
direitos dos
animais. Estudou
Medicina na
Universidade de Uppsala, Montpellier e
Paris,
doutorando-se no
ano de 1880.
Interessou-se
pelo trabalho
pioneiro sobre
neurologia do
professor Jean-Martin
Charcot (1825
– 1893),
assistindo às
suas aulas no
Hospital Salpêtrière.
Divaldo
apresentou, com
a história de
Flopete,
aspectos de rara
beleza sobre a
caridade, a
tolerância, a
generosidade, a
indiferença, o
desamor, os
preconceitos, as
atitudes
displicentes e
cruéis adotadas
entre aqueles
que se
denominavam
cristãos,
destacando os
valores da
educação moral e
religiosa de
jovens e
crianças, sempre
alicerçados nos
bons exemplos.
Flopete, ao ver
a filha de sete
anos
desencarnando,
exclamou: Eu
não posso
beijá-la, ela é
um lírio e eu
sou toda
podridão!
Flopete havia
fugido de
Estocolmo,
tornando-se
vendedora de
ilusões em
Paris. Isso foi
motivo para que
seu irmão a
odiasse, e a
todas as
mulheres. Ao ver
a irmã morrer,
beijou sua mão e
pediu-lhe
perdão. A
história da
jovem Flopete é
a história de
milhares de
outras jovens ao
redor do
planeta,
retratando a
degradação
humana.
A ternura, o
amor, o
acolhimento aos
filhos
abandonados e de
outros pais
relapsos, devem
ser oferecidos
como se aos
filhos natos
fossem, tomando
cuidados para
que possam se
tornarem homens
de bem, úteis à
sociedade. Os
pais, adotivos
ou não, devem
auxiliar seus
filhos a domarem
as suas más
inclinações,
estimulando-lhes
as virtudes.
Amar a vida,
esforçar-se para
dar a vida
caráter de
dignidade, amar
o próximo,
estabelecer a
solidariedade, a
compaixão, a
ternura, o amor,
e a fraternidade
são condições
para fruir a
felicidade. Por
muito termos
recebido,
saibamos
devolver em
amor, auxiliando
o
estabelecimento
do Reino de Deus
na Terra,
assim finalizou
o discípulo do
Cristo, que
tomando a
charrua em suas
mãos, jamais
olhou para trás,
fazendo de sua
vida de
abnegação um
exemplo,
deixando pegadas
luminosas,
sinalizando o
caminho da
redenção.
Caravana Auta de
Souza
A Caravana Auta
de Souza,
fundada em
setembro de
1948, foi o
primeiro
departamento do
Centro Espírita
Caminho da
Redenção. É um
trabalho
voluntário
voltado para o
atendimento de
idosos e pessoas
inválidas
portadoras de
doenças
irrecuperáveis e
degenerativas. A
misericórdia é
rotina para os
colaboradores.
Não só para os
inscritos se
destinam os
esforços e o
atendimento. O
socorro alcança
muitas pessoas
carentes que não
são inscritas no
atendimento, mas
que se encontram
em situação de
emergência. A
Assistente
Social Romilda,
incansável
dirigente,
informa que esse
ano estão
encerrando o ano
com 330
inscritos. Eles
estão
distribuídos por
sete grupos.
Dois são
formados por
doentes graves,
geralmente
aidéticos,
cancerosos e
tuberculosos. Um
grupo é formado
por gestantes.
Os idosos, com
mais de 65 anos
de idade, ou
incapacitados,
formam quatro
grupos.
Os dois grupos
de doentes
graves estiveram
reunidos na
manhã do dia 15
de dezembro. Os
idosos e as
gestantes foram
recebidos para
comemorar o
Natal e receber
seus farnéis na
manhã do dia 17
de dezembro.
Foram, como de
costume,
recebidos com
alegria e muito
carinho.
Acolhidos com
uma prece,
receberam
lanches,
presentes para
si, para os
filhos menores
ou netos e uma
barra de
chocolate. O
momento
artístico esteve
a cargo de
Maurício
Fonseca, e pelo
trio de jovens
da Juventude
Espírita Nina
Arueira – JENA
-, formado por
Danilo, Carol e
Gustavo. A
animação musical
foi asserenando
aquelas almas
sofridas em
busca de
dignidade e
socorro para
suas vidas.
Todos
asserenados em
seus lugares,
mantinham-se
expectantes,
esperançosos,
embora sofridos.
Os idosos, do
alto de suas
experiências,
confabulavam
calmamente, na
velocidade que
seus corpos
macerados pelas
dores do mundo
permitiam. As
gestantes,
algumas com seus
rebentos
recém-nascidos
nos braços,
guardavam no
brilho de seus
olhos a chama da
esperança e da
gratidão à vida.
Os doentes
guardavam em
seus semblantes
a confiança dos
recomeços a cada
dia. Todos
buscavam
dignidade,
ansiavam por um
momento para
agradecer o amor
recebido que
lhes chega em
forma de auxílio
para suas
necessidades
básicas,
material ou
espiritual.
Tia Raimunda,
uma dileta e
abnegada
trabalhadora da
Caravana Auta de
Souza,
desencarnada
recentemente,
foi homenageada
e lembrada pelas
suas ações na
Caravana,
registradas em
fotografias.
Amorosa e
dedicada
trabalhadora,
incansável e
disciplinada,
deixou um legado
muito
importante,
exemplar.
Lembrando o
período
natalino,
direcionando os
pensamentos para
Jesus e
afastando-os do
mero consumismo,
foi realizado um
trabalho de
apresentação dos
acontecimentos e
feitos do Mestre
amoroso,
destacando fatos
da vida de
Jesus, do
nascimento ao
batismo,
descrevendo a
narrativa de
João 3:16 e 17.
Rubens Rocha,
colaborador da
Caravana Auta de
Souza, se
dirigiu ao
público
disciplinado e
atento,
apresentando
bela história
retratando a
caridade. Em
suma, sempre que
a caridade for
feita a qualquer
necessitado,
será a Jesus que
a caridade
estará sendo
prestada. Seja
através de uma
sopa, de uma
moeda, de um
agasalho, de um
copo d’água, ou
principalmente
acolhendo o
aflito envolto
em dores físicas
ou morais. O
Natal pode e
deve ser o
período em que
cada um, cada
família, se
prepara para
receber Jesus,
sempre presente
junto à
humanidade, mas
pouco percebido.
Que permaneça
com cada
indivíduo a
esperança, a
certeza de dias
melhores, orando
em nome de Deus.
Receber a visita
de Jesus é
devotar
compaixão,
carinho, ou no
ato de doar um
simples copo com
água. Quando se
faz por alguém
um benefício, é
a Jesus que se
faz. Rubens
Rocha estimulou
a que cada um
abra o seu
coração para
Jesus,
recebendo-O em
visita,
desenvolvendo o
amor ao próximo,
adotando como
conduta diária
os Seus
ensinamentos de
amor imenso. O
Natal deve ser o
da lembrança do
sublime amigo
que permanece em
nós, estimulando
a vida.
Edilton Silva
destacou que o
homem vive para
fazer a vontade
de Deus. Nesse
período, em que
os cristãos
comemoram o
nascimento de
Jesus, Ele está
mais presente e
mais vivo nos
corações dos
homens que devem
viver para
fazerem a
vontade de Deus.
Sensibilizando e
acolhendo
aquelas
criaturas
sedentas de amor
e paz, Edilton
destacou que
esse é um
período em que
Jesus, com mais
ênfase, bate às
portas dos
corações e dos
lares. Em cada
lar, comparou o
orador, o pai
está no papel de
José, cada mãe
representa a Mãe
Santíssima, e
seus filhos a
esperança da
renovação e do
crescimento,
físico e
espiritual. Cada
indivíduo deve
procurar agir de
tal forma que
não se pense
apenas em
receber coisas,
presentes, mas,
principalmente,
possa almejar
receber o
alimento do
Espírito. Madre
Teresa de
Calcutá dizia
que tudo deve
começar por uma
prece, e ao
encerrar o dia,
ao dormir,
também fazer uma
prece,
principalmente
de gratidão
pelas
oportunidades do
dia.
No Natal de
Jesus devemos
nos banhar de
luz, de alegria
pelo bálsamo da
vida, do pão do
corpo e do
espírito.
Presenteemos
Jesus com as
nossas boas
ações, fazendo o
bem e que cada
pensamento seja
uma oração. Ao
celebrar o Natal
de Jesus
saibamos repetir
o louvor: Glória
a Deus nas
alturas e paz
aos homens de
boa vontade.
Após a atividade
doutrinária, na
saída, cada
assistido,
muitos com seus
acompanhantes,
pelas
debilidades
naturais, foram
recebendo os
farnéis
quinzenais,
compostos com 27
itens, do feijão
ao sabonete,
retornando aos
seus lares
levando nos
corações o calor
do amor que
aquece,
alimenta, acolhe
e sustenta.
Encontro dos
Funcionários com
Divaldo Franco
No dia 16 de
dezembro, desde
cedo os
funcionários do
Centro Espírita
Caminho da
Redenção
começaram a
chegar no
auditório,
formando grupos
alegres,
confraternizando-se,
estreitando
relacionamentos.
Recebidos com
carinho e
reverência ao
som de um
violino, cada
presente ganho
um livro como
brinde.
Com a
coordenação de
Tito Bosco, o
evento teve
início quando os
funcionários que
completaram 10,
15 e 20 anos de
trabalho
continuado na
instituição, em
2016, foram
agraciados com
diplomas em
reconhecimento
aos serviços
prestados. Na
sequência da
programação,
Divaldo Franco
foi homenageado
pelos
funcionários ao
apresentarem uma
série de fotos
selecionadas
retratando o
grandioso
trabalho desse
incansável e
dedicado
servidor do
Cristo. Nessa
homenagem também
foi destacado o
saudoso Nilson
de Souza Pereira
– Tio Nilson, de
terna lembrança.
Materializando a
gratidão dos
funcionários ao
Semeador de
Estrelas e
benfeitor de
inúmeras almas
acolhidas na
Mansão do
Caminho, foi-lhe
entregue uma
placa com a
inscrição: Os
valores morais,
as conquistas
espirituais
respondem pela
gratidão que
resulta de todas
as oportunidades
de crescimento e
de valorização
da existência,
enriquecendo o
ser humano de
generosidade, a
filha dileta da
sabedoria de
viver. Joanna de
Ângelis/Divaldo
Franco. Ao tio
Divaldo, nossa
gratidão eterna
dos funcionários
do Centro
Espírita Caminho
da Redenção. 16
de dezembro de
2016.
Profundamente
sintonizado e
agindo com as
características
de um homem de
bem, Divaldo
Franco externou
sua gratidão ao
quadro funcional
do Centro
Espírita Caminho
da Redenção,
apresentando uma
história de
origem indiana e
que retrata os
caracteres de
retidão,
solidariedade,
hombridade,
fidelidade,
ponderação,
moral elevada e
extremo senso do
dever e de
responsabilidade.
Desta
elucidativa
história,
pode-se extrair
como referencial
para todos os
dias da vida e
para qualquer
circunstância,
três conselhos:
1º - Nunca
abandonar a
estrada
principal,
tomando caminhos
secundários,
pelos desvios;
2º - Nunca se
envolva com o
problema do
outro, siga o
seu destino; 3º
- Nuca aja, ou
tome decisão
enquanto estiver
sob forte
emoção, com
raiva ou ira.
Agindo com
retidão moral,
consciência
tranquila e
caráter reto,
responsabilizando-se
pelas ações,
jamais terá
motivos para
arrependimentos.
Na vida, cada
indivíduo deve
ser o agente
ativo da sua
própria
felicidade, das
mudanças de
metas para
melhor. A
rebeldia, o
desencanto, a
indiferença, a
amargura só
infelicidade e
transtornos
produzem. Assim,
vivendo em
coletividade, o
ser humano em
equilíbrio
emocional é um
doador, um
auxiliar
prestimoso que
sabe tratar com
urbanidade, com
gentileza e
educação os seus
semelhantes.
Evitar as
conversas
inúteis, as
intrigas é dever
de todos os que
se renovam
através dos
ensinamentos do
Mestre Nazareno.
Dirigindo-se
diretamente aos
funcionários,
Divaldo
salientou que a
empresa é de
Jesus e que cada
um, na sua
função, está
construindo,
junto com a
diretoria um
mundo novo, com
pessoas
dedicadas,
visando tornar
as criaturas em
homens de bem,
finalizando sua
intervenção.
Tito Bosco,
relembrando a
acolhida que
recebeu de Tio
Nilson, destacou
que a confiança
que alguém
deposita em
outrem, deve ser
mútua. Em
gratidão aos
funcionários,
presenteando-os
com arte, foi
apresentado o
Coral do
LACEN-BA –
Laboratório
Central de Saúde
Pública, sob a
regência da
Maestrina Kátia
Cucchi. Sua
performance
arrancou
aplausos e fez
com que o
público
acompanhasse
cantando junto.
Outro destacado
mimo foi a
apresentação de
balé com a
Professora da
Escola de Dança
da Universidade
Federal da
Bahia, Nelma
Seixas e do
Bailarino do
Teatro Castro
Alves, Luís
Molina.
Demétrio Ataíde
Lisboa,
Presidente do
Centro Espírita
Caminho da
Redenção,
solicitou que
cada um
aprofundasse as
suas reflexões
sobre os
conteúdos da
história narrada
por Divaldo
Franco, tendo-a
com parâmetro
para a postura
de cada um
perante a
instituição que
os acolhe para o
labor
libertador.
Acrescentou que
tudo o que for
bom para a
instituição será
bom para os
funcionários,
destacando que
os valores
amoedados devem
possuir lastros
morais. O evento
foi encerrado
com grande salva
de palmas,
abraços,
felicitações e
desejos de um
Natal abençoado
com Cristo.
Estudos da Série
Psicológica de
Joanna de
Ângelis
No período da
tarde do dia 17
de dezembro, a
partir das 16h,
foi realizado
mais um encontro
de estudo das
obras da Série
Psicológica de
Joanna de
Ângelis. O
encontro é
carinhosamente
denominado de aulão.
Esse trabalho é
coordenado por
Íris e Cláudio
Sinoti. O tema
foi: O Ser Real
- Problemas da
Evolução. O
estudo foi todo
baseado no
capítulo I, da
obra
Autodescobrimento:
Uma busca
Interior, da
mentora
espiritual e
psicografada por
Divaldo Franco.
Neste evento
estiveram
presentes
caravanas de
diversos
Estados, do
Paraguai e da
Suíça.
Cláudio Sinoti
conduziu os
presentes para
uma reflexão
sobre os
momentos atuais,
onde os tempos
são
desafiadores, as
crises se
encontram
instaladas em
muitos pontos.
Não obstante, a
mídia de forma
geral faz uma
maciça
divulgação de
fatos
lamentáveis,
fazendo crer que
estamos à beira
do caos, porém,
a humanidade
possui motivos
suficientes para
saber que dias
melhores estão
por vir. Em
sendo o ser
humano um dínamo
gerador de
energias, cabe
ao indivíduo
dotado de certa
lucidez aprender
a cuidar do
corpo físico, a
controlar as
emoções e como
lidar com elas,
tais o medo, a
raiva, etc.
Na medida em que
o ser humano se
conscientiza
sobre a sua
realidade,
inicia-se um
processo de
despertamento de
valores, antes
ocultos. O
objetivo é
alcançar a
harmonia entre o
ser espiritual e
o físico,
deixando de dar
importância
maior ao que
desagrada, para
valorizar as
ocorrências boas
e salutares. Os
caminhos para a
cura real
transitam pela
mudança de
hábitos mentais,
pela aquisição
de valores
morais elevados,
pensamentos
edificantes,
pelo
estabelecimento
do controle
emocional,
renascendo
constantemente,
renovando a
consciência,
autodescobrindo-se,
tornando-se um
ser integral.
Íris Sinoti
tratou sobre os
problemas da
evolução, isto
é, deslocando-se
de uma posição
inferior, para
uma superior.
Nesse processo,
os indivíduos
devem investir
no seu
autoconhecimento,
identificando o
que é mau e o
que é bom e, que
jazem na
intimidade de
cada criatura.
Cada um possui
um patrimônio
próprio,
construído pelos
seus atos,
montando a sua
história
conforme deseja.
Métodos
corretivos e
educacionais são
os estímulos que
as Leis da Vida
recorrem para o
aprimoramento
dos seres
humanos. No
processo de
crescimento, o
sofrimento se
constitui em
fator de
aprimoramento,
de instrumento
de evolução,
considerado o
estágio atual da
humanidade
terrestre.
As boas
intenções não
são suficientes,
é necessário
partir para a
ação. Todos
estão
capacitados para
resolver
situações
afligentes.
Apesar dos
flagelos que
dilaceram os
indivíduos que
se equivocam em
relação às Leis
Divinas, e
mantendo bom
ânimo, luta
constante contra
as imperfeições
e
autodescobrindo-se,
tornam-se
vencedores,
integrais. Cada
indivíduo deve
aproveitar todos
os benefícios
que as situações
adversas
apresentam,
fortalecendo-se
espiritual e
moralmente.
Os problemas da
evolução são
constituídos
pela
não-aceitação
dos problemas
que experimenta,
pelo egoísmo,
pela
autocomiseração,
pelo
amor-próprio
exacerbado. A
vitimização, a
falta de coragem
para os
enfrentamentos
necessários, as
transferências
psicológicas
continuadas,
adiando
soluções,
deixando que os
desequilíbrios
internos se
avolumem, são
outros tantos
impedimentos
para que a
evolução seja
alcançada com
mais facilidade,
construindo o
homem de bem, o
homem integral.
Mansão do
Caminho
Com profundo
sentimento de
gratidão,
reconhecendo a
importância que
cada um
representa para
o bom desempenho
das atividades
da Mansão do
Caminho, obra
social do Centro
Espírita Caminho
da Redenção,
Divaldo Franco
reuniu um
pequeno grupo de
amigos
benfeitores da
instituição para
um lanche e a
realização do
culto do
Evangelho de
Jesus no Lar, no
final da tarde
de 18 de
dezembro.
Anfitrião de
escol, a todos
dirigiu a sua
atenção
reverente. As
conversas entre
os participantes
se revestiram de
caráter afável e
descontraído. Em
palavras, que
não traduzem com
fidelidade o
sentimento de
gratidão,
Divaldo
agradeceu a
participação e o
amor que nutrem
pela Mansão do
Caminho. Para
descontrair,
ainda mais,
narrou uma
história jocosa
envolvendo uma
pessoa
materialista e
outras
espiritualistas.
Após o lanche
saboroso,
servido com
esmero, todos se
reuniram para
Evangelho no
Lar. O encontro,
iniciado com
prece proferida
nos idiomas
Guarani, Alemão,
Italiano,
Português e
Espanhol. Lida
uma página da
obra Trigo de
Deus, de Amélia
Rodrigues,
psicografada por
Divaldo Franco,
foram realizados
comentários
sobre o texto
por alguns
participantes.
Divaldo, fazendo
o encerramento,
destacou os
apelos que a
matéria possui
sobre o
espírito, e que
cada um faz a
sua opção,
conforme esteja
sintonizado com
uma ou outra
concepção.
Antes das
despedidas
muitas fotos
foram
realizadas,
evidenciando o
clima
descontraído,
afável e
amoroso. Todos
sentindo as
vibrações do
envolvimento
espiritual,
estampavam em
suas faces a
alegria de viver
em favor do
próximo. Estavam
presentes,
também, o
Presidente do
Centro Espírita
Caminho da
Redenção,
Demétrio Lisboa,
sua esposa Telma,
bem como outros
colaboradores
cotidianos.
Nota do autor:
As fotos desta
reportagem são
de autoria de
Jorge Moehlecke. |