Da
série de erros frequentes no uso do idioma português,
eis mais cinco exemplos:
1. As dificuldades em casa começaram a muitos anos.
O
correto: As dificuldades em casa começaram há muitos
anos.
Explicação: No caso acima, como se trata de evento
passado, não cabe a preposição "a", mas sim o verbo
"há".
2. As dificuldades começaram há muitos anos atrás.
O
correto: As dificuldades começaram há muitos anos.
Explicação: Como se trata de evento passado, não cabe na
frase a palavra “atrás”, que constitui uma redundância
perfeitamente evitável.
3. O caderno encontrei em cima, mas o livro estava em
baixo.
O
correto: O caderno encontrei em cima, mas o livro estava embaixo.
Explicação: No português falado no Brasil, embaixo é
escrito numa só palavra. Apenas no português falado na
Europa é usada a locução "em baixo".
4. Tudo ia bem, até que surgiu a doença da esposa, o
acidente com o filho, a morte do meu pai etc.
O
correto: Tudo ia bem, até que surgiram a
doença da esposa, o acidente com o filho, a morte do meu
pai etc.
Explicação: Com sujeito plural, o verbo normalmente tem
de ir para a forma plural.
5. Para o churrasco providenciamos carne, carvão,
bebidas, etc.
O
correto: Para o churrasco providenciamos carne, carvão,
bebidas etc.
Explicação: “Et cetera”, de forma reduzida etc., é uma
expressão de origem latina que significa "e os
restantes" ou "e outras coisas mais". É normalmente
utilizada no fim de uma frase para representar a
continuação lógica de uma série ou enumeração. Em face
disso, vários estudiosos, a exemplo de Napoleão Mendes
de Almeida, entendem que antes de “etc.” não cabe
vírgula.
Jiboia, boia, joia são escritas assim mesmo, sem o
acento gráfico na letra “o”?
A
pergunta veio de uma leitora e nossa resposta é sim.
Exceto nas palavras oxítonas, o ditongo “oi”, com
pronúncia aberta, não é mais acentuado. Portanto,
persiste o acento na palavra herói, tanto quanto em
corrói, Niterói etc.