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por Waldenir A. Cuin

Juventude não é sinônimo de libertinagem

“Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu. Então, vem e segue-me.” (Mateus 19:21)

Jesus dialogava com um jovem rico, dono de inúmeras propriedades, que O buscara dizendo guardar os mandamentos da lei e, por isso, tinha direito ao reino de DEUS. Então, o Cristo lhe respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu. Então, vem e segue-me” (Mateus 19:21), pois, conforme as palavras do Mestre, só lhe faltava isso para que o jovem atingisse a perfeição.
No entanto, cabisbaixo, o jovem deixou o local, pois para ele seria muito desprender-se de tudo que tinha, ainda mais tendo a juventude pela frente, para seguir a Jesus. Preferiu, então, continuar sua vida sem alterações significativas.
Obviamente, nenhum jovem sacrifi-cará seus anos primaveris, numa renúncia absoluta a tudo que o cerca. Nem Jesus desejaria isso. Precisará ele viver os tempos da juventude, desfrutar desse momento alegre, pouco compromissado, desa-brochar seus sentimentos, cantar, brincar, festejar..., mas, em mo-mento algum, por ser jovem, poderá se dar ao descuido de destruir sua vida em comportamentos levianos e irresponsáveis.
Desenvolve, em nosso meio social, a cultura de uma juventude libertina, indiferente, e com poucas preocu-pações para com os reais e necessários valores morais da vida.
Diante disso estamos assistindo a uma avalanche de tragédias de todos os tipos e matizes, onde jovens despreparados e, muitas vezes não educados, devido aos descasos familiares, estão se atirando em abismos profundos, sem volta ou com chances mínimas de redenção.
Espíritos endividados do passado, solicitaram novas oportunidades reencarnatórias, e, chegando à Terra, palco das lutas e das experiências, onde deviam colher os louros da vitória, novamente atolam seus ideais e sonhos no lamaçal das inconsequências, para chorar mais tarde, sem dúvida, amargando novos remorsos e arrependimentos.
Para desfrutar, prazerosamente, esse belo e expressivo momento das suas vidas é preciso cautela e discernimento, “pois que tudo me é licito, mas nem tudo me convém”, já ensinava Paulo de Tarso há muito tempo.
O jovem pode fazer uso de bebidas alcoólicas? Aprofundar-se em tóxicos ainda mais pesados e deletérios? Colocar asas em suas motocicletas? Impulsionar o veículo como um bó-lido? Usar e abusar do sexo? Cultivar a violência e a agres-sividade? Desrespeitar os mais velhos? Perturbar o sossego público? Isso convém?
Na vida, existem situações que podem ser contornadas sem maiores agravantes. Um pequeno ferimento pode ser curado, uma leve batida com o carro o funileiro resolve; um corte de cabelo equivocado pode ser reparado; quando se perde um ano escolar, logo vem o outro. Mas, acontecimentos existem que não tem como resolver. A gravidez não tem volta. Se recorrer ao aborto comete crime de graves proporções que exigirá reparações dolorosas. As viciações tóxicas arrebentam o físico e o caráter da criatura. O excesso de velocidade mata muitos jovens. E, assim por diante.
A exemplo do jovem que procurou Jesus para usufruir de uma vida mais digna e promissora e não aceitou os conselhos e as orienta-ções do Mestre, muitos moços e moças de hoje fazem o mesmo percurso; ante as lições e os avisos sérios e esclarecedores, preferem seguir pela vida trilhando por vielas sombrias e desastrosas.
Vivem raros momentos de prazer e suposta felicidade na idade prima-veril, para depois amargar o resto da existência no âmbito da dor, do sofrimento e das desilusões.
Juventude não é sinônimo de libertinagem, mas sim de muita responsabilidade.
Pensemos nisso, enquanto há tem-po...


 

 

     
     

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