Internacional
por Ênio Medeiros |
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Ano
11 - N° 518 -
28
de
Maio de 2017 |
Divaldo Franco: “É necessário ter um sentido para a
vida”
No domingo passado, dia 21 de maio, Divaldo Franco falou
aos espí-ritas e simpatizantes do Espiritismo residentes
na Holanda, o sétimo país por ele visitado em sua mais
recente excursão doutrinária por países eu-ropeus,
iniciada em Paris, França.
Chegando a Amsterdã, Holanda, nos primeiros minutos da
madrugada do dia 21 de maio, proveniente de Frankfurt,
Alemanha, onde realizou belo trabalho doutrinário,
Divaldo Franco, o Paulo de Tarso do Espiri-tismo,
foi recebido pelos amigos espíritas da bela capital
holandesa, rumando de imediato para o hotel.
Estando em viagem doutrinária des-de o dia 8 de maio,
experimentando clima desfavorável, fuso horário,
preocupações com bagagens, horá-rios de embarque,
documentos de viagem e cansaço físico causado pela
própria rotina de uma viagem internacional, Divaldo
buscou aco-modar-se o mais rapidamente possível,
procurando descansar, refazendo-se, pois que, ainda no
domingo, teria que proferir uma conferência no início da
tarde.
A conferência foi realizada na cidade de Rijswijk,
distante 67 km de Amsterdã, para um público aproxi-mado
de 250 pessoas.
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Divaldo
durante o momento de autógrafos |
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Cura e Autocura –
O evento teve, ainda, a apresentação do músico Samuel
Rodrigues e o exímio pia-nista Flávio Benedito,
produzindo enlevo e harmonia no ambiente, cativando os
presentes.
Prestigiando o evento, e levando o seu abraço ao dileto
amigo Divaldo Franco, esteve presente o Cônsul-Geral do
Brasil na Holanda, o Em-baixador Cezar Amaral.
Antes da atividade, Divaldo Franco apresentou ao público
holandês o seu querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez,
que, ao se pronunciar, envolveu a plateia com a ternura
e o carinho que lhe são característicos, sensibilizando
os audientes ao narrar algumas de suas experiências de
espírita cristão, afirmando que a doença ou a saúde são
razões, escolhas, que cada um pode realizar.
O tema abordado por Divaldo foi a Cura e Autocura.
Para tal, Divaldo contou com a eficiente tradução
de Joyce de Leeuw para o idioma holandês.
Divaldo, que aceitou o convite de Jesus, e há mais de 70
anos tem divulgado a Doutrina Espírita nos cinco
continentes com seu verbo eloquente, afirmou que a
criatura humana é a grande questão.
A
psique não morre, apenas muda de corpos – Citando o
pensador argentino José Ingenieros, que asseverava: "ser
jovem é poder olhar para trás e não ter vergonha do seu
passado, a verdadeira juven-tude é interior, pois o
corpo degene-ra", destacou a necessidade de uma vida de
retidão ética e moral.
Com Albert
Einstein (1879-1955), físico teórico alemão
radicado nos Es-tados Unidos, Divaldo esclareceu,
segundo os estudos do cientista, que a matéria não é
senão energia con-gelada, e energia é matéria
desa-gregada. Cada indivíduo é uma ver-dadeira máquina
de natureza celular conduzida pela consciência.
A Organização Mundial de Saúde define a saúde como sendo
o con-junto composto pelo bem-estar fisio-lógico, o
equilíbrio psicológico, a harmonia socioeconômica e
certeza da espiritualidade. As doenças de-vem ser
tratadas na causa, e a causa é a energia, que equilibra
ou desequilibra o corpo, segundo ela seja operada.
Referindo-se a Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra
suíço e fundador da psicologia ana-lítica, Divaldo
salientou que a psique não morre, ela muda de corpos,
con-forme convicção do eminente psi-quiatra.
O Espiritismo afirma que essa ener-gia é inteligente, é
o Espírito; assim, desaparece o conteúdo religioso e
aparece um conteúdo de natureza sociológica.
Por que tantos suicídios em países ricos?
– Ensejando oportu-nidade para que a atenta plateia se
questionasse, indagou: por que países com os maiores PIBs e
alta-mente tecnológicos possuem altos índices de
suicídio? De imediato respondeu: muitos ambicionam
atingir o ápice das conquistas que a matéria pode
proporcionar, e quando isto se dá, para muitos a vida
deixa de ter um sentido, tudo se torna banal. Assim,
para que se possa adquirir harmonia, bem-estar, é
necessário ter um sentido para a vida, possuir uma
meta, onde o ser possa tornar-se útil ao próximo,
servindo, tendo um móvel para manter-se saudável.
Citando experiências próprias, como tem feito em suas
conferências, fez referência, com muito bom humor, à
grave cardiopatia de que fora aco-metido, bem como ao
câncer de próstata. Diante desses quadros, disse o
querido palestrante ter opta-do por recusar-se a morrer,
e atra-vés da mente bem direcionada, com disciplina,
enfrentou e venceu a ambas enfermidades, graças ao
tra-balho mental posto a serviço da autocura.
O Dr. Bernie Siegel (1932-),
escritor americano e cancerologista, estabe-leceu pontos fundamentais para a cura das enfermidades: crer em
Deus, crer no seu médico, crer na terapia e crer em si
mesmo.
O autoamor nos propicia viver com saúde –
“Ame-se mais!” – conclamou Divaldo Franco. “Supere os
seus conflitos!” Todos possuem uma trajetória emocional,
muitos fo-ram criados com conforto, alguns sem a
presença da mãe, com falta de ternura, onde o jovem
amadu-rece antes do período biológico ideal. Além disso,
é fundamental saber que somos Espíritos imortais e
trazemos de outras reencarnações problemas não
resolvidos. “O autoa-mor nos propicia viver com saúde”,
enfatizou o orador. O importante não é viver muito, mas
viver muito bem cada momento, tirando da mente o lixo
que, muitas vezes, carregamos, tais como o ciúme, a
inveja, a ira...
Em suas sábias palavras e escudado em suas experiências,
Divaldo sen-tenciou: Se tivermos a coragem de nos
amar, teremos saúde, mesmo tendo doenças, pois iremos
adminis-trar a doença.
Finalizando esse profícuo momento de reflexão sobre a
cura e a autocura, o incansável conferen-cista salientou
a confortadora men-sagem de Jesus: "Eu vos desejo paz,
eu vos dou a minha paz". “Que neste breve encontro,
continuou, algo de paz e de amor permaneça em suas
mentes e em seus corações.”
Nota:
As fotos são também de Ênio Medeiros, de Santa Cruz do
Sul (RS).
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