Questões para debate
A. Que
dizer aos que entendem que na Bíblia não há referências
às comunicações espíritas?
B. Pode um
Espírito ainda primitivo reencarnar no seio de uma
sociedade mais civilizada?
C. Por
que, tendo já vivido anteriormente no estado de
Espírito, muitos Espíritos se espantam com o que veem
depois da morte corpórea?
D. Os bons
Espíritos costumam lisonjear as pessoas?
Texto para leitura
215. O
Espírito de Carlos IX, ex-rei da França e filho de
Catarina de Médicis, pede que sejamos mansos e pacientes
com aqueles a quem ensinarmos. Carlos informa ter
reencarnado como escravo na América e diz que sua mãe,
após sofrer bastante, se encontrava noutro planeta. (P.
388)
216. O
Espírito de Rembrand, criticando os sábios que pensam
serem os únicos a possuir todos os segredos da Criação,
mas não sabem nem de onde vêm, nem para onde irão, diz
que não há na Bíblia uma única página em que não se
encontrem traços de relação entre os mundos visível e
invisível. (P. 389)
217. O
homem de coração reto não tem a cabeça emproada, diz um
Espírito, que adverte: Há apenas um caminho que a Deus
conduz – a fé e o amor aos nossos semelhantes. (P. 390)
218. O Sr.
V..., excelente médium que se distingue pela pureza de
suas relações com o mundo espírita, estava sendo
atormentado por um Espírito que resolveu residir no seu
quarto. Antigo carreteiro, esse Espírito pertencia à
mais baixa classe. Consultado por Kardec, um Espírito
superior diz que há dois meios de o rapaz
desembaraçar-se do perseguidor: o meio espiritual,
pedindo a Deus, e o meio material, mudando de casa. (P.
392)
219. O
fato demonstra que existem realmente lugares assombrados
por certos Espíritos que se ligam a determinados locais.
(P. 392)
220.
Comentando o assunto, Kardec mostra como a prece é útil
em tais casos e diz que esses Espíritos se sensibilizam
com os nossos conselhos e as nossas preces. Por que,
pois, recusaríamos ouvi-los, quando seu arrependimento e
seu sofrimento podem edificá-los? (PP. 393 e 394)
221. A
Sociedade Espírita de Paris, em sua sessão geral de
30/9/1859, analisou o crime cometido por um menino de 7
anos e meio, com premeditação e todas as agravantes.
Interrogado, São Luís informou que o Espírito dessa
criança estava quase no início do período humano; não
tinha mais que duas encarnações na Terra. Pertencente às
tribos mais atrasadas das ilhas marítimas, nasceu aqui
na esperança de progredir. (P. 395)
222.
Tratando da admissão de novos membros da Sociedade
Espírita de Paris, Kardec observou: Não basta que sejam
eles partidários do Espiritismo em geral; é necessário
que concordem com a sua maneira de ser. A homogeneidade
de princípios – diz Kardec – é condição essencial, sem a
qual uma sociedade qualquer não poderia ter vitalidade.
(P. 396)
223. Para
comunicar-se entre si, os Espíritos não precisam da
palavra: basta-lhes o pensamento. Quando se comunicam
com os homens, devem traduzir seu pensamento em sinais
humanos, isto é, em palavras, que tiram do vocabulário
do médium de que se servem, de certo modo como de um
dicionário. Por isso, é mais fácil ao Espírito
exprimir-se na língua familiar do médium, embora possa
fazê-lo numa língua que este desconheça. (P. 398)
224. A
Sociedade Espírita de Paris, por proposta de dois
membros, decidiu por unanimidade: Toda pessoa que
desejar fazer parte da Sociedade deverá fazer o pedido
por escrito ao presidente. O pedido deverá ser assinado
por dois apresentantes e relatar: 1. – que o postulante
tomou conhecimento do regulamento e se compromete a
observá-lo; 2. – as obras lidas sobre Espiritismo e sua
adesão aos princípios da Sociedade, que são os do Livro
dos Espíritos. (PP. 399 e 400)
225. O
Espírito de São Luís, Presidente espiritual da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, desaconselha uma
evocação que, segundo ele, requeria uma grande
tranquilidade de espírito, enquanto que naquela noite
discutiram-se ali longamente negócios administrativos.
(PP. 400 e 401)
226.
Alguém propôs evocar-se na Sociedade a Sra. Br...,
membro titular que estava em viagem de navio para
Havana. Consultado, São Luís desaconselhou a evocação
informando que a Sra. Br... estava muito preocupada
naquela noite, visto que o vento soprava com violência e
o instinto de conservação tomava-lhe todo o pensamento.
(P. 402)
227. A
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas decidiu que
todos os anos, na renovação do ano social, os membros
honorários serão submetidos a novo voto de admissão, a
fim de serem eliminados os que não mais estiverem nas
condições requeridas. (P. 403)
228. O Sr.
Les..., em reunião da Sociedade, diz não compreender o
espanto dos Espíritos depois da morte, uma vez que,
tendo já vivido no estado de Espírito anteriormente,
eles não deveriam espantar-se com isso. Foi-lhe
respondido: Esse espanto é apenas temporário; depende do
estado de perturbação que se segue à morte, e cessa à
medida que o Espírito se desprende da matéria e recupera
suas faculdades de Espírito. (P. 404)
229. O Sr.
Van Br..., de Haia, adepto fervoroso do Espiritismo,
relatou à Sociedade Espírita de Paris que sua filha de
14 anos tornou-se um bom médium, mas sua mediunidade
apresentava particularidades bizarras: a maior parte do
tempo escrevia às avessas, de modo que para ler-se o que
escreveu é preciso pôr as folhas diante de um espelho;
além disso, muitas vezes a mesa de que ela se serve para
escrever inclina-se diante dela como uma carteira e fica
nessa posição até que ela acabe. (N.R.: Essa incrível
mediunidade, chamada de psicografia especular, é
raríssima e geralmente só se encontra em grandes
médiuns.) (P. 405)
230. O
Espírito de São Vicente de Paulo esclarece alguns pontos
relacionados com os convulsionários de Saint-Médard, e
diz que os fenômenos ali cessaram porque eram produzidos
por Espíritos pouco elevados, e não porque a autoridade
terrena os interditou. No caso, houve uma conjugação de
propósitos. (P. 408)
231.
Kardec ensina: Os bons Espíritos aprovam aquilo que
acham bom, mas não fazem elogios exagerados. Estes, como
toda a lisonja, são sinais de inferioridade da parte dos
Espíritos. (P. 408)
Respostas às questões
A. Que
dizer aos que entendem que na Bíblia não há referências
às comunicações espíritas?
Podemos
dizer-lhes o que disse o Espírito de Rembrand, que
afirmou, em mensagem publicada na Revue, que não
existe na Bíblia uma única página em que não se
encontrem traços de relação entre os mundos visível e
invisível. (Revue Spirite, pp. 389 e
390.)
B. Pode um
Espírito ainda primitivo reencarnar no seio de uma
sociedade mais civilizada?
Sim. A
Sociedade Espírita de Paris, em sua sessão geral de
30/9/1859, analisou o crime cometido com premeditação e
todas as agravantes por um menino de 7 anos e meio.
Interrogado sobre o fato, São Luís informou que o
Espírito dessa criança estava quase no início do período
humano; não tinha mais que duas encarnações na Terra e
nascera naquele meio na esperança de progredir. (Obra
citada, p. 395.)
C. Por
que, tendo já vivido anteriormente no estado de
Espírito, muitos Espíritos se espantam com o que veem
depois da morte corpórea?
Essa mesma
pergunta foi formulada pelo Sr. Les..., em reunião da
Sociedade Espírita de Paris. Foi-lhe, então, respondido
que esse espanto é apenas temporário; depende do estado
de perturbação que se segue à morte, e cessa à medida
que o Espírito se desprende da matéria e recupera suas
faculdades de Espírito. (Obra citada, p. 404.)
D. Os bons
Espíritos costumam lisonjear as pessoas?
Não.
Kardec nos ensina que os bons Espíritos aprovam aquilo
que acham bom, mas não fazem elogios exagerados. Estes,
como toda a lisonja, são sinais de inferioridade da
parte dos Espíritos. (Obra citada, p. 408.)