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por Temi Mary Faccio Simionato

Nos passos do Mestre

Os ensinamentos do Mestre ajustam-se de maneira perfeita à nossa situação de encarnados, sendo lastimável que não nos vigiemos, e acabemos tornando-nos agentes nas quedas constantes que sofremos, através do caminho, ou instrumentos de tentação levando companheiros a desvio de conduta.

De acordo com os desígnios evangélicos, devemos esclarecer nossos semelhantes com amor fraternal em todas as circunstâncias, mas se o instinto animalizado prevalece, convém deixá-los, depois dos nossos esforços no trabalho de purificação, até que possam experimentar a serenidade mental para se beneficiarem com as manifestações afetuosas do amor e da verdade.

Fraternalmente, escutemos o que nos falam e observemos o que vemos, sem escandalizar quem nos ouve ou ferir os companheiros, opondo-lhes censuras ou acusações que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, porque nem tudo nos convém, como lembra o apóstolo Paulo de Tarso.

Estejamos alertas, orando e abençoando, servindo e desculpando, esquecendo o mal e restaurando o bem.

O espírita evangelizado sabe cultivar a humildade no amor ao trabalho de cada dia, na tolerância esclarecida, no esforço educativo de si mesmo, na significação da vida, sabendo igualmente levantar-se para a defesa da sua tarefa de amor, defendendo a verdade sem transigir com os princípios no momento oportuno.

Cólera, amarguras, violência são sentimentos com que precisamos lutar para que nunca nos assaltem, por mais graves e injuriosos sejam os motivos que poderiam nos levar a isso. Caso contrário, não estaremos seguindo os passos do Mestre Jesus, que é o modelo supremo.

Existem no mundo as pedradas da ignorância e da má-fé partidas de sentimentos inferiores e convém que nós, os cristãos, estejamos preparados e serenos de modo a não recebê-las com sensibilidade doentia, mas com o propósito de trabalho e esforço próprio, conhecendo que as mesmas fazem parte do plano de vida temporária onde viemos para nos educar.

Não sejamos um daqueles que se negam a agir de acordo com os conhecimentos adquiridos, procurando passar pela “porta larga” dos prazeres ilusórios e das facilidades terrenas, ao invés de nos esforçarmos por atravessar a “porta estreita” das dificuldades, da renúncia e da abnegação, do amor e do perdão, que são os únicos caminhos que nos aproximam de Deus.

Se suportarmos tudo com paciência e fé, estaremos preparando para nós mesmos dias melhores e um amanhã radioso de luz e paz.

Amemos os nossos irmãos de caminhada sem julgar ou condenar. Soergamos aqueles que tenham tombado no erro, socorramos aqueles que se encontrem em desespero ou aflições, amparemos os desanimados e desiludidos, incentivando-os a lutar para vencer. Façamos de nossa vida um manancial perene de amor, a fim de que consigamos amar até mesmo aqueles que nos perseguem e caluniam, conforme o convite de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O entendimento e a aplicação do “amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra. O amor a que se refere o Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria na execução da vontade do Pai, onde estivermos e a quem necessitar.

O esclarecimento íntimo é inalienável tesouro dos discípulos sinceros do Cristo. Assim, se cultivarmos o amor puro e sem egoísmo, estaremos espalhando um pouco do perfume desse amor sem limites que emana do Pai, através de Jesus.

Sejamos todos de um mesmo sentimento compassivo, amando os irmãos; misericordiosos e afáveis, não tomando mal por mal, injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fomos chamados para que, por herança, alcancemos a bênção. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a língua do mal e que os nossos lábios não falem enganos. Apartamo-nos do mal e façamos o bem, buscando a paz e prosseguindo, conforme nos ensina Pedro, na sua primeira carta, capítulo 3, versículos 8 a 12.

 

Referências bibliográficas:


XAVIER, Francisco Cândido – pelo Espírito Emmanuel. O Consolador - 29ª edição, Brasília, Ed. FEB, 2013. Pág. 131, 171, 207, 227.

COMINATTO, Lúcia – pelo Espírito Irmã Maria do Rosário. Na sublimação da alma - 1ª edição, Capivari - São Paulo, Ed. EME, 2010. Pág. 95, 104, 140, 197.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita