Construção íntima
Se procuras felicidade na Terra, não olvides o mundo de
ti mesmo.
Começa por admitir que és um espírito imortal,
usufruindo transitoriamente um corpo perecível, mas com
a obrigação de tratá-lo, convenientemente, à feição do
motorista consciencioso que conduz o próprio carro com
equilíbrio e prudência, protegendo-lhe as peças.
Por mais amplo te pareça o fascínio da rebeldia,
considera que a tranquilidade não te resguardará a
existência, sem o clima do dever cumprido.
Conquanto atendendo, como é natural, às exigências dos
encargos que desempenhas, não te prendas a posses,
especialmente aquelas que se te façam claramente
desnecessárias.
Por muito te consagres aos entes queridos, não te furtes
de reconhecer que talvez em maioria tenham eles
características psicológicas diferentes das tuas,
caminhando, possivelmente, para um tipo de existência
que nem sempre conseguirás compreender, de imediato.
Auxilia aos outros para o bem, sem mergulhá-los na
dependência de tua colaboração.
Em matéria de ligações afetivas, recorda que também aí
funciona a Lei de causa e efeito com exatidão,
trazendo-te de volta aquilo que deste e aquilo que dás.
Justo entendas que és livre para usar os recursos dessa
ou daquela espécie, que te pertençam, mas não te
encontras livre dos prejuízos que causes, porventura,
aos irmãos do caminho e companheiros de experiência,
prejuízos que sempre te reclamarão o resgate justo.
Em suma, a Felicidade tem base na Consciência Tranquila
e, por isso mesmo, seja onde for, será ela, em qualquer
sentido, determinada pela construção de cada um.
Do livro Hora Certa, obra mediúnica psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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