Argumentos
contra Satã
Consulte um livro de
"História Universal" que fale do "Galuto Diáspora"[1]
ou da primeira Diáspora. Não se prenda à Bíblia, a qual
nos conta fábulas inventadas pela Igreja Católica
Apostólica Romana, a fim de melhor dominar seus incautos
fiéis.
De forma alguma, não
existe diabo, satanás e etc., muito menos o inferno ou
seus castigos sem-fim. Esses são mais um ardil de nossa
tão querida ICAR.[2]
É de maneira curiosa a presença de Satanás na Bíblia.
Como digo e afirmo, sem sombra de dúvidas, fundamentado
no próprio Volume Sagrado; satanás aparece na Bíblia
pela primeira vez no livro de Jó e surge como um
promotor celestial, que entra no Céu e desafia a Deus
para punir o “servo mais prudente da Bíblia”.[3]
Entretanto, no momento em que analisamos mais
criteriosamente, desde Gênesis, até o livro de Jó, a
figura de satanás não aparece, mas, sim, o que vimos é a
serpente. Por quê? Bem, até então, era ela, que era
considerada como "o bicho mais sagaz entre os animais" e
que era a figura opositora à Misericórdia, à Mensagem da
Criação Divina. Não ao invés de satanás, pois este não
existia.
Agora, por um instante, deixemos a Bíblia e busquemos a
História. Você vai ver que, depois que Nabucodonosor
destruiu o primeiro templo e promoveu aquilo chamado "Galuto
Diáspora", levou os Judeus para a Babilônia, onde eles
ficaram 50 anos. E, depois que ele foi destruído ou
derrotado por Ciro, o rei persa fez com que os Judeus
retornassem a Jerusalém, construiu o segundo templo e
devolveu seus tesouros roubados. Naquela época, o rei
Ciro passou a ser muito respeitado e querido, a ser
tratado com muito carinho pelos Judeus; por sua bondade
e tudo que ele promoveu para o povo daquela nação.
O supracitado monarca persa trouxe também de seu país o
Zoroastrismo. O Zoroastrismo é a religião da dualidade,
ou seja, nela, existem duas potências, ou, no caso, dois
deuses, o deus do bem e o deus do mal. E foi do deus do
mal persa, de nome: "Ahriman", o qual entrou no judaísmo
na figura de satã, que a Igreja, posteriormente,
apresentou satã ao mundo, com um caráter antropomórfico,
com chifres, garras, garfo, caldeirão de fogo, inferno
de fogo, tudo isso para, através do medo, melhor dominar
os fiéis imprudentes, ingênuos, destituídos de malícia,
ou aqueles que não possuíam cautela etc., além de
arrancar deles seu dinheiro e construir o império que
hoje vemos espalhado por todo esse Planeta Terra.
Todavia, notamos que a palavra "satã", em hebraico, quer
dizer opositor. Qualquer pessoa que se oponha a
uma ideia, é um satã.
Basta que leiamos no Evangelho de Mateus, quando Jesus
está em Cesareia de Filipe, e diz: "o Filho do Homem
precisa ir a Jerusalém e ser condenado e crucificado".
Pedro, tomando a palavra disse: "Senhor, não vamos
permitir isso". E o Meigo Nazareno então falou:
"Afaste-se de mim, satanás" (Mt 16,21-23).
Ora, O Divino Jardineiro não se referiu ao apóstolo
Pedro chamando-o de satanás subjetivamente. Mas disse
sim, ao seu discípulo, que ele estava tendo uma ideia
opositora ou oposta àquilo que, em breve, se realizaria.
Em outras palavras, a figura de satã dentro da cultura
persa é igual à imagem que conhecemos do moleque saci no
folclore brasileiro e que foi criada para assumir o erro
do homem.
Por exemplo: quando você faz uma coisa boa, todo mundo
elogia e sabe que aquilo foi você quem fez. Mas quando
se comete um erro, geralmente se quer escondê-lo. O que
acontece muitas vezes é que vários dentre nós falam que
aquilo é coisa do capeta, demônio, satã, satanás, coisa
Ruim, ou como queiram chamá-lo.
Os persas criaram "Ahriman" (que era o deus do mal), o
qual no judaísmo teve o nome de satã, para substituir o
erro do homem. Quando o homem acerta, foi ele próprio;
quando erra, foi Satanás. Isso continua nos tempos
atuais, pois tudo que fazemos de errado, dizem: isso
aconteceu porque Satanás tentou, como se nós não
tivéssemos vontade própria e fôssemos marionetes nas
mãos de uma força negativa.
A Igreja, para melhor iludir os seus seguidores, cria um
deus do mal, figura opositora de todas as nossas
atitudes, e ainda de um ponto de vista curioso: satã
pega os filhos de Deus e os prende por toda eternidade.
Eles, filhos de Deus, ficam lá presos, no inferno, mas
ele, satã, fica livre; indo e vindo para onde bem quer;
sem nenhum problema. Tranquilo... tranquilo...
Isso é uma condição que os meus neurônios bipolares não
aceitam.
Tanto isso é verdade que, em 2Sm 24,1, Satanás ainda não
tinha sido criado, então, na passagem bíblica citada
anteriormente, Deus instruiu Davi a fazer o senso em
Israel.
Logo após é que o rei Ciro da Pérsia trouxe com ele o
Zoroastrismo e, com ele, a Igreja criou a figura de
Satanás.
Então, em 1Cr 21,1, não é mais Deus, e sim Satanás quem
fala a Davi para ele fazer o senso em Israel.
Isso mostra a enorme influência que o Zoroastrismo teve
na cultura judaica.
Nenhum teólogo explica coerentemente como é que Deus, em
2Sm 24,1, se transformou em satanás, em 1Cr 21,1.
Trocando em miúdos: tudo isso, é só uma questão de
tradução, interpretação e conhecimento.
Mas como sempre digo e repito para todos: "cada um é
cada um e cada qual é cada qual".
[1]
Primeira
diáspora
(Galut
Bavel)
De
acordo
com a
Bíblia,
a
Diáspora
é fruto
da
idolatria
e
rebeldia
do povo
de
Israel e
Judá
para com
Deus, o
que fez
com que
este os
tirasse
da terra
que lhes
prometera
e os
espalhasse
pelo
mundo
até que
o povo
de
Israel
retornasse
para a
obediência
a Deus,
onde
seriam
restaurados
como uma
nação
soberana
e
senhora
do
mundo.
De
acordo
com a
Moderna
História,
a
diáspora
judaica
aconteceu
pelo
confronto
do povo
judaico
com
outros
povos
que
desejavam
subjugar
sua
cultura
e
dominar
o seu
território.
Geralmente
se
atribui
o início
da
primeira
diáspora
judaica
ao ano
de 586
a.C.,
quando
Nabucodonosor
II —
imperador
babilônico
—
invadiu
o Reino
de Judá,
destruindo
Jerusalém
e o
Templo;
e
deportando
os
judeus
para a
Mesopotâmia.
Mas esta
dispersão
se
inicia
antes,
em 722
a.C.,
quando o
reino de
Israel,
ao
norte, é
destruído
pelos
assírios
e as dez
tribos
de
Israel
são
levadas
como
cativas
à
Assíria.
Judá
passou a
pagar
altos
impostos
para
evitar a
invasão,
o que
não
seria
possível
negociar
com
Nabucodonosor
II.
Diáspora
na
Babilônia
-
Com a
conquista
de Judá,
cerca de
quarenta
mil
judeus
foram
deportados
para a
Babilônia,
onde
floresceram
como
comunidade
e
mantiveram
suas
práticas
e
costumes
religiosos,
associados
a outros
costumes
herdados
dos
babilônios.
A
assimilação
fez com
que o
hebraico
perdesse
sua
importância
em
função
do
aramaico
que se
tornou a
língua
comum.
Com a
queda do
poder
babilônico
e a
ascensão
do
imperador
persa
Ciro I,
este
permitiu
que
algumas
comunidades
judaicas
retornassem
para a
Judeia,
mas a
grande
maioria
da
população
judaica
preferiu
permanecer
em
Babilônia
onde
tinham
uma
sociedade
constituída,
do que
retornar
às
vicissitudes
da
reconstrução
de um
país.
[2]
Igreja
Católica
Apostólica
Romana.
[3]
Fala-se
muito a
expressão:
“paciência
de Jó”.