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Divaldo Franco: “A vida é única, as existências são
múltiplas” |
Extremamente compromissado com o Cristo, Divaldo Franco
esteve realizando significativo trabalho de divulgação
da Doutrina Espírita em terras paranaenses no período de
28 a 30 de junho de 2017, precisamente nas cidades de
Foz do Iguaçu, Cascavel e Pato Branco. Superando seus
próprios limites, e dificuldades outras, o Semeador de
Estrelas se apresentou magnificamente, sempre solícito,
compreensivo e atencioso, envidando esforços para
ofertar conhecimento e consolação aos que buscam em
Jesus a orientação segura para suas vidas.
Em Foz do Iguaçu, no dia 28, o dedicado servidor do
Cristo com seu verbo iluminado, consolou e acalentou as
almas e os corações sequiosos de amor, ávidos de luz e
de esperança.
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Repetindo esse gesto há 49 anos, neste ano
ele encerrou a XII Semana Espírita, que teve por tema
160 anos de O Livro dos Espíritos: Luz para a Humanidade.
Aos noventa anos de idade, o Semeador de Estrelas, uma
legenda do movimento espírita nacional e internacional,
proferiu empolgante conferência sobre o Cristo
Consolador, para um público estimado em 2.500
pessoas, lotando as dependências do auditório do Hotel
Recanto Cataratas. Estiveram presentes caravanas de
diversos Estados, do Paraguai e do Uruguai.
Esparzindo luzes, Divaldo discorreu sobre diversos
acontecimentos que envolveram o Império Romano e Israel,
preparando o advento do Cristo entre os homens. Eram
dias difíceis. Os interesses de cunho pessoal superavam
o coletivo. Após mais de 600 anos de guerras, os romanos
experimentavam a paz e a justiça. A chegada de Jesus
estava sendo preparada.
Incomparável, Jesus palmilhou as terras da Galileia, de
Nazaré e outras, ensinando o amor, acolhendo os aflitos,
estimulando a mudança de atitudes para com o próximo.
Nas palavras do escritor e psicólogo Ernest Renan
(1823-1892), Jesus foi um homem incomparável, tão
extraordinário que dividiu a história da humanidade. A
nobre psicanalista alemã Dra. Hanna Wolff
classificou Jesus como sendo o maior psicoterapeuta da
humanidade.
Na atualidade, como no passado, disse o ínclito orador,
a humanidade se encontra deprimida. Há nela dois tipos
de criaturas: a que é ponte e a que é parede. Os que são
pontes aproximam uns aos outros, favorecendo,
permutando, auxiliando, amando. Os do tipo parede são os
que somente recebem, permanecendo estagnados, fenecendo.
Aquele que dá enriquece-se, o que recebe somente
armazena. Com esses dois exemplos Divaldo perguntou: -
De que lado você está? Ponte ou Parede?
O homem dúlcido que viveu entre os miseráveis optou
pelos que sofrem. A dor, disse Divaldo, é a necessidade
do progresso antropossociopsicológico do homem. Jesus
postulava que a vida deve ter um sentido psicológico.
Homens de ciência como Viktor Frankl (1905-1997)
e Carl Gustav Jung (1875-1961), entre outros,
concluíram que todo indivíduo deve ter um sentido para
viver, um sentido psicológico para a vida.
Pensadores da antiguidade nunca se referiram ao amor
como o fez Jesus. O maior hino de amor que a humanidade
conhece está contido nas Bem-Aventuranças, que tão bem
foram completadas e vivenciadas por Francisco de Assis,
enriquecendo a alma humana com o hino de louvor a todas
as criaturas de Deus, inclusive louvando a irmã morte e
destacando o amor incondicional.
O homem, sem compreender realmente a Lei Divina, foi
estabelecendo condutas para ajustar os seus próprios
desvios na expectativa de se furtarem à ação da Lei
Natural. Avançando em conhecimento, o homem foi-se
distanciando de Deus, tanto no passado como no presente.
Sempre que isso ocorre, o sofrimento visita as criaturas
criando oportunidades para voltarem a se enquadrarem na
lei de amor.
Como o homem nunca ficou ao desamparo, ao experimentar o
materialismo, surgiu no decorrer, a Doutrina Espírita.
Em 18 de abril de 1857 o homem conheceu a Era Nova, a
síntese do pensamento filosófico da humanidade. Vinha a
lume O Livro dos Espíritos, com um conteúdo
indispensável, facultando ao homem a possibilidade de
entrar no reino dos céus. Esse gigante da literatura
espírita alcançou a casa de mais de cem milhões de
exemplares vendidos, em português. Ante a evidência dos
fatos, muitos materialistas se tornaram espíritas, como
bem registra a história. Homens de ciência, e a própria
ciência em determinados pontos, têm posto de lado
conceitos puramente materialistas para adentrarem-se nos
postulados espíritas, ou seja, na transcendência do
homem. A reencarnação tem sido a grande resposta às
indagações antes insolúveis, tornando-se fato
inconteste.
Cada indivíduo possui a família de que necessita para a
sua evolução. A proposta da Doutrina Espírita é
apresentar o cristianismo em sua maior pureza e clareza,
divulgando o amor e a presença psicoterapêutica de Jesus
que cura e enriquece o indivíduo que ama. Jesus é o
modelo e o guia para o homem e para a mulher que estão
em crise, transitando para um mundo melhor,
possibilitando-os a sorrir, a amar, a ter esperança,
permitindo-lhes alcançar a plenitude, que será atingida
com ações em favor do próximo, principalmente aos
excluídos, aos invisíveis da sociedade, os desvalidos de
recursos materiais e morais.
90 anos do orador é lembrado em Cascavel
– Cascavel recebeu carinhosamente o seu Cidadão
Honorário no dia 29 de junho, como tem feito desde o
recuado dia 23 de julho de 1968, quando ali esteve pela
primeira vez desenvolvendo uma atividade doutrinária.
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No
Clube Tuiuti, na presença de mais de três mil
espectadores, Divaldo Franco foi homenageado pelo seu
90º aniversário, transcorrido em maio próximo passado. A
homenagem, realizada pela 10ª União Regional Espírita/FEP,
promotora do evento, se constituiu no destaque de
expressivos textos contidos na trilogia de Manoel
Philomeno de Miranda, psicografada pelo insigne orador
baiano: Transição Planetária; Amanhecer de uma Nova Era;
e Perturbações Espirituais. Nos trechos destacados estão
contidas músicas que foram belamente interpretadas pelos
liderados do Professor Jocimar, emocionando a todos.
Stanislav Grof
(1931-), psiquiatra tcheco, estudou os transtornos de
natureza esquizofrênica, os estados alterados de
consciência, constatando a reencarnação e a influência
dos Espíritos na vida das pessoas. A psique humana não
desaparece com o decesso do corpo físico, expressando-se
para além da dimensão meramente física. O psiquiatra
tcheco foi um dos fundadores da Psicologia Transpessoal,
a denominada quarta força. Radicado nos Estados Unidos
da América, desenvolveu pesquisas sobre os estados
alterados de consciência – EAC -, utilizando-se de
experiências com o ácido lisérgico como meio de atingir
esses estados, juntamente com Aldous Huxley
(1894-1963), escritor inglês. Assim, os homens de
ciência, com seus estudos aprofundados sobre a mente
humana, têm contribuído para o bem-estar de muitos,
aliviando, e até mesmo curando, esses transtornos
psiquiátricos.
Conceitos como Deus, a imortalidade, as obsessões estão
sendo estudados, permitindo que o homem se conheça em
maior amplitude, possibilitando ações que levam ao
bem-estar, ao conforto espiritual e moral, onde a morte
não significa mais do que um portal para a dimensão
extrafísica, permanecendo o ser em plena lucidez,
expressando-se para além da dimensão do cérebro físico.
Outro fator abordado pelo eminente orador foi o das
experiências de quase morte, que ao narrar sua própria
experiência, evidenciou a expressão inteligente se
manifestando para além do equipamento cerebral, isto é,
de natureza transcendente, guardando perfeito equilíbrio
emocional e racional. O pensamento se expressa com
lucidez, embora estando fora do cérebro físico. É a
vida, em continuum, além da fronteira física.
A vida é única, as existências são múltiplas. O Espírito
é imortal, reencarnando-se para aprimorar-se, crescendo
em conhecimento e espiritualmente, construindo, desde
agora, o Reino dos Céus em sua intimidade. A
reencarnação é a base fundamental do Espiritismo. Os
filósofos pré-socráticos detinham as suas pesquisas e
pensamentos na barreira chamada morte. Sócrates foi o
divisor de águas ao expressar-se com base em uma
doutrina de natureza ética, espiritualista, que avança
para além do corpo meramente físico.
O pensamento humano se expande, alcançando compreensão e
clareza sobre os fatos. O bem, em contínuo
desenvolvimento, se expressa através da ação de homens
lúcidos, evangélicos, como é o caso do atual Papa
Francisco e de João Paulo II que afirmavam que as
comunicações entre vivos e os mortos são reais,
atestando que a vida é enriquecedora, possuindo
objetivos nobres. Cada indivíduo é o autor de suas
próprias vidas.
Dinâmico, prático e lúcido, Divaldo Franco prendeu a
atenção ao narrar experiências, suas e de outros,
destacando a imortalidade, a comunicabilidade, a
reencarnação, a pluralidade das existências e a sublime
presença de Deus na vida de Suas criaturas. O
Espiritismo dá ao homem, nestes dias tormentosos, a
alegria de viver, dada a certeza da imortalidade. O ser
humano transfere-se de uma para outra dimensão sem
solução de continuidade.
O momento é glorioso, o homem vai vencendo o mal,
abrindo espaços para o bem se expressar generosamente. O
espírita deve ser o exemplo do bom cristão, tornando-se,
até mesmo, em exceção no meio nefasto do mal. No
conceito de Rollo May (1909-1994), psicólogo
americano, o homem ao adotar como filosofia de vida o
individualismo, o sexismo e o consumismo tem construído
a sua própria infelicidade, atormentando-se em ter,
esquecendo-se de ser.
Há esperança de uma nova era, quando o bem superar
insofismavelmente o mal, construindo uma sociedade
melhor, equilibrada, ética e moral, sendo feliz hoje,
vivenciando a felicidade agora, pois que a imortalidade
é uma realidade. O fardo é leve, o jugo é suave, assim
se expressou o Mestre Galileu, destacando que cada um
deve ajustar-se à Lei Divina, reencarnando
sucessivamente para desenvolver o amor ao próximo e a si
mesmo, construindo um mundo melhor, melhorando-se,
alcançando o estado numinoso, de individuação, no
conceito de Carl Gustav Jung. Cada indivíduo,
destacou o nobre e incansável orador, deve agradecer as
suas tribulações de vida, agindo com galhardia,
confiança, guardando a certeza da imortalidade.
Em Pato Branco, a conferência derradeira
– O Clube Pinheiros, de Pato Branco/PR, em 30 de junho,
ficou superlotado.
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Foram mais de duas mil e quinhentas
pessoas presentes que assistiram Divaldo Franco falar
sobre Jesus e de como Ele toca as almas sedentas de
amor. Sob a coordenação da 14ª União Regional Espírita,
da Federação Espírita do Paraná, e estando presentes as
lideranças espíritas da cidade, região e do Estado, o
evento serviu também para homenagear o ilustre orador,
porta-voz dos Espíritos benévolos, pelos seus 70 anos de
oratória.
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A homenagem foi materializada através de uma
placa, registrando os atributos de fidelidade e de
incansável mensageiro do Cristo, que há 64 anos
desenvolve atividades doutrinárias no Paraná.
Marcelo Archetti, cantor, músico e compositor, encantou
o público ao apresentar-se e homenagear Divaldo. Suas
excelentes apresentações sensibilizaram os presentes,
harmonizando-os através de melodias cuidadosamente
selecionadas.
Esparzindo luzes, tocando os corações e sensibilizando
as mentes, Divaldo Franco, com sua voz cristalina,
esclarecedora, vai servindo o Cristo onde quer que se
encontre, acolhendo os aflitos, levantando-lhes o ânimo
através do emprego do código divino, o amor, destacando
a esperança em dias melhores, mais justos, com
equilíbrio ético e moral.
Divaldo agradeceu a honra de ser bem recebido, desde a
primeira vez em que esteve em terras paranaenses,
encontrando e reencontrando almas que lhe estão
vinculadas, expressando que a maior dívida, segunda a
escritora sueca Selma Lagerlöf (1858-1940), é a
da gratidão. A gratidão é uma estrela que fulge em a
noite dos sentimentos.
A mensagem de Jesus, ínsita em o Novo Testamento, tem,
ao longo da história, sensibilizado o homem sedento de
justiça e paz. São inúmeros os exemplos de criaturas que
ao conhecê-Lo abandonaram velhas posturas, conceitos e
hábitos para tomarem para si os postulados do Cristo,
transformando suas próprias vidas, e de outros, em hinos
de amor a Deus, ao próximo e a si mesmo.
Fiódor Dostoievski
(1821-1881), escritor, filósofo e jornalista russo,
afirma, em sua obra O Idiota, que a beleza salvará o
mundo; Léon Tolstói (1828-1910), escritor
russo, autor da obra Guerra e Paz; Mohandas
Karamchand Gandhi (1869—1948), libertador do povo
indiano e paquistanês, pacifista por excelência; e
Martin Luther King Jr. (1929-1968), pastor
protestante e ativista político estadunidense, possuem
em comum o desejo de paz, de amor ao semelhante.
Encontraram as premissas e as ações para o
estabelecimento da paz e da conquista do amor na
profunda mensagem de Jesus. Esses, e muitos outros,
mudaram de atitudes ao conhecerem Jesus, narrado em o
Novo Testamento.
Sir James Jeans
(1877-1946), astrônomo, matemático e físico inglês,
afirmava que a criatura humana vive em um Universo onde
o amor é a força motriz. Essa ideia é igualmente
compartilhada por Albert Einstein (1879-1955),
físico teórico alemão radicado nos Estados Unidos, que
asseverava que além das quatros grandes forças
sustentadoras e mantenedoras do Universo há uma ainda
mais poderosa, o amor.
Allan Kardec, o insigne codificar da Doutrina Espírita,
ao apresentar o Espiritismo para a humanidade,
estabeleceu que a crença em Deus, na imortalidade da
alma, na comunicabilidade entre os homens e os
Espíritos, a pluralidade das existências e dos mundos
habitados, bem como a existência da ética moral do
evangelho, são princípios norteadores para a construção
de um indivíduo capaz de amar, pacífico e pacificador.
No campo da ciência o homem fez grandes conquistas,
dominando vários mecanismos e seus aspectos, desde os
infinitamente pequenos ao macrocosmo. Conhecendo-se os
efeitos, o homem sensato terá que admitir que há uma
causa geratriz. Contudo, esse mesmo homem, tem
negligenciado em se fortalecer. Ao adquirir hábitos
éticos e morais compatíveis com as leis divinas,
possuindo um sentido, um significado, para a vida, como
tão bem esclarecem alguns eminentes pesquisadores da
psique humana, tais como Viktor Frankl e Carl
Gustav Jung, o homem dignifica-se, tornando-se em
alguém melhor.
O homem é um Espírito no caminho da imortalidade. Entre
o mundo corpóreo e o mundo dos Espíritos há somente a
mudança do estado energético onde se encontra a
criatura, construindo a sua felicidade, tomando por
desafio amar, descobrindo o Cristo interno,
autodescobrindo-se.
Orador por excelência, didático, Divaldo narrou exemplos
de como o amor opera em a intimidade do homem,
transformando a criatura para melhor. A Doutrina
Espírita, um tesouro inigualável, tem a tarefa de educar
as almas, destacar a beleza da imortalidade, o sentido
da vida, o amor ao próximo e a si mesmo. Todo aquele que
ama não adoece, embora possa ter doença, afirmou o
Professor de Feira de Santana, na Bahia.
A depressão e as dores íntimas, e que se adentram aos
lares de milhões, devem ser trabalhadas com os
ingredientes do amor, principalmente aos que estão mais
próximos. O momento atual é de crises individuais, que
formam a grande crise estrutural do Planeta, somando-se.
Para essas misérias humanas o convite é reencontrar a
alegria de viver, abandonando o Ego, adotando a
solidariedade, pois que as criaturas não são
autossuficientes, necessitando uma das outras para o
crescimento interno e externo.
Os que amam sabem encontrar os invisíveis da sociedade,
isto é, aqueles que não são notados em suas dores e
aflições. É necessário que cada um procure descobrir
esses invisíveis, minorando-lhes o sofrimento, sendo
solidários, partícipes, abraçando-os, colocando o
evangelho de Jesus na prática, levando em conta que o
jugo é suave e que o fardo é leve.
Finalizando a magnífica conferência, Divaldo concitou a
que se adotem como mecanismo de vida os postulados de
Jesus, compreendendo que Ele está de volta, convidando a
estar com Ele, sem se deixar abater pelas dores próprias
ou de outrem. Não permita que o mal dos maus te faça
mal, perdoe, faça-se merecedor da felicidade, não
carregue mágoas, iras. O amor, a solidariedade, o
sentido da vida são bases para a felicidade,
sentenciou Divaldo Franco.
Amplamente reconhecido, Divaldo Franco colheu os
saborosos frutos da gratidão que lhe foram ofertados em
forma de aplausos, sorrisos, apertos de mãos, abraços.
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Gestos de carinho, de amor ao irmão dedicado que se tem
doado, inconteste, ao próximo, independente de crença,
de posição social, cultural, ou outra adjetivação
qualquer. É o semeador do verbo, do amor, da esperança,
do exemplo, tendo sempre por divisa o Mestre Nazareno.
Reabastecendo-se nas fontes do amor, o semeador devotado
segue intimorato, vivamente feliz, porque ama. A
semeadura foi realizada, cabe a cada um preparar o
próprio solo íntimo para acolher as sementes do Cristo.
Concluído mais esse roteiro doutrinário em terras do
belo Estado do Paraná, o semeador incansável foi em
busca de outros solos. Onde? Não importa, pois que o
semeador semeia, semeia, semeia...
Nota do autor:
As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge
Moehlecke.