Cartas

Ano 11 - N° 525 - 16 de Julho de 2017

De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)

Domingo, 9 de julho de 2017 às 18:13:39

Frequentemente, em palestra e/ou cursos da doutrina espírita, é falado que:
1 - todos os planetas são habitados por espíritos encarnados ou desencarnados.
2 - que os espíritos mais evoluídos moralmente, portanto de planetas que já estão em mundos de regeneração, mundos felizes, etc. são capazes de verem os espíritos menos evoluídos e estes últimos não podem ver os mais evoluídos. Certa vez, em uma palestra, os mundos foram comparados a um prédio cujo piso de cada andar era como um vidro que só dá visão para um dos lados, assim os espíritos dos andares superiores poderiam ver os dos andares inferiores enquanto que os de baixo não podem ver os dos andares superiores.

Pergunto: Uma vez que também é dito que Marte é um planeta moralmente inferior à Terra, por que então as naves que pesquisam Marte não conseguem ver os habitantes de lá? Se os espíritos mais evoluídos da Terra e que ainda estão encarnados, forem a Marte, conseguirão ver os habitantes de lá? Se não; por que não? as explicações de que espíritos superiores podem ver os inferiores não é verídica?

Domingos


Resposta do Editor:


O tema vida em Marte já foi examinado em vários momentos em nossa revista, como, por exemplo, no editorial Há vida em outros mundos?, publicado na edição 420. Para acessá-lo,  clique aqui

Outro texto importante a respeito do tema vida fora da Terra, assinado por Ricardo Baesso de Oliveira, merece ser consultado. Para lê-lo, clique aqui

No tocante às diversas perguntas formuladas pelo leitor, o que é possível assegurar, com fundamento na doutrina espírita, é que os Espíritos superiores sempre podem ver os que lhes são inferiores, mas a recíproca não é verdadeira. No mais, qualquer resposta é mera especulação, o que foge por completo aos princípios e critérios que caracterizam a doutrina espírita. 

 

De: Antônio Carlos Guimarães (Lambari, MG)

Segunda-feira, 10 de julho de 2017 às 08:42

Assunto: Herculano Pires e sua posição frente à temática da revisão do Espiritismo.

Caro amigo, veja o texto publicado em seu blog por Wilson Garcia; para acessá-lo, clique aqui

Destacamos do texto, que analisa o livro “Revisão ou reafirmação do Espiritismo?”, assinado por Herculano Pires sob a responsabilidade mediúnica do médico cearense Francisco Cajazeiras, este também escritor e palestrante reconhecido, os trechos abaixo:

- A obra ganhou o prefácio entusiástico de Heloisa Pires, professora e filha de Herculano Pires, cujo título – “Mais vivo do que nunca…” – confirma a plena aceitação da obra mediúnica assinada pelo pai, aceitação essa a estender-se aos demais membros da família.

- Deve-se considerar que o livro “Revisão ou reafirmação do Espiritismo?” reproduz as teses defendidas por Herculano Pires quando no corpo físico terreno, relacionadas à doutrina espírita. Assim como no passado, Herculano por Cajazeiras faz a defesa do espiritismo como Terceira Revelação, reafirma a sua condição de religião e suas ligações com o cristianismo, ao mesmo tempo em que retoma as antigas críticas aos atualizadores da doutrina.

Antônio Carlos Guimarães

 

De: Flávio Vasconcellos (Conselheiro Lafaiete, MG)

Segunda-feira, 10 de julho de 2017 às 23:29:13

Assunto: Novo visual da revista “O Consolador”.

Sou leitor desta revista, mas sinceramente esta nova formatação com letras muito grandes não ficou no meu parecer bom. Isto é minha opinião; quanto ao conteúdo das matérias, continuam excelentes. Por favor não fiquem chateados com o meu comentário. Agradar a todo mundo é muito difícil, continuem divulgando a doutrina que é o mais importante.

Um forte abraço.

Flávio


Resposta do Editor
:


Já foi explicado ao público leitor por que a direção da revista adotou um novo visual, com letras grandes. O assunto foi objeto da seção O Espiritismo responde publicado na edição 519. Para acessá-lo, caso isso interesse ao leitor, clique aqui 

 

De: Klycia Fontenele (Fortaleza, CE)

Sexta-feira, 7 de julho de 2017 às 12:43:37

Boa tarde. Gostaria de saber se vocês aceitam contribuições para artigos.
Atenciosamente,

Klycia


Resposta do Editor
:


Sim. A revista está aberta sempre a novos colaboradores. Os artigos devem ser enviados à Direção da revista, valendo-se deste endereço: aoofilho@gmail.com 

 

De: Momento em Casa (Curitiba, PR)

Quarta-feira, 12 de julho de 2017 às 08:41

Sr. Editor.

Segue mais uma mensagem do Momento Espírita, que está também disponível em cd's e livros. Eis o link: momento espírita

Momento em Casa


Nota do Editor:


A mensagem recebida tem o seguinte texto:

Momentos mágicos


A história é narrada por Ed Landry, recordando cenas dos seus quatorze anos de idade.

Na época, seu pai trabalhava das oito da noite às quatro da manhã. E foi no período de férias do garoto que tudo aconteceu.

Ele se oferecera para preparar o café da manhã para o pai, depois do trabalho.

O pai acabava seu turno e, em plena madrugada, telefonava para casa. O garoto pulava da cama. As irmãs e a mãe se mexiam na cama e dormiam. Sabiam que não era para elas a ligação.

Quando ele atendia, ouvia a voz animada do pai dizendo que concluíra seu trabalho e, em vinte minutos, estaria em casa.

O café estará pronto. Respondia o menino.

O prato predileto do pai àquela hora da manhã era ovos com bacon.

A velha frigideira de ferro saía rápido do armário e ficava à espera. O garoto preparava o café, as torradas e ficava olhando a rua pela tela da varanda dos fundos.

Ele podia ver quatro quarteirões de distância.

O dia desejava raiar mas as estrelas ainda brilhavam. Quando o pai atingia o poste de iluminação, ele colocava o bacon na frigideira. Era o momento ideal. Quando o pai lançava seu sonoro Bom dia, entrando pela cozinha, o bacon estava no ponto.

Enquanto ele lavava o rosto e as mãos, os ovos eram preparados. Ele se sentava à mesa e dizia: É formidável você preparar meu café da manhã. Eu me sinto realmente agradecido.

Não é trabalho nenhum. - Falava Ed. O difícil é só levantar. Depois tudo é fácil.

Enquanto comia, o pai contava como fora seu trabalho. Mecânico de locomotivas, ele tinha um carinho especial por cada uma delas.

Estranhamente para o filho, o pai, que deveria demonstrar cansaço após exaustivas horas de trabalho, contava suas histórias com entusiasmo.

Quando um bocejo denunciava que o sono chamava o menino de volta para os seus sonhos inacabados, o pai falava:

Eddy, está ficando tarde. Você deve voltar para a cama para não ficar cansado amanhã, quer dizer, hoje, logo mais. Eu vou ler o jornal e relaxar um pouco.

Agradecia o café e se olhavam profundamente nos olhos. Eddy recorda que aquelas madrugadas eram os momentos mágicos que eles passavam juntos, de uma forma muito especial.

Uma troca de carinho muito significativa entre um pai que deveria estar cansado e um filho adolescente com as pálpebras pesadas de sono.

*

A vida nos surpreende todos os dias com momentos especiais. Momentos que, em verdade, não se repetem.

Quem poderá esquecer o abraço espontâneo do pequerrucho que pula no pescoço, se pendura e fala: Eu te amo?

Quem não se recordará por todos os anos da sua vida do beijo melado, cheio de chocolate, da pequenina sorridente?

Quando a velhice nos alcançar, com certeza ainda teremos na acústica da alma os sons das primeiras canções infantis dos nossos pequenos.

Cada momento vivido com os filhos, com a família, é de extraordinária riqueza.

Ao longo da nossa vida, quando a solidão nos abraçar, teremos as lembranças doces e ternas para nos fazerem companhia.
 

Redação do Momento Espírita, com  base no artigo Bom dia, papai!, de  Seleções Reader’s Digest, de janeiro de 2000.
 

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 13 de julho de 2017 às 06:48

Assunto: Primeiras impressões post-mortem

As primeiras impressões post-mortem são iguais para todos ou tem diferenças quanto à evolução do espírito? Antes que respondamos à pergunta, André Luiz nos narra no livro “Obreiros da Vida Eterna”, psicografado pelo médium Chico Xavier, que se encontrava pela primeira vez em um cemitério seguindo o decesso de Dimas. Observou que o seu instrutor retirou todos os resíduos de vitalidade para que os espíritos que ali permaneciam não violassem o corpo inerte.

André ouvia gemidos vindos de todos os lugares do cemitério. Mas se interessou em um ali próximo onde viu uma senhora aparentando seus trinta e seis anos de idade. E tentando auxilia-la, ouviu dela: “Que sinto? – Não sabe? O senhor me chama de irmã. Quem sabe me auxiliará para que a minha consciência torne a si mesma?”. A pobre coitada não conseguia até então diferenciar a realidade da ilusão. Não sabia que estava morta e, perto do seu cadáver em decomposição pensava estar tendo um pesadelo.

Tentando reerguer-se da sepultura, a mulher implorava a André Luiz: “Cavalheiro, preciso regressar! Preciso retornar ao meu esposo e ao meu filhinho! Se este pesadelo se prolongar, sou capaz de morrer! Acorde-me, acorde-me!...”. Como podemos notar inúmeros espíritos que desencarnam muitos deles ficam presos aos seus despojos procurando sair mas não conseguem.

O novo pupilo do instrutor Jerônimo perguntou à mulher ensandecida se ela já tinha orado, mas ela não deu ouvidos ao que ele lhe dizia: “Quero um médico, depressa! Só ouço padres! Não posso morrer... Desperte-me! Desperte-me!”. Espírito desse jaez se encontra totalmente adverso à realidade do presente. Compreendeu então que aquela mulher “sentia todos os fenômenos da decomposição cadavérica e, examinando-a detidamente, reparou que o fio singular sem a luz que caracterizava Dimas, pendia-lhe da cabeça, penetrando chão adentro”.

Diante da tentativa de André de consolar aquela mulher aterrorizada, viu aproximar o trabalhador informando-lhe para que não se afligisse diante daquele quadro. Vendo-lhe a reação negativa compreendeu a estranheza dizendo-lhe: “Deve ser a primeira vez que frequenta um cemitério como este. Falta-lhe experiência”. Como podemos observar até então nem sempre é silencioso lugares como o cemitério. Longe dos ouvidos moucos dos encarnados, espíritos ali de diferentes crenças passam por momentos de pesadas reflexões. O sofrimento nestes locais para cada um é uma benção para aqueles que desprezaram os patrimônios da vida humana. É nestes lugares que o grito e o remorso se removem apenas com a consciência de cada um. Para cada um, um final trágico. Se existiam malfeitores e preguiçosos desencarnados, é porque existiam também malfeitores e preguiçosos também encarnados. E para concluir meu pensamento, vejamos o que o trabalhador que auxiliava os espíritos naquele lugar-santo disse a André: “É da lei natural que o lavrador colha de conformidade com a semeadura”.

Nada mais que justo, não acha, Leitor Amigo?

Aécio César

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita