Internacional
por Ênio Medeiros

Ano 11 - N° 526 - 23 de Julho de 2017

 


Divaldo Franco em Paris: “O sentido da vida é amar, é fazer o bem”

 

Ao entardecer da quarta-feira, 10 de maio, dando início a um ciclo de palestras pela Europa, Divaldo Franco falou para um auditório de 350 pessoas no Espace événementiel Seven Spirits, na bela cidade de Paris, onde Divaldo falou pela primeira vez há cinquenta anos.

Na mesma Paris, o insigne codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, lançou O Livro dos Espíritos, há 160 anos, no Palais Royal, na Galerie d'Orléans, apresentando a pedra fundamental da Doutrina Espírita. Traduzido ao francês por Sophie Giusti, Divaldo abordou o tema Sois Heureux Aujourd' hui (Seja Feliz Hoje), contando com a presença do Sr. Richard Buono, atual presidente do Conselho Espírita Francês.

Abordando com maestria incomum a temática acerca da felicidade, Divaldo questionou: É possível ser feliz? Esclareceu que a felicidade sempre está onde não estamos e, quando chegamos, ela muda de lugar. Evocando a figura incomparável do Mestre Galileu, que afirmou "Meu reino não é deste mundo", Divaldo frisou que a felicidade plena, integral, ainda não é possível em nosso planeta. Muitos confundem o prazer, que é do instinto, com a felicidade, que é a busca do ser imortal. Citando o psicólogo Emilio Mira y Lopez (1896-1964), autor da obra "Os Quatro Gigantes da Alma", esclareceu que a benfeitora Joanna de Ângelis, atualizando a temática abordada por Mira y Lopez, apresenta como grandes opositores à felicidade a Rotina, a Solidão, o Medo e a Culpa.

Com seu entusiasmo natural, no auge dos seus noventa anos, o jovial orador estimulou a todos asseverando que a felicidade é possível, seja, portanto, você quem ama.

Destacou a figura de Ernest Renan (1823-1892), que em sua aula inaugural na Faculdade de Medicina de Paris afirmou que Jesus é um homem extraordinário, que dividiu a história da humanidade em antes e depois dele. Jesus é tão grande que não coube na história. No mesmo sentido, Fiódor Dostoiévski (1821-1881) teve ocasião de afirmar que "a beleza salvará o mundo”, pois a beleza está nos olhos de quem vê.

Instigando a atenta plateia, Divaldo perguntou: O que está faltando para sermos felizes? E respondeu em ato contínuo:  - Amar!

Segundo o psicólogo e teólogo norte americano Rollo May (1909-1994), há três inimigos da felicidade: o Individualismo, quando o indivíduo somente com ele se ocupa: o Sexismo, presente nas vidas de quem cada vez mais busca o sexo em desalinho, em que o erotismo está em tudo; e o Consumismo, onde os indivíduos buscam superar as dificuldades, desafios e frustrações com aquisições materiais, comprando tudo a qualquer preço. 

Concluindo, Divaldo esclareceu que o sentido da vida é amar, é fazer o bem. Devemos usar a mente para a construção que o Espiritismo nos propõe. Através da fixação mental no amor, podemos construir uma vida de bênçãos e realizações no bem. “O Cristo necessita de cada um de nós”, afirmou o orador. “Nossa vida é muito preciosa, pois nós vamos mudar o mundo, através da nossa mudança para melhor.” A vida não vale pelo tempo que vivemos, mas pelo amor que doemos. Jesus representa os ideais da humanidade, que ainda não despertou para a sua verdadeira realidade de seres imortais. “Amemos, não nos deixemos abater, porque Jesus precisa de nós.”

Finalizou tocando profundamente os sentimentos dos presentes que ficaram inebriados com as vibrações de harmonia e paz do ambiente, recebendo o carinho e atendendo a todos com atenção, gentileza e amor.

 

Nota

As fotos desta reportagem são também de Ênio Medeiros, de Santa Cruz do Sul (RS). 


 

     
     

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