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Divaldo Franco em Paris: “O sentido da vida é amar, é
fazer o bem”
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Ao entardecer da quarta-feira, 10 de maio, dando início
a um ciclo de palestras pela Europa, Divaldo Franco
falou para um auditório de 350 pessoas no Espace
événementiel Seven Spirits, na bela cidade de Paris,
onde Divaldo falou pela primeira vez há cinquenta anos.
Na mesma Paris, o insigne codificador da Doutrina
Espírita, Allan Kardec, lançou O Livro dos Espíritos,
há 160 anos, no Palais Royal, na Galerie d'Orléans,
apresentando a pedra fundamental da Doutrina Espírita.
Traduzido ao francês por Sophie Giusti, Divaldo abordou
o tema Sois Heureux Aujourd' hui (Seja Feliz
Hoje), contando com a presença do Sr. Richard Buono,
atual presidente do Conselho Espírita Francês.
Abordando com maestria incomum a temática acerca da
felicidade, Divaldo questionou: É possível ser feliz?
Esclareceu que a felicidade sempre está onde não estamos
e, quando chegamos, ela muda de lugar. Evocando a figura
incomparável do Mestre Galileu, que afirmou "Meu reino
não é deste mundo", Divaldo frisou que a felicidade
plena, integral, ainda não é possível em nosso planeta.
Muitos confundem o prazer, que é do instinto, com a
felicidade, que é a busca do ser imortal. Citando o
psicólogo Emilio Mira y Lopez (1896-1964), autor da obra
"Os Quatro Gigantes da Alma", esclareceu que a
benfeitora Joanna de Ângelis, atualizando a temática
abordada por Mira y Lopez, apresenta como grandes
opositores à felicidade a Rotina, a Solidão, o Medo e a
Culpa.
Com seu entusiasmo natural, no auge dos seus noventa
anos, o jovial orador estimulou a todos asseverando que
a felicidade é possível, seja, portanto, você quem ama.
Destacou a figura de Ernest Renan (1823-1892), que em
sua aula inaugural na Faculdade de Medicina de Paris
afirmou que Jesus é um homem extraordinário, que dividiu
a história da humanidade em antes e depois dele. Jesus é
tão grande que não coube na história. No mesmo sentido,
Fiódor Dostoiévski (1821-1881) teve ocasião de afirmar
que "a beleza salvará o mundo”, pois a beleza está nos
olhos de quem vê.
Instigando a atenta plateia, Divaldo perguntou: O que
está faltando para sermos felizes? E respondeu em ato
contínuo: - Amar!
Segundo o psicólogo e teólogo norte americano Rollo May
(1909-1994), há três inimigos da felicidade: o
Individualismo, quando o indivíduo somente com ele se
ocupa: o Sexismo, presente nas vidas de quem cada vez
mais busca o sexo em desalinho, em que o erotismo está
em tudo; e o Consumismo, onde os indivíduos buscam
superar as dificuldades, desafios e frustrações com
aquisições materiais, comprando tudo a qualquer preço.
Concluindo, Divaldo esclareceu que o sentido da vida é
amar, é fazer o bem. Devemos usar a mente para a
construção que o Espiritismo nos propõe. Através da
fixação mental no amor, podemos construir uma vida de
bênçãos e realizações no bem. “O Cristo necessita de
cada um de nós”, afirmou o orador. “Nossa vida é muito
preciosa, pois nós vamos mudar o mundo, através da nossa
mudança para melhor.” A vida não vale pelo tempo que
vivemos, mas pelo amor que doemos. Jesus representa os
ideais da humanidade, que ainda não despertou para a sua
verdadeira realidade de seres imortais. “Amemos, não nos
deixemos abater, porque Jesus precisa de nós.”
Finalizou tocando profundamente os sentimentos dos
presentes que ficaram inebriados com as vibrações de
harmonia e paz do ambiente, recebendo o carinho e
atendendo a todos com atenção, gentileza e amor.
Nota:
As fotos desta reportagem são também de Ênio Medeiros, de Santa Cruz do
Sul (RS).