Estudando as obras
de Manoel Philomeno
de Miranda

por Thiago Bernardes

Sexo e Obsessão
(Parte 48)
 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.


Questões preliminares


A. É verdade que antes da despedida da equipe socorrista realizou-se novo encontro com a presença de padre Mauro e de sua mãe?

Sim. Momentos antes da conclusão dos trabalhos liderados pelo mentor Anacleto, realizou-se novo encontro do qual participaram Madre Clara de Jesus, o médium Ricardo, dona Martina e seu filho Mauro, que tinha o semblante asserenado após as tempestades que sofrera. Também ali se encontrava o amigo Felipe, bem como a caravana de que Philomeno fazia parte. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

B. Que conselhos foram dirigidos nesse encontro ao padre Mauro?

O mentor Anacleto lhe disse: “Avance em paz, meu filho. Os caminhos da libertação multiplicam-se por toda parte. Jesus, porém, é o Caminho de segurança. Trilhe por ele, certo da vitória final. Não se deixe atormentar pelo que cometeu de errado, antes se inspire na alegria do bem que pode fazer em favor de si mesmo e daqueles a quem, por acaso, haja prejudicado. O Sol aparece após as sombras sempre novo e iridescente. A caridade será o seu celeiro de bênçãos, que você poderá multiplicar ao infinito. Não tenha medo e entregue-se com ardor ao dever. A altitude de uma alma é medida pela sua atitude perante a vida. Ascenda no rumo da Grande Luz, e alcançará a altitude máxima utilizando-se das atitudes saudáveis e nobres”. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

C. Problemas, impedimentos e dificuldades fazem parte do processo de crescimento espiritual da criatura humana?

Sim. São eles que nos ajudam no desenvolvimento dos preciosos recursos que nos jazem adormecidos, esperando os estímulos próprios para se apresentarem. Devemos, por isso, agradecer-lhes a presença em nosso caminho e não nos deter, quando venham a surgir, mesmo que de forma ameaçadora. Quem receia a luta e se detém a pensar demoradamente nela, já perdeu excelente oportunidade de avanço. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)


Texto para leitura


244. Encontro derradeiro – As horas haviam-se passado com celeridade, e Philomeno quase não se dera conta, quando foi despertado para a realidade pelo irmão Anacleto, que informou que ali estavam alguns dos membros do projeto a que eles se afeiçoaram nos últimos dias, tornando-se necessária a adoção de medidas finais para o cometimento. Madre Clara de Jesus trouxera o médium Ricardo, mediante o parcial desprendimento do corpo físico. Dona Martina se apresentava com o filho, exteriorizando grande alegria, enquanto o jovem padre Mauro expressava confiança em Deus, com o semblante asserenado após as tempestades que sofrera. Também ali se encontravam o amigo Felipe e a  caravana de que Philomeno fazia parte. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

245. Casa de Jesus na Terra – Pairavam no ar doces harmonias e expectativas de paz, quando o irmão Anacleto tomou a palavra e, sinceramente emocionado, agradeceu à veneranda Mentora da Instituição que lhes servira de ninho de repouso e de oficina de trabalho. Suas palavras eram ungidas de vibrações de reconhecimento que tocavam profundamente o coração da equipe socorrista. A nobre Entidade sorriu, generosa, e disse-lhe: “Esta é a Casa de Jesus na Terra, à semelhança de muitas outras, que está aberta para o bem e a caridade sem fronteiras, sem discriminação de crenças ou de ideais, desde que todos voltados para a verdade e para o progresso da Sociedade. Honrados pela oportunidade do serviço, somos nós aqueles que agradecemos, reconhecidos ao Mestre Infatigável que nos tem guiado, e ao Pai Excelso que nos ama. Constituir-nos-á sempre uma bênção poder receber os trabalhadores da última hora na tarefa do amor incondicional. Tenham aqui a continuação do seu lar, sempre aberto para todos os corações”. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

246. Conselhos finais ao padre Mauro - Dona Martina e padre Mauro acercaram-se, beijaram a mão do Benfeitor, e a doce genitora disse: “Sei que muitas lutas aguardam pelo filho bem amado no processo de restabelecimento interior e de renovação espiritual. No entanto, confiado no Senhor da Vida e na bondade dos Guias espirituais, ele há de alcançar a paz de que necessita para ser feliz. Deus o abençoe, nobre Mentor!” O irmão Anacleto sorriu e passou-lhe a mão sobre a cabeça, por sua vez beijando também a sua destra. Mauro, sensibilizado até às lágrimas, não pôde traduzir as emoções. O Guia espiritual então lhe disse: “Avance em paz, meu filho. Os caminhos da libertação multiplicam-se por toda parte. Jesus, porém, é o Caminho de segurança. Trilhe por ele, certo da vitória final. Não se deixe atormentar pelo que cometeu de errado, antes se inspire na alegria do bem que pode fazer em favor de si mesmo e daqueles a quem, por acaso, haja prejudicado. O Sol aparece após as sombras sempre novo e iridescente. A caridade será o seu celeiro de bênçãos, que você poderá multiplicar ao infinito. Não tenha medo e entregue-se com ardor ao dever. A altitude de uma alma é medida pela sua atitude perante a vida. Ascenda no rumo da Grande Luz, e alcançará a altitude máxima utilizando-se das atitudes saudáveis e nobres”. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

247. O Senhor jamais nos abandona – A seguir, sem mais delongas, o Mensageiro explicou: “Aqui chegamos, há poucos dias, com um grave compromisso em pauta, que a misericórdia de Deus nos permitiu concluir com os melhores propósitos para o futuro. Todos aqueles que se encontravam envolvidos no programa de ação receberam o atendimento adequado e têm diante de si os descortines do futuro, que lhes cabem conquistar. Nunca lhes faltarão o socorro no momento próprio, nem as forças para o prosseguimento das realizações em marcha. O Senhor nunca nos abandona, e da mesma forma como nos tem assistido até hoje, oferece-nos o Seu auxílio para amanhã. Fitando o horizonte iluminado, avancemos todos da treva na direção do fulcro luminoso. Impedimentos, problemas e dificuldades fazem parte do processo de crescimento espiritual de todos nós, nunca devendo provocar-nos receio ou desvario. São eles que nos ajudam no desenvolvimento dos preciosos recursos que nos jazem adormecidos, esperando os estímulos próprios para se apresentarem. Portanto, agradeçamos-lhes a presença em nosso caminho e não nos detenhamos, quando venham a surgir, mesmo que de forma ameaçadora. Quem receia a luta e se detém a pensar demoradamente nela, já perdeu excelente oportunidade de avanço. Nem a intemperança, a precipitação, muito menos o excesso de cuidados para o combate ou o acúmulo de reflexões para a luta. Oportunidade é bênção que deve ser aproveitada com sabedoria. Aproxima-se o momento de retornar aos quefazeres habituais em outra Esfera de ação, porém sob o comando do Mestre Jesus. Agradecemos a todos que cooperaram conosco, oferecendo-nos apoio e bondade, serviço e companheirismo”. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

248. A oração derradeira – Findas suas considerações , Anacleto demonstrava acentuada emoção, em que transpareciam a felicidade e o anseio por mais servir. E foi nesse clima que ele assim orou:

Mestre Incomparável!

Ensinaste-nos que tudo quanto pedíssemos ao Pai orando, Ele nos atenderia.

Pedimos e fomos atendidos. Agora, quando encerramos o compromisso que nos confiaste, tudo eram expectativas, embora a certeza dos resultados opimos.

Confiados no Teu auxílio, não receamos enfrentar o mal nas Trevas, nem nos afligimos ante as ameaças dos maus, que ainda não travaram contato contigo.

Investiste em nós, e apesar de sermos servos imperfeitos, procuramos corresponder à confiança, não obstante, reconhecemos, pudéssemos haver sido melhores servidores, conseguindo desobrigar-nos com respeito e devotamento do dever que nos foi conferido.

Os irmãos equivocados receberam o nosso melhor carinho, sem qualquer reproche, conforme Tu fazias, e agora estão sendo encaminhados para novos tentames no futuro corpo físico ou no prosseguimento da reencarnação em que alguns se encontram.

Em tudo, foi possível realizar o melhor, porque não Te afastaste de nós em momento algum, inspirando-nos e orientando-nos em todos os passos.

Agora, quando a tarefa que nos coube, se encerra, desejamos louvar-Te e agradecer-Te, suplicando-Te que prossigas amparando-nos nos programas do porvir, porque somente Tu possuis o poder, a glória e a vida eterna.

Despede-nos, pois, Amigo Excelso, abençoando-nos. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

249. Despedidas – Quando o Mentor silenciou, Philomeno e todos os outros tinham os olhos orvalhados de lágrimas que não se atreviam a escorrer pela face. Em seguida, despediram-se dos amigos queridos e, após repassarem os olhos pelo recinto onde coletaram muitas dádivas e aprenderam inolvidáveis lições, saíram na direção da porta principal, acolitados pela Mentora e outros amigos, rumando então para a Comunidade espiritual de onde tinham vindo. Philomeno registrou esse momento com as seguintes palavras: “Olhando a Terra, que diminuía a distância, na proporção que avançávamos, podia ver a luz do Sol no outro hemisfério dando-lhe uma forma e um curioso aspecto lunar. Ali, no planeta querido, estavam as nossas aspirações futuras, permaneciam muitos afetos que a morte não diluíra e aguardavam em forma de expectativas para as nossas possibilidades de retorno futuro para o autoaprimoramento espiritual”. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.) (Continua no próximo número.) 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita