A lógica da
reencarnação
“Qual é a
finalidade da
encarnação dos
Espíritos? “Deus
a impõe com o
fim de levá-los
à perfeição:
para uns, é uma
expiação; para
outros, uma
missão. Mas,
para chegar a
essa perfeição,
eles devem
sofrer todas as
vicissitudes da
existência
corpórea: nisso
está a
expiação.”
(Questão 132,
de O Livro
dos Espíritos –
Allan Kardec.)
Ninguém em sã consciência e plena lucidez de raciocínio
será capaz de duvidar da justiça divina. Dessa forma não
podemos ignorar que as conquistas que buscamos somente
as obteremos com muito esforço, perseverança e
dedicação, onde nada nos chegará às mãos gratuitamente,
como presente dos “céus”.
Assim entendendo, haveremos de compreender que a
perfeição a que todos estamos destinados é meta a ser
atingida com intenso empenho e férrea vontade de vencer,
pois não se tem notícia de que, em qualquer quadrante do
Universo, alguém tenha conseguido chegar à felicidade
mantendo os braços cruzados.
Então, não será difícil concluir que não podemos
aprender tudo, conhecer tudo e saber tudo para sermos
perfeitos, vivendo somente uma existência na Terra. E,
como temos plena certeza da justiça divina, não seremos
brindados no plano espiritual, em vida fora da matéria,
por conquistas que não fizemos. Se no mundo físico, numa
única existência não conseguimos obter toda ciência,
amor, fraternidade, resignação, desprendimento e outros,
e de presente nada ganhamos na vida espiritual, para
chegarmos à perfeição, havemos de contar com outras
oportunidades; a reencarnação, portanto é uma lógica
inquestionável.
Somente a reencarnação pode explicar as desigualdades
sociais, as diferenças de aptidões, de vocações, as
diversidades da fortuna, as doenças de nascença, as
moléstias pertinazes sem causas presentes, ódios e
animosidades entre pessoas e famílias e tantas outras
diferenças inexplicáveis para aquele que observa uma
única vida.
Sem dúvida, já vivemos outras vidas na matéria, animando
outros corpos, outros personagens no palco das
existências terrenas.
Onde encontrar explicações para o fato de uma criança
nascer aleijada? Problemas genéticos de seus pais?
Má-formação do feto devido ao meio ambiente? Erro
médico? Erro de medicamentos? Mas a criança pagará por
aquilo que não deve, pelos erros dos outros? Não,
absolutamente não, ela estará, indiscutivelmente,
respondendo por um passado, por outras vidas e a família
que a recebe também. Certamente estiveram juntos no erro
cometido em outras épocas. É a reencarnação, como nova
oportunidade, permitindo os reajustes, pois ninguém
duvida da justiça divina. Se erramos, precisamos reparar
a falta, não será possível que outro faça isso por nós.
E as doenças pertinazes, sem causa presente? Os revezes
da fortuna sem existir desperdícios? Os acidentes
inevitáveis sem qualquer imprudência? O ódio gratuito
entre pessoas ou mesmo entre membros de uma família? A
miséria material, mesmo a pessoa lutando com todas as
forças para superá-la, sem êxito? As calamidades que
assolam multidões indefesas?
Seria Deus brincalhão e caprichoso? Jamais!
Ainda, como adquirir todo o conhecimento sobre as coisas
do mundo, pois perfeição significa sabedoria total, numa
única existência terrena?
Se na Terra os pais são pródigos em oferecer novas
oportunidades aos filhos que erraram e enveredaram pelos
caminhos tortuosos da vida, ou recursos abundantes aos
que querem aprender mais, imaginemos como as Leis de
Deus não atuam para permitir o “retorno da ovelha
desgarrada ao aprisco” ou para favorecer aqueles que
desejam ampliar seus conhecimentos.
A reencarnação significando a volta do Espírito para
viver num novo corpo material, tendo outras
oportunidades de progresso e crescimento, onde com suas
próprias forças constrói sua evolução é,
incontestavelmente, a expressão do amor, sabedoria e
justiça de Deus, que permite aos seus filhos andarem com
suas próprias pernas, sem privilégios, favores,
benesses, colhendo experiências que permitirão chegar à
perfeição pelos nossos próprios méritos.
Desapaixonadamente, reflitamos sobre o assunto. Hoje,
não se tratando mais de uma questão religiosa, mas
científica, uma vez que as mais conceituadas
universidades do mundo declinam largo tempo estudando e
pesquisando o assunto, que brevemente ganhará o aval da
comprovação acadêmica.
Reflitamos...