Damos continuidade
nesta edição ao estudo sequencial do livro
Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com
textos de autoria de Emmanuel e André Luiz,
psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco
Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Questões preliminares
A. Que observação faz André Luiz a respeito da ironia e
do sarcasmo?
Ele não os recomenda, advertindo que a ironia, mesmo
quando cria um clima de bom humor, costuma gerar
duradouro ressentimento, o que é péssimo para todos.
(Opinião Espírita, cap. 11: Ante o próximo mais
próximo.)
B. Errar é coisa a que poucos escapam... E persistir no
erro?
Realmente, todos somos suscetíveis de errar, todos já
erramos bastante e todos ainda erraremos necessariamente
para aprender a acertar, mas nenhum de nós – recomenda
André Luiz – deve persistir no erro. No reconhecimento
da falibilidade que nos caracteriza, não é justo
cultivar a indulgência para conosco e, se nos cabe
perdoar incondicionalmente aos outros, não se deve adiar
a severidade para com nossas próprias faltas.
(Opinião Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
C. Para acertar e progredir espiritualmente, a
autocrítica é importante?
Sem dúvida. Autocrítica sim e sempre... Para acertar,
não devemos fugir ao conhecido preceito: "Conhece-te a
ti mesmo", que principia na intimidade da alma, com o
esforço da vigilância interior. Esse trabalho analítico
de dentro e para dentro nasce da humildade e da intenção
de acertar com o bem, demonstrando para nós próprios o
exato valor de nossas possibilidades em qualquer
manifestação. (Opinião Espírita, cap. 13:
Autocrítica.)
Texto para leitura
76. Ante o próximo mais próximo – Aconselhe, mas
esqueça o sarcasmo. Se a ironia carreia fugaz bom humor,
gera duradouro ressentimento... (Opinião Espírita,
cap. 11: Ante o próximo mais próximo.)
77. Indague, mas controle a própria curiosidade. Há
venenos de que basta apenas o cheiro para empeçonhar
quem os aspira... (Opinião Espírita, cap. 11: Ante o
próximo mais próximo.)
78. Trabalhe, mas não se incomode à sombra do anonimato.
As raízes que sustentam as grandes árvores são vivas e
poderosas na obscuridade do chão... (Opinião
Espírita, cap. 11: Ante o próximo mais próximo.)
79. Pregue o bem, mas governe a própria língua. As
pedras não se levantam e nem se arremessam por si
mesmas... (Opinião Espírita, cap. 11: Ante o próximo
mais próximo.)
80. Coopere, mas fuja à crítica. Quem usa vergastas de
lama acaba lambuzado por ela... (Opinião Espírita,
cap. 11: Ante o próximo mais próximo.)
81. Chore, mas estude a razão das próprias lágrimas. Há
muito pranto formado pelos quistos da malquerença ao
calor da discórdia... (Opinião Espírita, cap. 11:
Ante o próximo mais próximo.)
82. Seja enérgico, mas brando ao mesmo tempo. Tanto a
seca quanto a enchente trazem prejuízo e destruição...
(Opinião Espírita, cap. 11: Ante o próximo mais
próximo.)
83. Sofra, mas espere e confie. As provações, à maneira
das nuvens, são nômades no caminho... (Opinião
Espírita, cap. 11: Ante o próximo mais próximo.)
84. Busque orientação, mas poupe o Benfeitor espiritual.
O amigo encarnado ou desencarnado não é ponto a
cochichar-lhe o dever diuturno nas representações que
lhe cabem no teatro da vida... (Opinião Espírita,
cap. 11: Ante o próximo mais próximo.)
85. Ajude, mas indistintamente. Os seguidores do Excelso
Mestre são todos irmãos na consanguinidade sublime do
amor... (Opinião Espírita, cap. 11: Ante o próximo
mais próximo.)
86. Ante o próximo mais próximo, sintamo-nos sob as
bênçãos do Criador, na certeza de que todas as criaturas
existem e crescem interligadas no abraço universal da
fraternidade. No serviço desinteressado e espontâneo,
movamos a trolha da fé viva e operante, elevando o prumo
do discernimento e assentando o nível do bom ânimo para
construir as obras do bem. (Opinião Espírita, cap.
11: Ante o próximo mais próximo.)
87. Para a frente e para o alto! Rompendo as ondas
adversas, no roldão do vendavais, que a nossa agulha de
marear tenha sempre por mira o porto da caridade.
Partamos da semente à seara, através das folhas da
esperança e das flores do trabalho para atingir os
frutos opimos da evolução que o Senhor espera de nós.
(Opinião Espírita, cap. 11: Ante o próximo mais
próximo.)
88. Demandemos a vanguarda com os lábios borbulhantes de
compreensão e alegria, entoando o hino triunfal da
bondade constante, trazendo à memória a palavra de Jesus
nas páginas contagiosas do Evangelho: - "Vinde a mim,
benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de
comer; tive sede e me saciastes; estive nu e me
vestistes; estive enfermo e prisioneiro e me
visitastes”. (Opinião Espírita, cap. 11: Ante o
próximo mais próximo.)
89. Somente assim atenderemos ao divino chamado,
comparecendo diante do Cristo para repetir com os servos
fiéis: - "Senhor, eis-nos aqui! Faça-se em nós, segundo
a tua vontade”. (Opinião Espírita, cap. 11: Ante o
próximo mais próximo.)
90. Autocrítica – O milagre é invenção da
gramática para efeito linguístico, pois na realidade
somos arquitetos do próprio destino. Se algum erro de
cálculo existe na construção de nossas existências, o
culpado somos nós mesmos. (Opinião Espírita, cap. 13:
Autocrítica.)
91. Todos caminhamos suscetíveis de errar, todos já
erramos bastante e todos ainda erraremos necessariamente
para aprender a acertar; contudo, nenhum de nós deve
persistir no erro, porquanto incorreríamos na abolição
do raciocínio que nos constitui a maior conquista
espiritual. (Opinião Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
92. No reconhecimento da falibilidade que nos
caracteriza, se não é lícito reprovar a ninguém, não
será justo cultivar a indulgência para conosco; e se nos
cabe perdoar incondicionalmente aos outros, não se deve
adiar a severidade para com nossas próprias faltas.
(Opinião Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
93. Para acertar, não devemos, portanto, fugir ao
"conhece-te a ti mesmo", que principia na intimidade da
alma, com o esforço da vigilância interior. Esse
trabalho analítico de dentro e para dentro nasce da
humildade e da intenção de acertar com o bem,
demonstrando para nós próprios o exato valor de nossas
possibilidades em qualquer manifestação. (Opinião
Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
94. Autocrítica sim e sempre... Podão da sensatez -
apara os supérfluos da fantasia. Balança do
comportamento - sopesa todos os nossos atos. Lima da
verdade - dissipa a ilusão. Metro moral - define o
tamanho de nosso discernimento. Espelho da consciência -
reflete a fisionomia da alma. (Opinião Espírita, cap.
13: Autocrítica.)
95. Em todas as expressões pessoais, é possível errarmos
para mais ou para menos. Quem não avança na estrada do
equilíbrio que somente a autocrítica delimita com
segurança, resvala facilmente na impropriedade ou no
excesso, perdendo a linha das proporções. (Opinião
Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
96. Com a autocrítica, lisonja e censura, elogio e
sarcasmo deixam de ser perigos destruidores, uma vez que
a mente provida de semelhante luz acolhe-se ao bom senso
e à conformidade, evitando a audácia exagerada de quem
tenta galgar as nuvens sem asas e o receio enfermiço de
quem não dá um passo, temendo anular-se, ao mesmo tempo
que amplia as correntes de cooperação e simpatia, em
derredor de si mesma, por usar os recursos de que dispõe
na medida certa do bem, sob a qual a compaixão não piora
o necessitado e a caridade não humilha quem sofre.
(Opinião Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
97. Seja fiscal de você mesmo para que não se levante
por verdugo dos outros e, reparando os próprios atos,
viva hoje a posição do juiz de si próprio, a fim de que
amanhã não amargue a tortura do réu. (Opinião
Espírita, cap. 13: Autocrítica.)
(Continua
no próximo número.)