Brasil
por Paulo Salerno

Ano 11 - N° 532 - 3 de Setembro de 2017

 

 

Divaldo Franco: “Felicidade é a arte sublime de servir”


Seja você aquele que ama, desculpa, exercendo a tolerância. 
A solução dos problemas da Humanidade está no amor.
 
(Divaldo Franco)


Profundamente comprometido com o Evangelho de Jesus e dedicação extremada ao próximo, Divaldo Franco deu início a mais uma atividade doutrinária em Santa Catarina. No dia 24 de agosto esteve em Florianópolis concedendo entrevistas para a Rádio CBN Diário, à NSC, Rede de Televisão Catarinense, afilhada da Rede Globo, e ao jornal Diário Catarinense, em que abordou temas variados, mas principalmente centrados na temática da felicidade, da divulgação do bem, apesar da aparente vitória do mal, nos postulados espíritas, na superação das dificuldades, no conhecer-se a si mesmo, na necessidade do exercício do amor.

Em qualquer dificuldade, disse Divaldo, seja você aquele que ama, desculpa, exercendo a tolerância. A solução dos problemas da Humanidade está no amor.

À noite, no CentroSul, Av. Governador Gustavo Richard, 850, Centro, Divaldo apresentou o minisseminário SEJA FELIZ HOJE, título do mais recente livro da autora espiritual Joanna de Ângelis. O evento, com início às 19h, com a apresentação do Coral Encantos, teve um público presente de 2.500 pessoas.

 

Ao mesmo tempo, nove países acessaram através da Internet (rádio e TV), alcançando 17.000 pessoas. Divaldo completou em julho passado 56 anos de labor doutrinário em terras catarinenses, sempre semeando o amor, a tolerância, lançando luzes e bênçãos sobre as criaturas humanas.
Esther Fregossi González, presidente da Federação Espírita Catarinense, saudou o público, acolhendo-os em vibrações de harmonia.

O Dr. Juan Danilo Rodríguez, de Quito, no Equador, espírita e autor do livro Alliyana, apresentou os cumprimentos de seus confrades espíritas equatorianos, discorrendo sobre o bem-estar e a felicidade contidos nas Obras Básicas do Espiritismo, dizendo que com o amor de Jesus nos corações é possível percorrer os caminhos da felicidade.

A fala de Divaldo Franco – Traçando um paralelo entre as filosofias orientais e ocidentais a respeito da felicidade, Divaldo Franco destacou que no Ocidente os pensadores se depararam com o conceito de morte, assinalando a finitude da vida. Percorrendo o pensamento de antigos filósofos com suas doutrinas a respeito da felicidade, o intimorato orador e humanista discorreu ligeiramente sobre as doutrinas atomistas, hedonista, o pensamento cínico, o estoico e o socrático, onde a felicidade está em SER, quando o homem, então, se descobre, conhecendo-se, possuindo um sentido, um objetivo para a vida.

Nesta mesma linha, Jesus preconizou que, em se amando uns aos outros, o homem poderia desfrutar de felicidade, já que cumpriria, assim, a Lei Divina, desenvolvendo uma conduta justa e virtuosa, estabelecendo claramente o sentido da vida, autodescobrindo-se, plenificando-se no amor. Em sentido oposto, Rollo May, pensador americano, destaca que três fatores levam o homem a estados de infelicidade: o individualismo, o sexismo e o consumismo, esse representando o capitalismo moderno.

A verdadeira felicidade consiste em SER, isto é, alguém que logrou alcançar essa plenitude através de uma viagem interior, autoconhecendo-se. Fora dessa proposta, a felicidade será sempre utópica. Com a narrativa de diversas histórias, algumas com cunho alegre e que facilitaram o riso, um mecanismo para sentir-se feliz, Divaldo Franco, pacifista e educador emérito, enriqueceu sua abordagem lúcida e dignificadora do ser humano, mesclando momentos de alegria, felicidade, apreensão e emotividade.

Você pode ser feliz hoje – A verdadeira felicidade, diz Divaldo, é dar, é ser útil ao outro onde se encontre, não retendo coisa alguma, mas distribuindo-as. Felicidade é encarar os insucessos como experiências de vida. Na vida ocorrem fatos inusitados; assim, para muitos, a construção de fugas ineficazes torna-se mecanismos de escape à realidade. A felicidade é sentir e fruir bem-estar, sem as ilusões e prazeres fugidios que a vida material propicia. A riqueza, a juventude, a beleza contribuem para momentos de felicidade enganadora, porque estão alicerçadas em mecanismos impermanentes e fugazes.

A felicidade, fruída nos momentos de alegria, de utilidade e de fraternidade, plenifica, harmoniza e equilibra a criatura humana que ama, que perdoa, que se torna útil e benevolente, doando-se ao seu semelhante. É necessário que a vida possua uma meta, um sentido, mesmo experimentando fatos desagradáveis. Felicidade é a arte sublime de servir. Em uma sociedade onde alguém morre de fome não há espaço para a felicidade.

Neste diapasão, os Espíritos nobres incentivam as criaturas a descobrirem os invisíveis da sociedade, isto é, aqueles que vivem silenciosamente em aflições íntimas, na miséria social e moral. O homem deve viver de tal forma que a sua vida seja útil ao outro. A felicidade está nas mãos de cada um, assim, vivendo em harmonia, concórdia, e amando o próximo, a criatura humana plenifica-se, facilitando o viver do outro.

Apresentando fundamentos da Doutrina Espírita, o orador enfatizou a grandiosidade e a magnitude de Deus, destacando o amor que deve ser pensado e praticado como o Cristo o fez, dando a Sua vida pela nossa. Os dias vindouros serão de plenitude, de felicidade, pois que, em abandonando o mal, o egoísmo, a tristeza, a desilusão, será possível substituir as imperfeições pelas virtudes, pelo amor incondicional.

Logo após finalizar a brilhante exposição declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi homenageado com uma placa contendo um mapa simbólico de Santa Catarina, que, dividido em três partes, será integralmente composto ao visitar Lages e Chapecó, na sequência.

A presidente da FEC, emocionada, externou seu agradecimento e reconhecimento ao trabalho de inúmeros voluntários e dirigentes que, por cerca de 10 meses, trabalharam arduamente, dedicando-se integralmente a esse projeto que ora se conclui, bem como ao público que, de pronto, mobilizou-se para engalanar o evento com suas presenças alegres.

A conferência em Lages – Ao chegar ao Clube de Caça e Tiro, onde faria no dia 25 de agosto a conferência, Divaldo Franco, enquanto atendia aos autógrafos, concedeu entrevista aos meios de comunicação social da região. Com belas interpretações musicais o ambiente foi-se harmonizando, preparando os assistentes para mais um grande evento.

O Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita, médico, terapeuta holístico, psicólogo transpessoal, residente na cidade de Quito, no Equador, fundador e atual presidente do Centro Espírita Francisco de Assis, de Quito, querido amigo de Divaldo Franco, está acompanhando o atual roteiro doutrinário em terras catarinenses. Instado a dirigir algumas palavras ao público, Dr. Juan apresentou os cumprimentos dos espíritas de Quito, discorrendo sobre seu contato com a mediunidade, há 17 anos, deixando uma mensagem de otimismo e confiança nos propósitos divinos.

Divaldo Franco, aquele que decidiu servir Jesus onde quer que se encontre, destacou que na vida de todas as criaturas humanas sucede algo de inusitado, levando-as a reflexões profundas, ensejando oportunidade para compreensão da transitoriedade do corpo e sua finitude, bem como os eventos que corroboram as manifestações da vida além-túmulo.

Divaldo, o trator de Deus, assim denominado por Chico Xavier, narrou os fatos que levaram o bispo James Pike (Fev 1913-Set 1969), da Igreja Anglicana nos Estados Unidos da América, a colocar à prova as suas convicções e fé sobre a vida espiritual e o destino daqueles que passaram a viver no mundo dos espíritos.

Suas opiniões francas sobre muitas questões teológicas e sociais fez dele um respeitado religioso. Suas convicções religiosas e sua fé foram profundamente abaladas com o inusitado suicídio de seu filho Jim Pike. Destaca-se, nessa história, que o impacto emocional, aliado a muitas dúvidas teológicas sobre o destino dos que deixam o plano físico, provocam momentos de grandes reflexões, e que, se claras e profundas, conduzem a mudanças expressivas. O bispo Pike escreveu sua autobiografia cujo título é: Do Outro Lado, narrando a sua saga e as convicções que foi conquistando ante fatos inegáveis. Essa bela, real e comovente história, onde a mediunidade está muito presente, encontra-se catalogada, com detalhes, na obra Um Encontro com Jesus, da Editora LEAL.

Com sua verve esclarecedora e consoladora, o humanista Divaldo Franco foi acrescentando informações iluminativas, ensejando reflexões de cunho transformador, pois que, aos que o escutaram com atenção, lograram alcançar transformações éticas, morais e espirituais, preparando-se para compreender os eventos inusitados que costumam visitar a vida de muitos.

O Espiritismo, disse, é a ciência que estuda as relações entre o mundo espiritual e o físico, bem como os efeitos de um sobre o outro. O sentido da vida, tem ensinado Divaldo, é amar. E nesses tempos de crise econômica e moral, a necessidade de amar o próximo, como a si mesmo, é imperativa, sempre visando à construção da paz mundial a partir da pacificação de cada um, exercendo a fraternidade.

O Espiritismo é a mensagem do Cristo redivivo, enaltecendo e esclarecendo a proposta do amor incondicional. Para um mundo melhor, será necessário construir uma família melhor, célula de suma importância na economia social, preparando ética e moralmente o ser humano. Nessa construção, a solidariedade não deve ser negligenciada. Assim, a felicidade, será a arte de ser útil ao outro. A proposta da Doutrina Espírita é a de tornar o ser humano melhor.

Narrando histórias de grande impacto emocional, em que o amor é o protagonista, consolando e acolhendo as almas aflitas e perturbadas, Divaldo destacou que o amor é o bálsamo reparador que se faz presente pelas mãos solidárias, fraternas e acolhedoras. Tocando os corações e as mentes dos atenciosos presentes, Divaldo colocou na intimidade de cada um os óleos do amor que acolhe e soergue os viajores da vida.

Quer salvar o mundo, comece a arrumar a própria cama, isto é, torne-se útil para si mesmo e para os que lhe estão próximos, sentenciou o nobre divulgador espírita.

Após encerrar a sua magnífica conferência, Divaldo Franco foi homenageado pela Federação Espírita Catarinense pelos seus 90 anos de existência e pelos 70 de oratória espírita, recebendo mais uma parte das homenagens que se iniciaram em Florianópolis e que se encerrarão em Chapecó. Os aplausos foram efusivos, demorados, com o público composto por 1.700 pessoas que se postaram de pé reverenciando e em gratidão ao emérito espírita de Feira de Santana/BA, símbolo do Espiritismo no Brasil e Exterior.

A atividade realizada em Chapecó – No dia 26 de agosto o orador esteve em Chapecó. Antes disso, ele se encontrou, de forma casual, no aeroporto de Lages, com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. Divaldo procedia de Florianópolis, onde na noite anterior havia ministrado um minisseminário.

Em Chapecó, Divaldo manteve um diálogo com algumas famílias das 71 vítimas que pereceram no acidente aéreo ocorrido em 29 de novembro de 2016, na Colômbia, sendo a maioria constituída por jogadores da Chapecoense, dirigentes esportivos e profissionais da imprensa. O evento sensibilizou vários países, desencadeando um movimento de solidariedade e de fraternidade.

Ao chegar para desempenhar seu compromisso na Arena Condá, Divaldo atendeu rapidamente os profissionais de imprensa da NSC – Rede de Televisão Catarinense e da Rádio Chapecó, passando a conceder autógrafos a seguir.

O público presente foi estimado 10.500 presentes. A mídia eletrônica – FEBTV, FECTV e Web Rádio Fraternidade – somaram mais de 14.000 acessos registrados.

Diversas autoridades políticas, esportivas e espíritas estiveram presentes ou representadas, entre elas o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e o representante da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, o deputado estadual Gelson Merisi. O evento teve, também, por objetivo comemorar o centenário da aprazível Chapecó.

Divaldo foi homenageado pelo seu 90º aniversário e pelos 70 anos de oratória espírita, completando, assim, o destaque dessas ocorrências, que se havia iniciado em Florianópolis e depois em Lages. Os sentimentos expressos são de gratidão pela mensagem apostolar da fraternidade, divulgando as máximas do Cristo. Divaldo Franco é um idealista incomparável que esteve em Chapecó pela primeira vez no ano de 1979, retornando mais quatro vezes, fazendo-se ponte entre os homens e Deus.

O nobre orador, sensibilizado, agradeceu a lembrança da Federação Espírita Catarinense, dizendo que o registro o remete a fazer profundas reflexões, transferindo a homenagem aos lídimos trabalhadores espíritas catarinenses.

Apoiando-se em dois grandes pensamentos: o primeiro, de Marco Túlio Cícero, que afirmava que a História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a Verdade; e o segundo, de Lord Francis Bacon, que preconiza que uma filosofia superficial leva ao materialismo, mas uma filosofia profunda leva à Deus, à verdadeira religião, Divaldo demonstrou que a História, desde a Antiguidade Oriental até os dias atuais, é um manancial inexaurível de informações que comprovam a imortalidade da alma.

O inolvidável orador, como exímio professor, destacou vários fatos históricos envolvendo religiosos e pesquisadores, que através da mediunidade se expressaram sobre fatos ocorridos em locais distantes, guardando a hora precisa em que se desenvolveram. Outros, onde a mediunidade anuncia fatos a ocorrerem e que se concretizaram, confirmam os registros históricos.

A criatura humana, na busca de conhecer-se e conhecer o mundo em que vive, emprega esforços para compreender fatos cujas origens são transcendentes e que boa parte dos homens de ciência rejeita. A mediunidade, faculdade orgânica do ser humano, esteve e está presente nos atos de todos, colaborando para a construção de dias melhores.

Em sua narrativa histórica, Divaldo dissecou vários episódios, como a separação entre ciência e religião; o advento da Doutrina Espírita; o amor apresentado aos homens por Jesus. Coube ao Espiritismo revelar e comprovar, pela mediunidade, que a vida não se interrompe com a morte do corpo físico, que o ser pensante sobrevive e preexiste à indumentária carnal.

Jesus, o inigualável amigo, conjugando o verbo amar, ensinou a necessidade do perdão e da compreensão, da caridade e da solidariedade, da ética e da moral, da verdade que liberta e da mentira que aprisiona, da hipocrisia e da benevolência, da violência e da paz, tudo para que o homem tivesse vida em abundância. O amor é força criativa e sustentadora.

Modernos astrofísicos, pelas pesquisas, concluem que Deus e o Espírito são existências palpáveis, fazendo uma ponte entre a ciência e a religião. A mediunidade sempre esteve presente no curso da evolução humana, desde a sua criação. Na atualidade, homens notáveis se dedicam a comprovar a existência e a manifestação do Espírito. Assim, pouco a pouco o véu que encobria parcela da verdade está sendo levantado, deixando à mostra uma realidade insofismável, o Espírito e suas ações no meio físico e extrafísico.

Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier e outros são emissários divinos junto aos homens, auxiliando o progresso da humanidade. A Doutrina Espírita, com sua trilogia, ciência, filosofia e religião, é a expressão do amor de Deus se disseminando coletivamente. Vários casos de mediunidade foram apresentados, inclusive os referentes ao médium orador e conferencista Divaldo Franco, que, desde os quatros anos de idade, confabula com os Espíritos desencarnados.

É a sobrevivência do Espírito, é a continuidade da vida. O Espiritismo realizou a maior façanha filosófica: matou a morte. A Doutrina Espírita dá a certeza da imortalidade da alma. Os ditos mortos estão vivos.

Finalizando, Divaldo Franco destacou que, homenageando o centenário de Chapecó, felicitou os seus cidadãos, com a certeza de que o amor sobrevive a qualquer equação. Aos sobreviventes da tragédia que abalou o município, em especial, incentivou-os a dizerem que amam seus afetos e que lhes devotam gratidão. Recitando o Poema da Gratidão, Divaldo encerrou sua brilhante abordagem, demonstrando a sobrevivência da alma humana e suas relações com o mundo físico.

O prefeito, tomando a palavra, agradeceu a visita de Divaldo, enaltecendo o amor. Os aplausos que se sucederam atestaram o carinho e a devoção dos presentes, reconhecendo quanto somos gratos ao nobilitante trabalho desenvolvido por esse Espírito de escol – Divaldo Pereira Franco, o Semeador de Estrelas.

 
Nota do autor: 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita