Brasil
por Paulo Salerno

Ano 11 - N° 534 - 17 de Setembro de 2017

 

 

Divaldo Franco: “Persista! O amor é a única razão para viver”


Na última etapa de sua passagem por terras gaúchas, Divaldo Franco visitou as cidades de Santa Cruz do Sul e Novo Hamburgo, onde, como sempre ocorre, falou a um público numeroso.

As atividades em Santa Cruz do Sul iniciaram-se no dia 29 de agosto, onde, no início da tarde, Divaldo Franco visitou a Associação Espírita Francisco de Assis e o Educandário Thales Theisen, ocasião em que interagiu com a garotada, contando belas e divertidas histórias, tocando os seus corações, sensibilizando-os. Foram momentos de muita alegria, descontração e fraternidade.

À noite, o Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita radicado na cidade de Quito, Equador, que tem acompanhado Divaldo Franco nas atividades realizadas, proferiu conferência na sede da Sociedade Espírita A Caminho da Luz. Ênio Medeiros destacou na oportunidade a data de 29 de agosto de 1831, quando renasceu no Brasil o emérito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, patrono da instituição anfitriã, enaltecendo o seu alto senso de justiça, amor e caridade.

Dor, autismo e superação – Dirigindo-se ao público que lotou a instituição, Juan Danilo foi o portador do abraço dos espíritas do Centro Espírita Francisco de Assis, dizendo que seus integrantes estudam com afinco a Doutrina Espírita, desenvolvendo o amor e a caridade. Sua conferência teve por tema central a vida futura. Salientou em sua fala que todos têm dores físicas e emocionais, viajando na direção da felicidade, realizando experiências e sacrifícios.

De origem materialista, Juan Danilo defrontou-se com a mediunidade amplamente aflorada, mesmo antes de conhecer o Espiritismo. Tinha dúvidas sobre as mensagens recebidas, buscando comprová-las através do cruzamento de dados. Orientado por um mentor, resolveu estudar a Doutrina Espírita junto a outros companheiros que buscavam os mesmos ideais, pois eram todos espiritistas.

Tudo se compreende com a vida futura. As dores possuem seus alicerces nas ações do passado. Comprovando a imortalidade, narrou a história da menina Vitória, portadora de cardiopatia que a levou a desencarnar nos braços de Juan. Sentia muitas dores. Ligado emocionalmente à Vitória, sentia saudades e tristeza. Mais tarde, um casal amigo, materialista, estava esperando o nascimento de um filho. Juan, então, no processo do sono físico, ficou sabendo que era Vitória de retorno. Retornaria com a mesma problemática cardíaca, porém com possibilidades de cirurgia. Vitória tornou-se uma menina forte e alegre. Foi mais um fato comprovando a reencarnação. Na perpetuidade da vida, as dores são passageiras.

Outra faceta muito interessante envolvendo o jovem espírita foi a sugestão de uma mentora negra instigando-o a estudar a língua portuguesa. Apesar de não perceber a utilidade do estudo, mas anuindo ao pedido insistente, passou a estudar o português com a mentora, que o aconselhou a aprimorar a fluência e o conhecimento da língua, justificando que para o trabalho com Jesus é necessário um vocabulário maior e fluidez. Sua primeira experiência falando em público, em português, foi na Mansão do Caminho, na presença de Divaldo Franco.

Assim, compreendendo que cada criatura humana é uma pedra na construção divina, das virtudes, como sentenciou Jesus a Pedro – serás a pedra onde se assentará a mensagem do amor. As mãos de Jesus para a construção do bem na Terra são as dos encarnados que possuem em Cristo a sua crença e fé. Frisou que todos somos pedras para construir o edifício de amor, de caridade, de fraternidade, de solidariedade. Para tal, será necessário, em primeiro lugar, a humildade, isto é, o reconhecimento de todos os valores físicos, morais e intelectuais a serviço do bem. Em segundo, o cristão deverá viver na alegria. Os que trabalham no bem são alegres, apesar dos problemas ou das dores que possui. Se é feliz, alegre, trabalhando em favor do outro, possuindo a alegria de viver. O Espiritismo possui todas as respostas para o bem-viver. Em terceiro lugar, para a construção do bem na Terra será necessária a presença do amor. Somente poderá sentir-se realizado amando. O verdadeiro amor não é sentido pelo corpo físico, pelas expressões das paixões, ligadas as emoções. As paixões e emoções são etapas do treinamento para o amor incondicional. Para amar será necessário ser abnegado, altruísta.

O cristão materialista, afirmou o seguro conferencista, busca respostas rápidas para suas dores e aflições, deseja milagres. O amor que muitos dizem sentir pelo outro esvai-se ante um equívoco, mesmo diante de inúmeros acertos, assim, já não ama mais a quem dizia amar. O verdadeiro amor se expressa por um olhar, uma expressão cordial, um sorriso, uma palavra de estímulo. A vida futura é muito importante, todos devem entender que ela começa a ser construída desde já.

Sobre o autismo, afirmou que é de origem espiritual, que não tem cura, podendo ser superado com trabalho. Está fundamentado em três fatores principais. 1º - a ruptura, a infração grave à Lei de Sociedade. Geralmente tiveram facilidade de comunicar-se e grande mobilidade, causando alienação e destruição de indivíduos. 2º - construção da independência; os autistas são geralmente muito inteligentes, exigem um trabalho constante com eles, trabalhando principalmente a sensibilidade. 3º - a comunicação social deve ser trabalhada nos portadores de estruturas neurológicas e de expressão do sistema nervoso central.

Finalizando, narrou as ações do franciscano, contemporâneo de Francisco de Assis, que como autista seguia linearmente as indicações que lhe davam. Tratava-se do irmão Junípero. O público, gratificado pelo conhecimento recebido, pôs-se de pé para aplaudir o conferencista calorosamente, recebendo inúmeros cumprimentos.

Consciência e Liberdade – Este foi o tema do minisseminário ministrado por Divaldo em Santa Cruz do Sul no dia 30 de agosto, na Inside Centro de Eventos, na presença de 1.300 pessoas.

A atividade foi uma promoção da Associação Espírita Francisco de Assis, do Educandário Thales Theisen e da Sociedade Espírita A Caminho da Luz.

Na abertura, A Camerata Filarmonia, com seus acordes maravilhosos, trouxe ao ambiente mais enlevo e serenidade. Cidadão Honorário de Santa Cruz do Sul, Divaldo Franco narrou uma parábola sobre Deus, ditada por Selma Lagerlöf (1858-1940), escritora sueca, a Divaldo Franco, a qual, em síntese, narra a necessidade de Deus em descansar, levando em conta que estava muito cansado pelos desmandos da criatura humana no mundo. Desejava encontrar um lugar onde não fosse perturbado. Após inúmeras sugestões de seus Anjos assessores, indicando lugares diversos, se aproximou do grupo um anjo encarregado da limpeza, era um anjo varredor, afrodescendente. Depois de valorizar, superdimensionando esse lugar, e estando Deus impaciente, o anjo varredor disse, por fim: esse lugar é o coração do homem. Lá, Senhor, não será perturbado, porque a criatura humana raramente visita esse lugar. Assim, a partir desse dia Deus passou a habitar o coração do homem.

O orador narrou em seguida a comovente história de Ilse, uma senhora polonesa, sobrevivente do Holocausto, que foi paciente do psicanalista estadunidense Dr. James Hollis, cujo caso foi descrito no livro “Os Pantanais da Alma”, de autoria do referido terapeuta. Essa senhora procurou o Dr. Hollis para uma única consulta, na qual apresentaria o seu drama, segundo ela mesma, não para que ele a orientasse ou tratasse, mas tão somente para que fosse ouvida. Tendo-lhe enviado uma foto previamente à sessão, Ilse esclareceu-o quanto àquela imagem. Ela foi presa em sua cidade natal, na Polônia, e, embora cristã, foi levada para o campo nazista de Majdanek. Durante a separação dos presos, quando alguns seriam enviados para o grupo de trabalhos forçados e outros para a câmara de gás letal, avistou à sua frente uma mãe com duas crianças pequenas. Essa mãe fora selecionada para o primeiro grupo e as crianças, para a morte. Na sequência, Ilse foi também selecionada para o grupo de trabalhos forçados, mas o soldado impôs-lhe uma condição: conduzir as crianças até a câmara, o ela que fez. No exato momento em que assim procedia, alguém tirou uma foto, que somente muitos anos mais tarde, já vivendo nos EUA, ela teria oportunidade de ver, o que lhe traria de volta todo o conflito de culpa que havia conseguido abafar ao longo do tempo.

Cerca de cinquenta anos depois do Holocausto, o seu “inferno” continuava a ser a memória daquilo que considerava ter sido uma covardia moral de sua parte; era a chamada síndrome do sobrevivente. Após mudar-se para os Estados Unidos, tentou ser judia, mas não se adaptou à doutrina. Mesmo assim, manteve a lembrança de que, naquela cultura, dizia-se que alguém poderia libertar-se da culpa por misericórdia dos “céus”, caso 13 pessoas justas lhe ouvissem a história. Por isso, buscou o Dr. Hollis, a primeira delas.

Os níveis de consciência – O ser humano é portador de todo o tipo de consciência. Esta não faz parte da estrutura física. Todos os indivíduos possuem a noção do certo e do errado, todos com disposição para o bem, podendo equivocar-se por influência do próprio histórico construído ao longo das existências. A consciência funciona, inclusive, fora da indumentária física. Os níveis de consciência atestam o estágio evolutivo em que a criatura humana se encontra. O psicólogo e filósofo russo Pedro Ouspensky (1878-1947) estabeleceu que há quatro níveis ou estados de consciência. De maneira geral, o homem pode conhecer quatro estados de consciência, que são: a de sono sem sonhos; a de sono com sonhos; a de consciência de si mesma; e a de consciência cósmica. Assim, para um crescimento efetivo e produtivo será necessário que cada indivíduo se analise buscando perceber em que nível se encontra, ou por quais transita.

Introduzindo narrativas de experiências diversas, suas e de outros, o exímio orador foi envolvendo o público, tanto em emoção como em sentimentos, levando-o a uma consciência mais apurada, demonstrando que é possível transitar pelos diversos níveis, embora não podendo, ainda, fixar-se nos de mais alto grau, dominando a si mesmo, refreando os instintos e as sensações.

Todos, disse o orador, somos almas em direção a Deus, com Jesus sinalizando o caminho através da consciência, ou a voz do coração. Algo de bom nos dirá que não deveríamos fazer o mal. Fazer o bem, viver na liberdade do amor consciente sem a astúcia do ego, sendo solidário e altruísta, esse deveria ser o objetivo de todo o cristão. Quem ama é livre, quem ama sabe fazer, podendo olhar para trás, sem tormentos de consciência, sem envergonhar-se do passado.

A segunda parte do minisseminário foi dividida com o Dr. Juan Danilo Rodríguez. Fazendo um apanhado sobre a consciência em as obras fundamentais do Espiritismo, Juan destacou que a Lei Divina se encontra escrita na consciência do ser humano. Jesus, o Cristo, exarou que a felicidade está em cumprir os preceitos da lei divina através da sentença afirmativa de que é preciso amar a Deus acima de qualquer coisa ou circunstância, devendo igualmente amar o próximo como a si mesmo. É fundamental estabelecer uma relação de amor para com a natureza, para com o outro e com toda a obra da criação divina. A análise diária é exercício que se impõe para identificar os pontos que necessitam atenção e esforço para que sejam melhorados, reformados. Desfrutar de paz mental é fazer o bem a qualquer pessoa, escutando-a ao menos. No escutar há a possibilidade de mudar o conceito do outro, fazendo o bem sem limites. É necessário progredir consciencialmente, descobrindo as imperfeições, transformando-as em virtudes. Já não podemos mais permanecer indiferentes, omissos ou carentes em relação ao próximo. Tudo o que se fizer ao outro será a si mesmo que se estará fazendo. A felicidade, portanto, é possível, basta cumprir a Lei Divina. Todo o ato que se possa fazer ao outro impulsionado pelo desejo de fazer o bem é gerador de alegria. É importante ter a consciência de que cada um age sobre o outro provocando uma reação, isso se dá o tempo tudo. Para tal, narrou experiência pessoal em que foi tocado e desperto pelo olhar de um recém-nascido, desenvolvendo um sentimento de gratidão e reconhecimento, despertando para o amor.

Todos, absolutamente todos, disse Juan, temos o poder de afastar a dor de qualquer pessoa. Quem ajuda a afastar a dor do outro está pleno de condições. O sofrimento pode tocar o coração, a mente. Cada um tem a solução para a sua própria dor, só não o faz porque se conforma com a dor. Ser gentil e bom é dever do cristão consciente. A gentileza é uma joia que a criatura humana possui no coração para oferecer ao outro. Todos podem ser gentis, a gentileza é a joia que adorna o coração.

Dr. Juan Danilo estimulou para o autoestudo, educando a alma, tornando-se em alguém melhor, mais alegre e feliz, aprendendo com a própria experiência, convertendo-se naquele que se deseja ser. Dizendo que todos são responsáveis por amar ou não amar, perguntou, estimulando uma reflexão: - Qual a responsabilidade que irão acolher no coração, hoje? A consciência busca o caminho da felicidade, assim, todos têm o poder de afastar a dor do outro. Não há culpados, mas ignorantes.

Divaldo Franco, retornando, salientou que a liberdade de consciência é muito relevante, tendo merecido atenção dos Espíritos por ocasião da codificação do Espiritismo. Livre é todo aquele que não se encontra preso ao passado. A liberdade de pensar é total e cada qual pode viajar através da imaginação, alcançando a liberdade plena, respeitando a liberdade do outro. A liberdade de agir está vinculada à responsabilidade de reconhecer os limites, as ações e reações provocadas no outro. A liberdade está adstrita ao respeito pela liberdade do outro e se expressa de várias maneiras.

A lucidez que se possa ter sobre liberdade é capaz de provocar percepções nobres apesar das circunstâncias em que os fatos ocorram, ou que os ambientes apresentem. Construir uma consciência cristã, desperta, livre, é viver o ideal, amando e retribuindo com amor. Há tantos necessitados, perguntemos ao amor e ele indicará a arte e a ciência de fazer o bem.

Uma consciência equivocada aprisiona, quando desperta, liberta, torna o ser humano feliz ao ajudar o próximo, conquistando a paz e a tranquilidade. A humanidade necessita de mais ternura, de compaixão, de fraternidade, de solidariedade, de alegria de viver, de fazer o bem, de desenvolver a consciência do amor. Finalizando, e profundamente grato aos que o acolheram e à cidade de Santa Cruz do Sul, disse que se pudesse doar algo, doaria o seu coração. Com o poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a profícua atividade recebendo em gratidão fortíssima salva de palmas, com os presentes em pé.

Seja Feliz Hoje – No dia 31 de agosto, mesmo enfrentando dores acerbas decorrentes de uma problemática no nervo ciático, Divaldo atendeu aos compromissos marcados para Novo Hamburgo, última etapa de sua viagem ao Sul. Sem deixar que os circunstantes percebam suas dificuldades, aqueles que o acompanham na intimidade sabem quão sacrificante tem sido o esforço que realiza para cumprir sua agenda, sempre muito carregada.

Assim é que na noite de 31 de agosto, ministrou o minisseminário “Seja Feliz Hoje”. O local foi o Teatro da FEEVALE.

O orador apresentou seus primeiros toques suaves nas almas presentes falando dos filósofos e suas filosofias, da educação e da ética, todos tentando decifrar a felicidade para compreendê-la. De Plutarco a Allan Kardec, passando por Sócrates, e detendo-se em Jesus, o orador por excelência falou muito mais aos corações do que às mentes, sensibilizando o ser que se debate ante os afligentes eventos de vida, em que o homem é o seu próprio predador.

Educar é mais fácil do que reeducar, sentenciou, traçando um paralelo entre um passado não muito distante com o desvario com que o homem moderno, materialista, vive na atualidade, perdido de si mesmo. Agindo cada qual conforme seus hábitos, esquece-se de que a vida requer atos de solidariedade, de amor ao próximo e a si mesmo. A família, primeira célula da sociedade humana, é laboratório divino, onde a reencarnação aproxima a todos, afins ou não, e, como repositório de energias divinas, deveria ser a promotora da alegria de viver, da saúde emocional, do desenvolvimento dos bons hábitos, educando os filhos que Deus confiou aos pais atuais.

A chamada felicidade é passageira – Apresentando a história de Creso, o poderoso e riquíssimo rei da Lídia, deixou claro que a felicidade não está nem na juventude, nem no poder, nem mesmo está na riqueza, porque são eventos passageiros na vida dos homens. Creso imaginava-se a criatura mais feliz do mundo, porém, com uma ponta de dúvida, buscou Sólon, um dos sete sábios daquela época, indagando-lhe se ele poderia, realmente, considerar-se o homem mais feliz.

Em seu trono de ouro, coberto por um manto cravejado de pedras preciosas, investido de um poder magnífico, Creso soube por Sólon que para alguém se considerar plenamente feliz seria necessário aguardar a última cena, tendo em vista que a vida apresenta muitas surpresas. Hoje, talvez, sejas feliz, mas amanhã, quem saberá?, acrescentou o sábio. Mais tarde, Ciro, o conquistador persa, derrotou Creso, dominando a Lídia. Creso, assim, sem juventude, riqueza e poder, compreendeu as palavras de Sólon, percebendo que a felicidade é composta de momentos felizes, não permanentes, mas que, analisados ao cerrar as cortinas da vida, o balanço poderá apresentar variações entre o positivo e o negativo.

Problemas, sofrimentos e tristezas fazem parte da vida, por ser esta dinâmica. A verdadeira felicidade, portanto, é saber administrar a tristeza, não lhe permitindo obscurecer a alegria de viver. A felicidade é algo que, trabalhado no presente, conforme seja administrado o momento, produzindo ações, materializando os pensamentos, se concretizará no futuro, compreendendo o ensinamento do Mestre Galileu a sinalizar que a felicidade não é deste mundo.

Ser grato à vida, compreendendo que momentos bons e ruins são fragmentos necessários para o desenvolvimento de uma vida de equilíbrio, de gratidão, do reconhecimento de que se colhem os resultados dos atos praticados, bons ou maus, ou da omissão. Insistir, persistir e continuar no caminho do bem, do amor, do perdão, da fraternidade, da solidariedade conduz a criatura humana a fruir a felicidade agora. Persista, porque o amor é a única razão para viver, sentenciou Divaldo. Seja desde já o mensageiro da esperança, da paz e do amor, desfrutando a felicidade. Todo ser humano merece ser feliz. Acostume-se com a felicidade, seja feliz hoje, a cada dia, a cada momento. Saiba interpretar a misericórdia divina a conduzir-nos pelas sendas da vida, nem todas pavimentadas, pois algumas há que são rudes e pedregosas, íngremes e sinuosas, mas elas nos fortalecerão, conduzindo-nos à felicidade, conquistada por nós mesmos.

Com reflexões e interpretações a respeito da vida, e calcadas na experiência de personalidades e de pessoas simples, Divaldo Franco descortinou os efeitos provocados pelas causas bem ou malconduzidas, ensinando que não se pode postergar a felicidade, adiando-a, colocando-a onde não estamos. Os que amam, embora experimentando reveses, são felizes e realizados, mesmo quando não amados e ainda que enfrentem dificuldades de variada ordem, porque sabem valorizar os momentos de alegria, de felicidade.

Quando o anjo da morte vier nos libertar deste corpo educativo saibamos ser-lhe grato reconhecendo o amor de Deus por nós. Tenhamos alegria de viver, desenvolvendo o hábito de fazer o bem, produzindo a felicidade hoje, orando, pedindo desculpas, acreditando no bem. Sejamos as mãos do amor. Deus necessita de nós, façamos o melhor pelo outro, com abnegação.

Assim, o Semeador de Estrelas finalizou o exuberante trabalho apresentado a um público de 1.800 pessoas, que, tocadas intimamente, exteriorizavam através de suas faces a tranquilidade da compreensão, embaladas nas aragens benfazejas de Jesus Cristo.

Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco deixou o seu exemplo de homem profundamente amoroso e fraterno, levando em seu coração a gratidão dos gaúchos.

Em seguida, aproveitando a oportunidade, Divaldo Franco foi homenageado pela Horta Comunitária Joanna de Ângelis, pelos espíritas do Município de Montenegro e pelo grupo de Teatro Haribol.

O Coral do Centro Espírita Fé, Luz e Caridade, de Novo Hamburgo, fez brilhantes apresentações, empolgando o público. Igualmente, a pianista Morgana Vieira, afinadíssima, abrilhantou a abertura do evento.

 
Nota do autor: 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita