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Divaldo Franco: “Persista! O amor é a
única razão para viver” |
Na última etapa de sua passagem por terras gaúchas, Divaldo Franco visitou as cidades de Santa Cruz do Sul e
Novo Hamburgo, onde, como sempre ocorre, falou a um
público numeroso.
As atividades em Santa Cruz do Sul iniciaram-se no dia
29 de agosto, onde, no início da tarde, Divaldo Franco
visitou a Associação Espírita Francisco de Assis e o
Educandário Thales Theisen, ocasião em que interagiu com
a garotada, contando belas e divertidas histórias,
tocando os seus corações, sensibilizando-os. Foram
momentos de muita alegria, descontração e fraternidade.
À noite, o Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita radicado
na cidade de Quito, Equador, que tem acompanhado Divaldo
Franco nas atividades realizadas, proferiu conferência
na sede da Sociedade Espírita A Caminho da Luz. Ênio
Medeiros destacou na oportunidade a data de 29 de agosto
de 1831, quando renasceu no Brasil o emérito Dr. Adolfo
Bezerra de Menezes, patrono da instituição anfitriã,
enaltecendo o seu alto senso de justiça, amor e
caridade.
Dor, autismo e superação
– Dirigindo-se ao público que lotou a instituição, Juan
Danilo foi o portador do abraço dos espíritas do Centro
Espírita Francisco de Assis, dizendo que seus
integrantes estudam com afinco a Doutrina Espírita,
desenvolvendo o amor e a caridade. Sua conferência teve
por tema central a vida futura. Salientou em sua fala
que todos têm dores físicas e emocionais, viajando na
direção da felicidade, realizando experiências e
sacrifícios.
De origem materialista, Juan Danilo defrontou-se com a
mediunidade amplamente aflorada, mesmo antes de conhecer
o Espiritismo. Tinha dúvidas sobre as mensagens
recebidas, buscando comprová-las através do cruzamento
de dados. Orientado por um mentor, resolveu estudar a
Doutrina Espírita junto a outros companheiros que
buscavam os mesmos ideais, pois eram todos espiritistas.
Tudo se compreende com a vida futura. As dores possuem
seus alicerces nas ações do passado. Comprovando a
imortalidade, narrou a história da menina Vitória,
portadora de cardiopatia que a levou a desencarnar nos
braços de Juan. Sentia muitas dores. Ligado
emocionalmente à Vitória, sentia saudades e tristeza.
Mais tarde, um casal amigo, materialista, estava
esperando o nascimento de um filho. Juan, então, no
processo do sono físico, ficou sabendo que era Vitória
de retorno. Retornaria com a mesma problemática
cardíaca, porém com possibilidades de cirurgia. Vitória
tornou-se uma menina forte e alegre. Foi mais um fato
comprovando a reencarnação. Na perpetuidade da vida, as
dores são passageiras.
Outra faceta muito interessante envolvendo o jovem
espírita foi a sugestão de uma mentora negra
instigando-o a estudar a língua portuguesa. Apesar de
não perceber a utilidade do estudo, mas anuindo ao
pedido insistente, passou a estudar o português com a
mentora, que o aconselhou a aprimorar a fluência e o
conhecimento da língua, justificando que para o trabalho
com Jesus é necessário um vocabulário maior e fluidez.
Sua primeira experiência falando em público, em
português, foi na Mansão do Caminho, na presença de
Divaldo Franco.
Assim, compreendendo que cada criatura humana é uma
pedra na construção divina, das virtudes, como
sentenciou Jesus a Pedro – serás a pedra onde se
assentará a mensagem do amor. As mãos de Jesus para a
construção do bem na Terra são as dos encarnados que
possuem em Cristo a sua crença e fé. Frisou que todos
somos pedras para construir o edifício de amor, de
caridade, de fraternidade, de solidariedade. Para tal,
será necessário, em primeiro lugar, a humildade, isto é,
o reconhecimento de todos os valores físicos, morais e
intelectuais a serviço do bem. Em segundo, o cristão
deverá viver na alegria. Os que trabalham no bem são
alegres, apesar dos problemas ou das dores que possui.
Se é feliz, alegre, trabalhando em favor do outro,
possuindo a alegria de viver. O Espiritismo possui todas
as respostas para o bem-viver. Em terceiro lugar, para a
construção do bem na Terra será necessária a presença do
amor. Somente poderá sentir-se realizado amando. O
verdadeiro amor não é sentido pelo corpo físico, pelas
expressões das paixões, ligadas as emoções. As paixões e
emoções são etapas do treinamento para o amor
incondicional. Para amar será necessário ser abnegado,
altruísta.
O cristão materialista, afirmou o seguro conferencista,
busca respostas rápidas para suas dores e aflições,
deseja milagres. O amor que muitos dizem sentir pelo
outro esvai-se ante um equívoco, mesmo diante de
inúmeros acertos, assim, já não ama mais a quem dizia
amar. O verdadeiro amor se expressa por um olhar, uma
expressão cordial, um sorriso, uma palavra de estímulo.
A vida futura é muito importante, todos devem entender
que ela começa a ser construída desde já.
Sobre o autismo, afirmou que é de origem espiritual, que
não tem cura, podendo ser superado com trabalho. Está
fundamentado em três fatores principais. 1º - a ruptura,
a infração grave à Lei de Sociedade. Geralmente tiveram
facilidade de comunicar-se e grande mobilidade, causando
alienação e destruição de indivíduos. 2º - construção da
independência; os autistas são geralmente muito
inteligentes, exigem um trabalho constante com eles,
trabalhando principalmente a sensibilidade. 3º - a
comunicação social deve ser trabalhada nos portadores de
estruturas neurológicas e de expressão do sistema
nervoso central.
Finalizando, narrou as ações do franciscano,
contemporâneo de Francisco de Assis, que como autista
seguia linearmente as indicações que lhe davam.
Tratava-se do irmão Junípero. O público, gratificado
pelo conhecimento recebido, pôs-se de pé para aplaudir o
conferencista calorosamente, recebendo inúmeros
cumprimentos.
Consciência e Liberdade
– Este foi o tema do minisseminário ministrado por
Divaldo em Santa Cruz do Sul no dia 30 de agosto, na
Inside Centro de Eventos, na presença de 1.300 pessoas.
A atividade foi uma promoção da Associação Espírita
Francisco de Assis, do Educandário Thales Theisen e da
Sociedade Espírita A Caminho da Luz.
Na abertura, A Camerata Filarmonia, com seus acordes
maravilhosos, trouxe ao ambiente mais enlevo e
serenidade. Cidadão Honorário de Santa Cruz do Sul,
Divaldo Franco narrou uma parábola sobre Deus, ditada
por Selma Lagerlöf (1858-1940), escritora sueca,
a Divaldo Franco, a qual, em síntese, narra a
necessidade de Deus em descansar, levando em conta que
estava muito cansado pelos desmandos da criatura humana
no mundo. Desejava encontrar um lugar onde não fosse
perturbado. Após inúmeras sugestões de seus Anjos
assessores, indicando lugares diversos, se aproximou do
grupo um anjo encarregado da limpeza, era um anjo
varredor, afrodescendente. Depois de valorizar,
superdimensionando esse lugar, e estando Deus
impaciente, o anjo varredor disse, por fim: esse lugar é
o coração do homem. Lá, Senhor, não será perturbado,
porque a criatura humana raramente visita esse lugar.
Assim, a partir desse dia Deus passou a habitar o
coração do homem.
O orador narrou em seguida a comovente história de Ilse,
uma senhora polonesa, sobrevivente do Holocausto, que
foi paciente do psicanalista estadunidense Dr. James
Hollis, cujo caso foi descrito no livro “Os Pantanais da
Alma”, de autoria do referido terapeuta. Essa senhora
procurou o Dr. Hollis para uma única consulta, na qual
apresentaria o seu drama, segundo ela mesma, não para
que ele a orientasse ou tratasse, mas tão somente para
que fosse ouvida. Tendo-lhe enviado uma foto previamente
à sessão, Ilse esclareceu-o quanto àquela imagem. Ela
foi presa em sua cidade natal, na Polônia, e, embora
cristã, foi levada para o campo nazista de Majdanek.
Durante a separação dos presos, quando alguns seriam
enviados para o grupo de trabalhos forçados e outros
para a câmara de gás letal, avistou à sua frente uma mãe
com duas crianças pequenas. Essa mãe fora selecionada
para o primeiro grupo e as crianças, para a morte. Na
sequência, Ilse foi também selecionada para o grupo de
trabalhos forçados, mas o soldado impôs-lhe uma
condição: conduzir as crianças até a câmara, o ela que
fez. No exato momento em que assim procedia, alguém
tirou uma foto, que somente muitos anos mais tarde, já
vivendo nos EUA, ela teria oportunidade de ver, o que
lhe traria de volta todo o conflito de culpa que havia
conseguido abafar ao longo do tempo.
Cerca de cinquenta anos depois do Holocausto, o seu
“inferno” continuava a ser a memória daquilo que
considerava ter sido uma covardia moral de sua parte;
era a chamada síndrome do sobrevivente. Após mudar-se
para os Estados Unidos, tentou ser judia, mas não se
adaptou à doutrina. Mesmo assim, manteve a lembrança de
que, naquela cultura, dizia-se que alguém poderia
libertar-se da culpa por misericórdia dos “céus”, caso
13 pessoas justas lhe ouvissem a história. Por isso,
buscou o Dr. Hollis, a primeira delas.
Os níveis de consciência
– O ser humano é portador de todo o tipo de consciência.
Esta não faz parte da estrutura física. Todos os
indivíduos possuem a noção do certo e do errado, todos
com disposição para o bem, podendo equivocar-se por
influência do próprio histórico construído ao longo das
existências. A consciência funciona, inclusive, fora da
indumentária física. Os níveis de consciência atestam o
estágio evolutivo em que a criatura humana se encontra.
O psicólogo e filósofo russo Pedro Ouspensky
(1878-1947) estabeleceu que há quatro níveis ou estados
de consciência. De maneira geral, o homem pode conhecer
quatro estados de consciência, que são: a de sono sem
sonhos; a de sono com sonhos; a de consciência de si
mesma; e a de consciência cósmica. Assim, para um
crescimento efetivo e produtivo será necessário que cada
indivíduo se analise buscando perceber em que nível se
encontra, ou por quais transita.
Introduzindo narrativas de experiências diversas, suas e
de outros, o exímio orador foi envolvendo o público,
tanto em emoção como em sentimentos, levando-o a uma
consciência mais apurada, demonstrando que é possível
transitar pelos diversos níveis, embora não podendo,
ainda, fixar-se nos de mais alto grau, dominando a si
mesmo, refreando os instintos e as sensações.
Todos, disse o orador, somos almas em direção a Deus,
com Jesus sinalizando o caminho através da consciência,
ou a voz do coração. Algo de bom nos dirá que não
deveríamos fazer o mal. Fazer o bem, viver na liberdade
do amor consciente sem a astúcia do ego, sendo solidário
e altruísta, esse deveria ser o objetivo de todo o
cristão. Quem ama é livre, quem ama sabe fazer, podendo
olhar para trás, sem tormentos de consciência, sem
envergonhar-se do passado.
A segunda parte do minisseminário foi dividida com o Dr.
Juan Danilo Rodríguez. Fazendo um apanhado sobre a
consciência em as obras fundamentais do Espiritismo,
Juan destacou que a Lei Divina se encontra escrita na
consciência do ser humano. Jesus, o Cristo, exarou que a
felicidade está em cumprir os preceitos da lei divina
através da sentença afirmativa de que é preciso amar a
Deus acima de qualquer coisa ou circunstância, devendo
igualmente amar o próximo como a si mesmo. É fundamental
estabelecer uma relação de amor para com a natureza,
para com o outro e com toda a obra da criação divina. A
análise diária é exercício que se impõe para identificar
os pontos que necessitam atenção e esforço para que
sejam melhorados, reformados. Desfrutar de paz mental é
fazer o bem a qualquer pessoa, escutando-a ao menos. No
escutar há a possibilidade de mudar o conceito do outro,
fazendo o bem sem limites. É necessário progredir
consciencialmente, descobrindo as imperfeições,
transformando-as em virtudes. Já não podemos mais
permanecer indiferentes, omissos ou carentes em relação
ao próximo. Tudo o que se fizer ao outro será a si mesmo
que se estará fazendo. A felicidade, portanto, é
possível, basta cumprir a Lei Divina. Todo o ato que se
possa fazer ao outro impulsionado pelo desejo de fazer o
bem é gerador de alegria. É importante ter a consciência
de que cada um age sobre o outro provocando uma reação,
isso se dá o tempo tudo. Para tal, narrou experiência
pessoal em que foi tocado e desperto pelo olhar de um
recém-nascido, desenvolvendo um sentimento de gratidão e
reconhecimento, despertando para o amor.
Todos, absolutamente todos, disse Juan, temos o poder de
afastar a dor de qualquer pessoa. Quem ajuda a afastar a
dor do outro está pleno de condições. O sofrimento pode
tocar o coração, a mente. Cada um tem a solução para a
sua própria dor, só não o faz porque se conforma com a
dor. Ser gentil e bom é dever do cristão consciente. A
gentileza é uma joia que a criatura humana possui no
coração para oferecer ao outro. Todos podem ser gentis,
a gentileza é a joia que adorna o coração.
Dr. Juan Danilo estimulou para o autoestudo, educando a
alma, tornando-se em alguém melhor, mais alegre e feliz,
aprendendo com a própria experiência, convertendo-se
naquele que se deseja ser. Dizendo que todos são
responsáveis por amar ou não amar, perguntou,
estimulando uma reflexão: - Qual a responsabilidade que
irão acolher no coração, hoje? A consciência busca o
caminho da felicidade, assim, todos têm o poder de
afastar a dor do outro. Não há culpados, mas ignorantes.
Divaldo Franco, retornando, salientou que a liberdade de
consciência é muito relevante, tendo merecido atenção
dos Espíritos por ocasião da codificação do Espiritismo.
Livre é todo aquele que não se encontra preso ao
passado. A liberdade de pensar é total e cada qual pode
viajar através da imaginação, alcançando a liberdade
plena, respeitando a liberdade do outro. A liberdade de
agir está vinculada à responsabilidade de reconhecer os
limites, as ações e reações provocadas no outro. A
liberdade está adstrita ao respeito pela liberdade do
outro e se expressa de várias maneiras.
A lucidez que se possa ter sobre liberdade é capaz de
provocar percepções nobres apesar das circunstâncias em
que os fatos ocorram, ou que os ambientes apresentem.
Construir uma consciência cristã, desperta, livre, é
viver o ideal, amando e retribuindo com amor. Há tantos
necessitados, perguntemos ao amor e ele indicará a arte
e a ciência de fazer o bem.
Uma consciência equivocada aprisiona, quando desperta,
liberta, torna o ser humano feliz ao ajudar o próximo,
conquistando a paz e a tranquilidade. A humanidade
necessita de mais ternura, de compaixão, de
fraternidade, de solidariedade, de alegria de viver, de
fazer o bem, de desenvolver a consciência do amor.
Finalizando, e profundamente grato aos que o acolheram e
à cidade de Santa Cruz do Sul, disse que se pudesse doar
algo, doaria o seu coração. Com o poema Meu Deus e
Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a
profícua atividade recebendo em gratidão fortíssima
salva de palmas, com os presentes em pé.
Seja Feliz Hoje
– No dia 31 de agosto, mesmo enfrentando dores acerbas
decorrentes de uma problemática no nervo ciático,
Divaldo atendeu aos compromissos marcados para Novo
Hamburgo, última etapa de sua viagem ao Sul. Sem deixar
que os circunstantes percebam suas dificuldades, aqueles
que o acompanham na intimidade sabem quão sacrificante
tem sido o esforço que realiza para cumprir sua agenda,
sempre muito carregada.
Assim é que na noite de 31 de agosto, ministrou o
minisseminário “Seja Feliz Hoje”. O local foi o Teatro
da FEEVALE.
O orador apresentou seus primeiros toques
suaves nas almas presentes falando dos filósofos e suas
filosofias, da educação e da ética, todos tentando
decifrar a felicidade para compreendê-la. De Plutarco a
Allan Kardec, passando por Sócrates, e detendo-se em
Jesus, o orador por excelência falou muito mais aos
corações do que às mentes, sensibilizando o ser que se
debate ante os afligentes eventos de vida, em que o
homem é o seu próprio predador.
Educar é mais fácil do que reeducar, sentenciou,
traçando um paralelo entre um passado não muito distante
com o desvario com que o homem moderno, materialista,
vive na atualidade, perdido de si mesmo. Agindo cada
qual conforme seus hábitos, esquece-se de que a vida
requer atos de solidariedade, de amor ao próximo e a si
mesmo. A família, primeira célula da sociedade humana, é
laboratório divino, onde a reencarnação aproxima a
todos, afins ou não, e, como repositório de energias
divinas, deveria ser a promotora da alegria de viver, da
saúde emocional, do desenvolvimento dos bons hábitos,
educando os filhos que Deus confiou aos pais atuais.
A chamada felicidade é passageira
– Apresentando a história de Creso, o poderoso e
riquíssimo rei da Lídia, deixou claro que a felicidade
não está nem na juventude, nem no poder, nem mesmo está
na riqueza, porque são eventos passageiros na vida dos
homens. Creso imaginava-se a criatura mais feliz do
mundo, porém, com uma ponta de dúvida, buscou Sólon, um
dos sete sábios daquela época, indagando-lhe se ele
poderia, realmente, considerar-se o homem mais feliz.
Em seu trono de ouro, coberto por um manto cravejado de
pedras preciosas, investido de um poder magnífico, Creso
soube por Sólon que para alguém se considerar plenamente
feliz seria necessário aguardar a última cena, tendo em
vista que a vida apresenta muitas surpresas. Hoje,
talvez, sejas feliz, mas amanhã, quem saberá?,
acrescentou o sábio. Mais tarde, Ciro, o conquistador
persa, derrotou Creso, dominando a Lídia. Creso, assim,
sem juventude, riqueza e poder, compreendeu as palavras
de Sólon, percebendo que a felicidade é composta de
momentos felizes, não permanentes, mas que, analisados
ao cerrar as cortinas da vida, o balanço poderá
apresentar variações entre o positivo e o negativo.
Problemas, sofrimentos e tristezas fazem parte da vida,
por ser esta dinâmica. A verdadeira felicidade,
portanto, é saber administrar a tristeza, não lhe
permitindo obscurecer a alegria de viver. A felicidade é
algo que, trabalhado no presente, conforme seja
administrado o momento, produzindo ações, materializando
os pensamentos, se concretizará no futuro, compreendendo
o ensinamento do Mestre Galileu a sinalizar que a
felicidade não é deste mundo.
Ser grato à vida, compreendendo que momentos bons e
ruins são fragmentos necessários para o desenvolvimento
de uma vida de equilíbrio, de gratidão, do
reconhecimento de que se colhem os resultados dos atos
praticados, bons ou maus, ou da omissão. Insistir,
persistir e continuar no caminho do bem, do amor, do
perdão, da fraternidade, da solidariedade conduz a
criatura humana a fruir a felicidade agora. Persista,
porque o amor é a única razão para viver, sentenciou
Divaldo. Seja desde já o mensageiro da esperança, da paz
e do amor, desfrutando a felicidade. Todo ser humano
merece ser feliz. Acostume-se com a felicidade, seja
feliz hoje, a cada dia, a cada momento. Saiba
interpretar a misericórdia divina a conduzir-nos pelas
sendas da vida, nem todas pavimentadas, pois algumas há
que são rudes e pedregosas, íngremes e sinuosas, mas
elas nos fortalecerão, conduzindo-nos à felicidade,
conquistada por nós mesmos.
Com reflexões e interpretações a respeito da vida, e
calcadas na experiência de personalidades e de pessoas
simples, Divaldo Franco descortinou os efeitos
provocados pelas causas bem ou malconduzidas, ensinando
que não se pode postergar a felicidade, adiando-a,
colocando-a onde não estamos. Os que amam, embora
experimentando reveses, são felizes e realizados, mesmo
quando não amados e ainda que enfrentem dificuldades de
variada ordem, porque sabem valorizar os momentos de
alegria, de felicidade.
Quando o anjo da morte vier nos libertar deste corpo
educativo saibamos ser-lhe grato reconhecendo o amor de
Deus por nós. Tenhamos alegria de viver, desenvolvendo o
hábito de fazer o bem, produzindo a felicidade hoje,
orando, pedindo desculpas, acreditando no bem. Sejamos
as mãos do amor. Deus necessita de nós, façamos o melhor
pelo outro, com abnegação.
Assim, o Semeador de Estrelas finalizou o exuberante
trabalho apresentado a um público de 1.800 pessoas, que,
tocadas intimamente, exteriorizavam através de suas
faces a tranquilidade da compreensão, embaladas nas
aragens benfazejas de Jesus Cristo.
Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia
Rodrigues, Divaldo Franco deixou o seu exemplo de homem
profundamente amoroso e fraterno, levando em seu coração
a gratidão dos gaúchos.
Em seguida, aproveitando a oportunidade, Divaldo Franco
foi homenageado pela Horta Comunitária Joanna de Ângelis,
pelos espíritas do Município de Montenegro e pelo grupo
de Teatro Haribol.
O Coral do Centro Espírita Fé, Luz e
Caridade, de Novo Hamburgo, fez brilhantes
apresentações, empolgando o público. Igualmente, a
pianista Morgana Vieira, afinadíssima, abrilhantou a
abertura do evento.
Nota do autor:
As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge
Moehlecke.