O Evangelho é e sempre será a ferramenta
definitiva da paz
As ameaças cruzadas entre Coreia do Norte e Estados
Unidos têm como protagonistas lançamentos de mísseis
norte-coreanos. Análises
recentes sugerem que, em 2020, a Coreia do Norte terá um
míssil nuclear "confiável" que
pode atingir solo norte-americano. Os analistas dentro
do exército norte-americano já operam sob o pressuposto
de que a Coreia do Norte tem a capacidade [ofensiva]. Em
caso de lançamentos efetivos, serão colocadas à prova as
capacidades de interceptação de tais artefatos na região
com o potente escudo antimísseis Terminal High Altitude
Area Defense (THAAD).
O Japão tem advertido que derrubaria qualquer míssil
norte-coreano que ameaçasse o seu território. Tanto
Tóquio como Washington contam com um sistema de mísseis
interceptadores. Mas a interceptação acontece na fase
"terminal" do voo na região Ásia-Pacífico, incluindo
Coreia do Sul, Japão e Guam, e é pouco provável que as
baterias instaladas na Coreia do Sul e no Japão sejam
eficazes.
Nesse tétrico cenário de guerra sabe-se que Donald
Trump é apaixonado pelas guerras, incluindo as armas
nucleares. Tem prometido instituir leis e ordens
“fortes”, “rápidas” e “justas”. Em verdade, nosso
planeta jaz na UTI. Os governantes atuais permanecem
moral e espiritualmente seriamente enfermos.
Há milênios entronizamos o debate sobre a razão humana,
e permanecemos na guerra da destruição quais
irracionais; exaltamos as mais elevadas demonstrações de
inteligência, porém engendramos todo o conhecimento para
os impiedosos massacres humanos. Em 2016, a Rússia
mostrou um novo míssil nuclear que supostamente poderia
devastar uma área do tamanho do estado do Texas, nos
Estados Unidos.
No início de outubro de 2016, 40 milhões de cidadãos
russos participaram do maior “teste” nuclear desde o fim
da Guerra Fria, usando máscaras de gás e se preparando
para fugir para bunkers. As tensões entre a Rússia e os
Estados Unidos têm se mantido altas desde que os Estados
Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas
ao país, devido às ações da Rússia na Ucrânia em 2014.
O General Richard Shirreff, comandante supremo da OTAN
na Europa entre 2011 e 2014, descreveu a guerra nuclear
com a Rússia em 2017 como algo “inteiramente plausível”.
Cristina Varriale, do Royal United Service Institute
(RUSI), disse ao The Sun que Putin está “pronto” para
colocar as forças nucleares russas em alerta.
Não desejando ser pessimista, porém na qualidade de
historiador, não posso deixar de refletir que há menos
de 100 anos o mundo experimentou duas guerras
devastadoras na Terra. Mas reflitamos o seguinte: qual a
base lógica que justifica uma guerra? Os Espíritos
admoestam que a guerra é a predominância da natureza
animal sobre a natureza espiritual e satisfação das
paixões.
Combates militares existem há mais de 5 mil anos, desde
os primitivos embates entre os Mesopotâmios, entre
gregos e persas, entre Atenas e Esparta, entre Roma e
Cartago. O Século XX, recentemente findo, foi o século
mais sangrento de todos os anteriores. Após a Segunda
Guerra Mundial, já ocorreram centenas de conflitos
bélicos, resultando em mais de 40 milhões de mortos. Se
contabilizarmos os resultados dessas paixões primitivas
desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e
aproximadamente duzentos milhões de mortos, numa
projeção bem superficial.
Ainda amargamos os disparates de uma soberaníssima
tecnologia no campo bélico, do avanço da informática, do
mapeamento dos genomas, das excursões espaciais, dos
voos supersônicos, das maravilhas dos raios laser, ainda
sobrevivemos com o massacre da dengue hemorrágica, com a
chacina da febre amarela, com o desafio da tuberculose,
com a provocação da AIDS, e com todas as escandalosas
invasões das drogas (cocaína, heroína, skanc, ecstasy, o
crack etc.).
Nesse funesto e real cenário planetário, a nossa
esperança é a prática da mensagem do Cristo, que
decididamente foi, é, e sempre será o instrumento de
pacificação entre os homens, sendo, portanto, o mais
diligente convite contra a guerra, e definitivamente o
grande fanal para a redenção humana.