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Suely Caldas Schubert: “O verdadeiro amor é libertador” |
Suely Caldas Schubert retornou mais uma vez ao Rio
Grande do Sul. Agora para atender compromissos
doutrinários nas cidades de Novo Hamburgo, Porto Alegre,
Tramandaí, Taquara e Santa Cruz do Sul no período de 8 a
13 de setembro.
Em Novo Hamburgo, no dia 8, a conferência versou sobre o
tema As Leis da Consciência, que Suely proferiu
no Centro Espírita Fé, Luz e Caridade.
Dotada de uma
memória privilegiada e aplicada estudiosa do
Espiritismo, escritora espírita e médium, residente em
Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais, Suely Schubert
cativa os que a escutam ou a leem.
Suely destacou a importância da consciência para todas
as criaturas humanas que, na medida em que evolui, vai
ampliando o seu nível. Para o ser não espiritualizado há
muitos questionamentos, bem como aos homens de ciência.
O que é? Para que serve? Como se expressa? São
interrogações ainda sem respostas para muitos. Por outro
lado, há várias pesquisas sobre a temática. Buscam
ampliar a compreensão, aprofundando a investigação,
porém, debatem-se por não levarem em conta o Espírito
imortal, a sua preexistência e a reencarnação.
Apresentando os registros de Lucas, cap. 17: 20 e 21,
onde fica evidente a mensagem de Jesus ao afirmar que
seu reino não vem com aparências exteriores e que está
dentro de cada criatura humana, Suely foi ambientando o
tema. Com base em O Livro dos Espíritos, em sua
Parte III, das leis morais, a palestrante destacou que a
Lei Natural é a Lei de Deus, e que o homem só é infeliz
ao afastar-se dela. É uma lei eterna, imaterial, regendo
todas as leis do Universo.
O sábio, frisou, estuda a lei da natureza, o homem de
bem estuda e pratica as leis da alma, fazendo isso em
várias existências. Em um campo são as leis físicas, no
outro são as leis morais. A compreensão da lei divina
está intimamente ligada ao grau de perfeição que o ser
humano haja atingido, guardando a sua intuição quando
reencarnado, pois que, a Lei de Deus está escrita na
consciência.
Em tendo o homem a liberdade de pensar, é importante
manter os pensamentos sob vigilância. Assim, quando há
qualquer transtorno das faculdades, o livre-arbítrio se
expressa com maiores limitações. Na medida em que o
homem vai evoluindo sentir-se-á como uma
individualidade, percebendo-se imortal, Espírito.
Com Joanna de Ângelis, a expositora colheu ensinamentos
em o livro Jesus e o Evangelho - À Luz da Psicologia
Profunda -, destacando que mesmo diante de leis
injustas e imposições apaixonadas, aquele que já
alcançou lucidez não deve criar embaraços ou temer
injunções negativas, pois que, livre intimamente, nada
de fora o atinge, exceto a sabedoria da Lei Natural que
está na sua consciência.
Em outro ponto da mesma obra, Suely aponta que o ser
aprimora seus conteúdos íntimos no processo de
crescimento moral através das reencarnações,
libertando-se de suas inferioridades,
descondicionando-se e impulsionando-se para alcançar a
consciência da razão e do discernimento, até atingir a
Consciência Cósmica.
Comentando a questão 621 de O Livro dos Espíritos,
que desvenda onde se encontra escrita a lei de Deus,
Suely ressaltou, do livro Leis Morais e Saúde Mental,
de Sérgio Lopes: “...na consciência a matriz da Lei
Divina, essa colocação retira de qualquer livro, pessoa
ou lugar, a posse privilegiada da verdade. Termina com
as disputas religiosas e os conflitos de poder acerca
das coisas divinas e situa a Doutrina Espírita como
norte sinalizador para qualquer área do conhecimento
apontando no próprio homem sua natureza essencial”.
Voltando ao abrigo de O Livro dos Espíritos, as
informações foram brotando com destaque para o modelo e
guia do homem – Jesus -, a Lei de Justiça, Amor e
Caridade, sendo que esta deve ser observada em seu
sentido verdadeiro, ou seja, benevolência para com
todos, indulgência para as imperfeiçoes dos outros, e
perdão das ofensas. O amor e a caridade são o
complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é
fazer-lhe todo o bem que seja possível, como ensinou
Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. O
verdadeiro homem de bem é o que pratica a lei de
justiça, amor e caridade na sua maior pureza.
Emmanuel, em Missionários da Luz, destaca que: Ao
Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo,
grandiosa e sublime tarefa. Não basta definir-lhe as
características veneráveis de Consolador da Humanidade,
é preciso, também revelar-lhe a feição de movimento
libertador de consciências e corações.
Estudiosa e profundamente comprometida com o bem, a
eloquente expositora incentivou ao estudo sério das
obras fundamentais do Espiritismo, codificadas por Allan
Kardec, bem como as subsidiárias e complementares.
Finalizando com a mensagem Amorterapia, de Joanna de
Ângelis, contida em o livro Desperte e Seja Feliz,
Suely Caldas Schubert encerrou seu profícuo trabalho,
contribuindo para o enriquecimento de tantos que a
acompanharam com atenção.
Pensar o Espiritismo e pensar como espírita
– No dia 9 de setembro, a conferencista falou na capital
Porto Alegre.
Desenvolvendo um excelente trabalho doutrinário na
Sociedade Espírita Luz, Paz e Caridade abordando o tema:
O Evangelho e a Mediunidade, Suely destacou a
orientação de Jesus: Dai gratuitamente o que de graça
recebeste.
Preparando o público, a dedicada conferencista
apresentou o registro de Mateus 10:1: E chamando seus
doze discípulos, deu-lhes o poder sobre os espíritos
impuros para expulsarem e para curarem toda a
enfermidade e todo o mal. E no versículo 8 do mesmo
capítulo se pode ler: Curai os enfermos, limpai os
leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios:
De graça recebestes, de graça dai.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, na
Introdução, Suely pinçou a seguinte expressão de Allan
Kardec, destacando as circunstâncias da vida privada e
pública exaradas no código divino: Diante desse
código divino, a própria incredulidade se curva. É
terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte
sob o qual podem todos colocar-se, qualquer que sejam
suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria
das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte
se originaram Das questões dogmáticas. Esse código
divino é o princípio básico de todas as relações sociais
que se fundam na mais rigorosa justiça, acrescenta o
insigne codificador. É um código de moral universal, sem
distinção de culto. A Justiça Divina é equânime, afirma
Suely.
Do capítulo XXIV, item 12, de O Evangelho segundo o
Espiritismo, a eloquente oradora destacou as
judiciosas observações de Allan Kardec, informando que a
mediunidade é inerente a uma disposição orgânica do ser
humano, tal como, a de ver, de ouvir, de falar. Essa
faculdade é conferida sem distinção, propiciando luz a
todas as camadas, a todas as classes da sociedade,
pobres ou ricos; aos retos, para os fortificar no bem,
aos viciosos para os corrigir, atendendo as necessidades
evolutivas. A mediunidade, porém, não implica,
necessariamente, em relações habituais com os Espíritos
superiores, mas uma aptidão para servir de instrumento
aos Espíritos em geral. O bom médium, pois, não é
aquele que comunica facilmente, mas aquele que é
simpático aos bons Espíritos e somente deles tem
assistência. (Allan Kardec)
Visando incentivar, passando da teoria à prática, dando
o exemplo de Francisco Cândido Xavier, Suely salientou
que a missão mediúnica do médium de Uberaba foi sempre
mantida visando a iluminação espiritual da humanidade.
Essa sintonia superior requer não apenas o conhecimento,
mas, também, a constante vivência do amor ao próximo,
tal como Jesus ensinou e exemplificou. As
características mediúnicas de Chico Xavier foram
debatidas, demonstrando a preciosidade do seu
instrumental, destacando que essas mesmas
características, também possui Divaldo Franco.
O legado de Chico Xavier, o apóstolo da mediunidade, é o
do exercício da mediunidade com Jesus, orientada pela
Doutrina Espírita, com fidelidade a Jesus e Kardec. Seus
exemplos são corroborados pelas lições de amor e
humildade; pela vivência da caridade legítima; pela
comprovação da mediunidade; pela perseverança e
disciplina, pela capacidade de autodoação; pelo
desprendimento dos bens terrenos, poder e fama.
Sobre a disciplina, orientação dada por Emmanuel no
início do mandato mediúnico de Chico Xavier, assim
analisa a médium escritora mineira: o primeiro vértice
da disciplina apregoada é o estágio da assiduidade e da
pontualidade; o segundo é o estudo sério do Espiritismo;
e o terceiro, a transformação moral. Assim viveu o
apóstolo da mediunidade do século XX, exemplificando
como todos os médiuns deveriam se portar para alcançar a
simpatia dos bons Espíritos.
Com relação a missão dos médiuns, fazendo uma séria
advertência, o destaque foi sobre o capítulo XXVIII,
item 9, d’ O Evangelho segundo o Espiritismo,
onde se lê: Os médiuns são os intérpretes incumbidos
de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos, (...).
Santa é a missão que desempenham, visto ter por fim
rasgar os horizontes da vida eterna. Segue Kardec:
Como intérpretes do ensino dos Espíritos, têm os
médiuns de desempenhar importante papel na transformação
moral que se opera. Os serviços que podem prestar
guardam proporção com a boa diretriz que imprimam às
suas faculdades, porquanto os que enveredam por mau
caminho são mais nocivos do que úteis à causa do
Espiritismo. Pela má impressão que produzem, mais de uma
conversão retardam. Terão, por isso mesmo, de dar contas
do uso que hajam feito de um dom que lhes foi concedido
para o bem de seus semelhantes.
Em Jesus e Vida, de Joanna de Ângelis e
psicografado por Divaldo Franco, no capítulo Mandato
Mediúnico, encontra-se a advertência aos médiuns de que
a mediunidade é um instrumento santo e que deve ser
utilizada santamente, jamais esquecendo-se disso.
Finalizando, e deixando um roteiro seguro aos que
desejam trabalhar na seara mediúnica com Jesus, Suely
Schubert destacou as informações contidas em O
Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XXVIII,
itens 8 a 10. Como habitualmente faz, a oradora de escol
leu, desta vez, a Mensagem do Coração, ínsito em o livro
Momentos de Felicidade, de Joanna de Ângelis/Divaldo
Franco, consolidando o magnífico trabalho que avidamente
foi absorvido pelos presentes, sensibilizando corações e
mentes.
Amar é não ter que perdoar
– No dia 10 de setembro, o Centro Espírita Fé, Amor e
Caridade, de Tramandaí, recebeu Suely Caldas Schubert
com alegria e entusiasmo para ouvi-la reflexionar sobre
o tema: Desperte o dom de Deus que existe em ti.
Uma
verdade se perpetua no tempo e nas circunstâncias em que
se apresente. Essa premissa foi o objeto das reflexões
apresentadas.
Discorrendo e analisando fragmentos da II Epístola de
Paulo a Timóteo, e levando o público a se ambientar no
conteúdo, Suely falou sobre fé, o despertar do dom de
Deus que existe em cada um, a fortaleza do ser, o amor e
a moderação com que Deus equipou seus filhos.
A médium e escritora mineira ressaltou que Paulo de
Tarso, em um contato psíquico com Jesus, lhe sugeriu,
dada a sua debilidade física, motivada por ingentes
lutas até aquele momento, passasse a escrever as
epístolas (cartas).
O dom de Deus se constitui nas virtudes que o homem vai
desenvolvendo ao longo de suas existências,
descobrindo-se através do autoconhecimento – questão 919
de O Livro dos Espíritos -, apreendendo a amar os
seus semelhantes, como a si mesmo, tornando-se útil à
humanidade, sendo solidário, fraterno, pacífico,
acolhedor e amoroso.
Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor,
capítulo 15, destaca que o homem percorre um processo,
desde a sua criação, construindo-se através dos tempos,
ampliando suas faculdades, suas qualidades, suas
aquisições intelectuais e morais, jamais as perdendo,
ampliando-as através dos séculos.
Mais recente é a lição apresentada por Joanna de Ângelis
no livro O Despertar do Espírito, página 106,
onde a mentora destaca que o homem é portador da herança
dos seus próprios atos, patrimônio de sua evolução
permanente. Equivocando-se, deve recomeçar a
experiência. Ao proceder com correção, vê-se quites com
o compromisso assumido, incorporando a conquista ao seu
patrimônio espiritual.
Na mesma obra, página 19, a mentora de Divaldo Franco
destaca o caráter progressivo da evolução do ser humano.
Há um lento e complexo processo de despertamento, até a
autorrealização, composta pelo desenvolvimento e
amadurecimento psicológicos de todas as potencialidades
íntimas adormecidas em si, latentes no ser humano. As
experiências e realizações ético-morais, estéticas,
religiosas, artísticas e culturais somam-se a esse
patrimônio, saindo da superficialidade das paixões do
ego em direção ao Eu profundo.
Suely, destacada conhecedora das obras fundamentais do
Espiritismo, e dotada de uma invejável memória, frisou a
pergunta formulada por Allan Kardec, indagando onde está
escrita a lei de Deus, quando, então, obteve a resposta
sucinta dada pelos Espíritos: Na consciência.
Emmanuel, em Fonte Viva, capítulo 30, informa que
o Espírito traz consigo o gene da divindade, estando a
criatura no Criador e Este na criatura. Para que a luz
divina se destaque da treva humana, será necessário que
os processos educativos da vida trilhem o caminho dos
milênios.
Voltando a Léon Denis, na obra acima citada, no capítulo
IX, iremos encontrar a partícula divina a se expressar
no próprio homem, interagindo consigo mesmo, com o seu
semelhante e com o Universo, em pleno labor evolutivo,
dando-nos a certeza de que tudo o que está no Universo
está no homem, e ao mesmo tempo, tudo o que está no
homem, também está no Universo. Através do corpo
fluídico e do corpo material o homem encontra-se ligado
à imensa teia da vida universal; e pela alma, a todos
os mundos visíveis e invisíveis.
Nos capítulos XXI e XXV de O problema do Ser, do Destino
e da Dor, Léon Denis apresenta as necessidades
irresistíveis do Espírito em evolução adiantada. São
elas: Necessidade de infinito; de justiça; de luz; de
sondar todos os mistérios; de saber; e do sentimento do
Belo e do Bem. Todo poder da alma resume-se em querer,
saber, amar!
No capítulo 30 da obra Vinha de Luz, sob o título
De alma Desperta, Emmanuel se expressa comentando
a seguinte instrução de Paulo: Por isso te lembro
despertes o dom de Deus que existe em ti. – Paulo.
(II Timóteo, 1:6.). Para tal será indispensável muito
esforço de vontade para que a criatura humana não se
perca, indefinidamente, na sombra de seus impulsos
primitivos. Será, então, mesmo nas menores atividades da
luta humana, que o homem não esquecesse a necessidade de
acordar o dom de Deus no altar do coração.
Advertindo, o preclaro mentor frisa e anuncia que, na
estrada iluminativa, sem nenhuma dúvida, o homem sofrerá
tentações, caindo muitas vezes, que passará por
decepções e desânimos. Tais destaques são frutos
colhidos na experiência daqueles que já trilharam e
venceram os caminhos rudes da vida. É imprescindível,
destaca o mentor, que, na caminhada, a criatura se
mantenha desperto, reerguendo-se, reedificando-se,
sempre que necessário, reacendendo a própria luz, embora
fustigados pelas sombras do passado.
Finalizando o excelente trabalho iluminativo, Suely
apresentou um fragmento da mensagem de Bezerra de
Menezes, na psicofonia de Divaldo Franco, de 25 de
setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, de Santo
André/SP, e que se encontra na obra Em nome do Amor,
página 164, dizendo que a balbúrdia esconde a dor, que a
violência geradora de dor é o resultado das dores
íntimas do ser aturdido, em perfeito acordo ao ensino de
Jesus aos informar: Eis que Eu vos mando como ovelhas
mansas ao meio de lobos rapaces. Exteriorizando a
doçura e benevolência contida em seu coração amoroso,
Bezerra dá o seu alento, envolvendo-nos em paz, dizendo:
Mas virá um dia, completamos, que a ovelha e o lobo
beberão a mesma água do córrego, juntos, sem
agressividade.
Coroando a atividade de esclarecimento e enlevo, Suely
leu, como prece final, a mensagem intitulada Oração,
de José Silvério Horta, constante na obra Parnaso de
Além-Túmulo, psicografada por Chico Xavier.
O Espiritismo fala para o futuro dos tempos
– Tradicional casa espírita de Porto Alegre, o Instituto
Espírita Amigo Germano recebeu no dia 11 de setembro a
oradora, escritora e médium Suely Caldas Schubert, de
Minas Gerais, para falar sobre a Lei de Justiça, de Amor
e de Caridade.
Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, em sua
Parte III, destaca que a Lei de Justiça, Amor e
Caridade, dentre as demais catalogadas, é a mais
importante, englobando todas as demais. Estudando essa
lei, ante os tempos atuais, de transição planetária,
Suely frisou que são perceptíveis as situações em que o
homem se envolve, com lutas e dores acerbas, onde
irrefletidamente dá vazão as suas paixões, agindo pelos
impulsos dos instintos asselvajados, tornando-se em
algoz de si mesmo, pois que, submetidos à lei divina,
imutável e perfeita, colhe o fruto de suas próprias
ações.
Em A Gênese, o ínclito codificador do
Espiritismo, destaca que já não são mais as entranhas do
planeta que se agitam, mas as da humanidade, numa busca,
com esforço, em se depurar de suas paixões vis,
construindo-se em uma criatura melhor, agindo com
humildade, consciência de si mesmo, justo, fraterno e
caridoso. Embora ainda haja movimentações geológicas,
demonstrando que há alguma fragilidade, assim é o homem
e suas conquistas exteriores, porém, ruge na intimidade
do ser a energia transformadora, denotando a força
interna em oposição à externa.
Agitado, o homem busca a sua transformação, descobrindo
o sentido da vida, direcionando suas ações para o bem,
operando uma revolução íntima, desvendando-se, buscando
respostas satisfatórias para a sua existência,
preparando-se para um futuro melhor.
Com raciocínio rápido e dona de uma voz clara e
agradável, Suely discorreu sobre as três Revelações:
Moisés, Jesus e o Espiritismo. Moisés representa a
justiça, legislador exímio, com o concurso dos
Espíritos, legou à humanidade os 10 Mandamentos,
adequados ao grau de desenvolvimento da humanidade da
época. Analisando o fato da revelação divina, Suely
classificou como sendo um fenômeno de escrita direta,
sendo Moisés um médium poderoso. Os 10 Mandamentos são,
ao mesmo tempo, uma bússola e um freio ao homem, focando
em ações do impositivo da negação.
O homem de bem é aquele que cumpre a lei de Justiça,
Amor e Caridade na sua maior pureza. Discorrendo sobre a
questão 875 de O Livro dos Espíritos, a escritora
mineira destacou que a justiça consiste em cada um
respeitar os direitos dos demais. Esses direitos estão
determinados pela lei humana e pela lei natural, de
alçada da consciência. Assim, Suely pôs em evidência o
ensinamento do Cristo: Queira cada um para os outros
o que quereria para si mesmo. No coração do homem
imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo que
cada um deseje ver respeitados os seus direitos.
A segunda revelação ficou personificada em Jesus, o
Governador Espiritual do Planeta Terra. Sua mensagem é o
Amor. O exemplo foi seu fanal que nem todos
compreenderam. Outros, contudo, compreendendo a mensagem
deram o testemunho. Jesus veio ensinar ao homem o que
deveria ser feito, valorizando a vida espiritual em
detrimento da vida material. Criado pelo Incriado, o
homem possui em si o dom de Deus, isto é, o potencial
criativo, desabrochando as virtudes. O homem de bem ama
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
A terceira revelação, não sendo personificada, foi
apresentada a humanidade em 1857, cumprindo a promessa
de Jesus: o Consolador que haveria de ficar com o homem
pela eternidade. O Espírito de Verdade se fez ouvir,
ditando o que fazer para que o homem, consolado,
assumisse a suas próprias responsabilidades, porque,
esclarecido assume a sua própria identidade perante o
seu semelhante, utilizando-se de misericórdia, da
caridade, que é o amor em ação.
Fora da caridade não há salvação, essa é a orientação de
ouro para a verdadeira felicidade do homem na Terra,
encaminhando-se, em segurança, ao mundo espiritual. A
benevolência para com todos, a indulgência para com as
imperfeições alheias e o perdão das ofensas se
constituem no verdadeiro sentido de caridade, conforme
entendia Jesus. A caridade não se restringe à esmola. O
homem, optando por pedir esmola, tão somente, se degrada
física e moralmente, embrutecendo-se. Nem sempre o mais
necessitado é o que pede.
Encaminhando sua bela conferência para o final, Suely
tomou emprestado de Calderaro, na obra No Mundo Maior,
de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, a seguinte
expressão: O homem, para auxiliar o presente, é
obrigado a viver no futuro da raça. Desta forma, o
homem prepara hoje o seu futuro, ditoso pelas boas ações
postas em prática, ou desventurado, se forem nefastas.
Cada qual deve mudar sua mentalidade, criando um
entendimento novo, amando a si mesmo, ao próximo e a
Deus.
Lázaro, em O Evangelho segundo o Espiritismo,
capítulo XI, item 8, destaca que a Lei de Amor resume a
doutrina de Jesus toda inteira. É o sentimento por
excelência. Transitando dos instintos aos sentimentos, o
homem alcança o sublime amor, onde a personalidade é
substituída pela fusão dos seres e as misérias sociais
desaparecem.
À guisa de prece final, Suely Schubert, inspirada,
narrou a Prece de Bezerra de Menezes, psicografada por
Divaldo Franco, destacando a humildade e a necessidade
da caridade. Aplaudida, logo colocou-se à disposição
para cumprimentos, fotos e autógrafos, coroando o
magnífico labor.
Na consciência está registrada toda a caminhada
evolutiva realizada pelo ser humano
– No dia 12, em Taquara, a palestrante falou no Centro
Espírita Dom Feliciano.
A voz canora de Suely Caldas
Schubert preencheu os espaços da entidade anfitriã,
falando aos corações e mentes dos presentes que lotaram
todas as dependências, e aos internautas que tiveram a
oportunidade de acompanhar ao vivo a palavra lúcida e
esclarecedora sobre Os Mecanismos da Justiça Divina.
Estiveram presentes delegações de várias cidades da
região, desde a Serra, o Vale do Sapateiro até o Litoral
Norte.
Em geral, boa parcela das criaturas humanas possui
dúvidas sobre a Justiça Divina, questionando-se, por
exemplo, sobre o seu funcionamento, a equanimidade, se é
justa, mutável, privilegiadora, contemplando alguns em
detrimento de outros. Perguntam como a Justiça Divina se
faz presente entre os desiguais, e quais são os seus
mecanismos, etc., preparando os presentes para a
abordagem esclarecedora.
Sobre o Reino de Deus, a eloquente oradora apresentou o
ensinamento de Jesus, que respondendo aos fariseus,
disse que esse reino não vem de modo visível, que não se
vê aqui, nem ali, conforme registro de Lucas 17:20 e 21.
Conduzindo os expectantes para um raciocínio lógico,
Suely discorreu sobre o Código Divino comentado por
Allan Kardec em a Introdução de O Evangelho segundo o
Espiritismo, onde se percebe que a sua abrangência
contempla todos os cultos.
Esse Código Divino se constitui em uma regra de
bem-proceder, abrangendo as circunstâncias da vida
privada e pública. É, também, o princípio básico de
todas as relações sociais que se fundamentam na mais
rigorosa justiça, sendo roteiro infalível para a
felicidade vindoura. O Código desvela a vida futura, sem
distinção de culto. Dedicada estudiosa do Espiritismo,
Suely incentivou ao estudo das Obras Fundamentais da
Doutrina Espírita, bem como as obras complementares e
subsidiárias.
Sobre a fé, destacou que ela pode ser inata, isto é,
faculta ao ser humano a aceitar com facilidade as
verdades espirituais. Pode ser raciocinada, levando-se
em consideração que para crer não basta ver; é preciso,
sobretudo, compreender, já a fé inabalável é a que pode
encarar de frente a razão em todas as épocas da
humanidade, como ensina o Codificador Allan Kardec.
A cada um será concedido o resultado segundo as obras
realizadas, conforme ensinado pelo Mestre, como medida
de justiça, de acordo com os registros de Mateus 16:27.
Assim, compreende-se que a lei de Ação e Reação, onde
cada um está ligado pelo impositivo de atração magnética
que lhe é próprio, circunscreve-o ao círculo de evolução
onde se encontra. Como consequência das ações, pode, o
homem, libertar-se, ou aprisionar-se, tornar-se
vitorioso, ou derrotado, conforme suas tendências, boas
ou más. Na medida que evolui, capacita-se para a
felicidade. A Lei Divina possui seus alicerces na
justiça indefectível, funcionando em igualdade para
todos. (Ação e Reação, cap. 1 e 2, André Luiz/Chico
Xavier)
Estando a Lei Divina escrita na consciência da criatura
humana, conforme resposta obtida por Allan Kardec, deixa
muitas criaturas aturdidas, desafiando a inteligência, o
tirocínio e a percepção espiritual dos pesquisadores,
dos físicos da consciência. Antônio Damásio (1944-),
escritor e neurocientista português, detendo-se nesse
estudo escreveu monumental obra O Mistério da
Consciência. Na consciência está registrada toda a
caminhada evolutiva realizada pelo ser humano, destacou
a escritora mineira, pois que, o Espírito é o ser
inteligente da criação divina.
Em Justiça e Amor, capítulo 4, de Camilo e psicografia
de Raul Teixeira, pode-se anotar que a consciência dá ao
indivíduo a capacidade de perceber a realidade da sua
própria existência e o registro de suas ações, desejos,
pensamentos e o direcionamento da vontade. É, também, a
representação do próprio Espírito. A consciência é
proporcional ao degrau evolutivo em que se encontra o
ser. Ao conviver com os demais, progride
individualmente, com consequência coletiva, geral.
O pensamento atua à feição de onda, assim o bem torna-se
a expansão da luz e o mal a condensação da sombra. Na
senda evolutiva, cada minuto de vida é importante para a
renovação da criatura humana, redimindo-se,
aprimorando-se, avançando, em acordo com André Luiz no
livro Ação e Reação.
Emmanuel, no livro Pensamento e Vida, capítulo
11, destaca que o presente do homem é fruto do passado
construído ao longo das reencarnações, avançando
continuamente pelo caminho já percorrido,
aproveitando-se da experiência adquirida. A Terra
oferece as oportunidades conforme as necessidades de
cada um.
Tocando os corações, sensibilizando as mentes e
contribuindo para a valorização da vida, e aproveitando
o mês convencionado – setembro -, para as campanhas de
prevenção ao suicídio, Suely narrou a comovente e
cativante história de Mário Sobral
retratada na obra Memórias de um Suicida, de
Yvonne do Amaral Pereira, destacando a Justiça Divina e
seus mecanismos, evidenciando a lei de Ação e Reação.
Com base no capítulo V de O Evangelho segundo o
Espiritismo, a dinâmica expositora destacou que Deus
dá à Sua criatura os meios necessários e suficientes, ou
seja, a voz da consciência e as tendências instintivas.
As boas resoluções são a voz da consciência, com
discernimento do bem e do mal, bem como, dá forças para
resistir às tentações.
Joanna de Ângelis em Ilumina-te, capítulo 28,
pela psicografia de Divaldo Franco, destaca que o reino
dos céus dentro de cada um se estabelece através do
autoconhecimento, e em Entrega-te a Deus,
capítulo 24, a mentora frisa que a consciência constrói
a forma do equilíbrio emocional.
Visando o despertar das criaturas, Suely evidenciou a
necessidade de o ser humano atingir o padrão vibratório
de Jesus, sendo necessário, acima de tudo, sentir nos
padrões do Cristo, para pensar, observar, ouvir e agir
com acerto, conforme Emmanuel em Palavras de Vida
Eterna, capítulo 16.
Finalizando o brilhante trabalho, que a todos cativou, a
oradora de escol apresentou o pensamento de Bezerra de
Menezes, pela psicofonia de Divaldo Franco, que entre
outras orientações, frisa a necessidade de o homem
identificar-se com o Criador, evoluindo confiante no
Amor. Mateus, 11: 28 a 30, registrando a mensagem do
Cristo Consolador destaca que o jugo é suave e o fardo é
leve, onde cada um recebe segundo suas necessidades
evolutivas.
Fazendo a leitura da mensagem Render Graças, de
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, verdadeiro ode à
gratidão, Suely Caldas Schubert encerrou sua conferência
de cunho elucidativo e consolador, produzindo padrão de
elevado teor, alcançando o imo de cada presente.
O Dom de Deus em nós é o Amor
– No dia 13 de setembro, após percorrer as instalações
da Associação Espírita Francisco de Assis e do
Educandário Thales Theisen, em Santa Cruz do Sul, Suely
Caldas Schubert proferiu no auditório da Associação
Espírita a conferência Tende bom ânimo, Eu venci o
mundo.
Dirigindo-se ao público atento e ávido de
saber, bem como aos dirigentes, todos investidos da
tarefa da própria transformação moral e da construção de
um mundo mais harmônico e feliz, a expositora destacou
que o local se constitui em uma escola de almas e de
estudos espíritas, salientando o seu encantamento
com a casa, sua beleza e ambiência de amor.
Analisando os capítulos 13 a 17 do Evangelho de João,
a lúcida escritora mineira frisou a preocupação de Jesus
para com seus discípulos, anunciando que sua permanência
física entre eles seria breve, animando-os a amarem-se
uns aos outros como Ele os amou, e que seriam conhecidos
por muito se amarem. Também revelou que na casa do Pai
há muitas moradas, sendo assim, iria prepará-las.
Advertindo e consolando o Mestre solicitou que
guardassem os seus mandamentos e que rogaria ao Pai o
envio de outro Consolador, O Espírito de Verdade.
Envolvendo os seus discípulos, naquelas horas
derradeiras, Jesus mais uma vez reafirmou que seguindo
os seus ensinamentos encontrariam a paz, pois que no
mundo teriam aflições, exortando-os a terem bom ânimo,
aditando que Ele vencera o mundo.
Apoiando-se nos ensinamentos de Emmanuel, em Palavras
de Vida Eterna, capítulo 136, - Na vitória real
-, Suely explicou que, naquele momento final de Jesus
entre os homens, reconhecendo que se encontrava a poucos
passos da morte, o mundo O julgava um vencido vulgar.
Isso, segundo Emmanuel, se deve ao fato de que os
construtores do aperfeiçoamento espiritual não estão na
Terra para vencerem no mundo, mas para vencer o mundo em
si mesmos, servindo ao mundo de uma forma maiúscula.
Bezerra de Menezes, na obra Em Nome do Amor,
destaca a fase de transição em que se encontra a Terra,
de um planeta de provas e de expiação para um de
regeneração. O Espiritismo é ferramenta preciosa para
esses momentos de transição, pois que oferece os nobres
instrumentos do amor, da concórdia, do perdão, da
compaixão. O momento de iluminação de consciências não
pode ser adiado, a mudança para essa categoria mais
elevada, de regeneração, será possível quando a
humanidade da Terra mudar o seu padrão vibratório,
elevando-o a uma escala superior.
A dor é colossal neste momento, cabendo a cada cristão o
trabalho de ampliar o Reino de Deus entre as criaturas
da Terra. O lídimo trabalhador de Jesus deve divulgar o
Espiritismo empregando todos os meios e modos dignos ao
seu alcance. Vale dizer, onde se encontre, viver
retamente, cristãmente, prioritariamente. As dores, em
todas as épocas e situações, possuem a faculdade de
impulsionar o ser humano ao aprimoramento moral.
Os ensinamentos divinos não devem ser olvidados, com
eles a criatura humana sublima, ascendendo aos níveis
superiores, dignificando-se, exemplificando-os. Em
Palavras de Vida Eterna, capítulo 16, Emmanuel se
refere aos Padrões de Jesus. Para alcançar esse
padrão será necessário sentir Jesus na intimidade da
alma, praticando os seus ensinamentos, renovando-se,
adotando como modo de vida o modelo do Cristo. Sentir os
padrões do Cristo significa pensar, observar, ouvir e
agir com acerto na realização da tarefa que o Cristo
reservou a cada um. Assim, Suely reforçou a sentença
cunhada por ela: Pensar o Espiritismo e pensar como
espírita. Isto é o Cristo em nós através da Doutrina
Espírita.
Em A Caminho da Luz, Emmanuel elucida que a
missão do Espiritismo nestes momentos atuais de
mudanças, de evolução, é salvar as religiões que se
apagam entre os choques da força e da ambição, do
egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus
verdadeiros caminhos.
A realidade é a do Espírito, a paz é a do entendimento
do Reino de Deus e de sua Justiça. Todos são chamados ao
trabalho incessante da melhoria íntima, nos moldes de
Jesus, amando, perdoando, sendo solidário, altruísta e
fraterno. Deus é misericordioso, perdoemo-nos perdoando.
A aurora de um novo dia, após noite tormentosa, se
apresentará inexoravelmente, e com Jesus no coração o
homem de bem fruirá as bênçãos de sua própria conquista
espiritual, alcançando a redenção.
Após ler a mensagem Render Graças, de Joanna de
Ângelis/Divaldo Franco, preparando a finalização de seu
profícuo trabalho, Suely Caldas Schubert, nesta
atividade realizada em Santa Cruz do Sul, encerrou o seu
roteiro iluminativo em terras gaúchas, levando aos
corações e mentes dos que a ouviram com atenção as
imorredouras sentenças de amor e de libertação
apresentadas pelo Mestre Nazareno. Aplaudida de pé e
profundamente sensibilizada, a médium e escritora
mineira agradeceu o carinho e a afabilidade com que foi
tratada. Por onde passou, Suely deixou o perfume do amor
e a suavidade da caridade, ofertada em forma de
conhecimento. O público, pela face dos presentes,
apresentava-se estimulado a alcançar conquistas maiores
no mundo íntimo, tornando-se em cocriador de um mundo
melhor.
Nota do autor:
As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge
Moehlecke.