Questões vernáculas

por Astolfo O. de Oliveira Filho

Da série de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais seis exemplos:

1. Não podemos esquecer de que nada na vida é pra sempre.

O correto: Não podemos esquecer que nada na vida é pra sempre.

Explicação: O verbo esquecer pede objeto direto. Quem esquece, esquece alguma coisa.

2. O alcoolismo causou no meu amigo terrível dependência, que minou-lhe as forças por completo.

O correto: O alcoolismo causou no meu amigo terrível dependência, que lhe minou as forças por completo.

Explicação: o pronome relativo “que” é partícula atrativa que, em tal caso, determina a próclise.

3. Caro mestre, pede a seus alunos para serem mais assíduos e pontuais.

O correto: Caro mestre, pede a seus alunos que sejam mais assíduos e pontuais.

Explicação: O verbo pedir pede objeto direto. Quem pede, pede algo.

4. Nossa vizinha, todos os domingos, sem falta, assistia o programa do Silvio Santos.

O correto: Nossa vizinha, todos os domingos, sem falta, assistia ao programa do Silvio Santos.

Explicação: O verbo assistir, nessa acepção, pede objeto indireto.

5. Nossa tia tinha o hábito de assistir aos doentes da nossa rua, fossem ou não parentes seus.

O correto: Nossa tia tinha o hábito de assistir os doentes, fossem ou não parentes seus.

Explicação: O verbo assistir, na acepção de cuidar, prestar assistência, pede objeto direto.

6. Pediu o homem a seu vizinho: - Diga a seu filho para jamais fazer isso...

O correto: Pediu o homem a seu vizinho: - Diga a seu filho que jamais faça isso...

Explicação: O verbo dizer pede objeto direto. Quem diz, diz alguma coisa.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita