Triunfo & Alegria
Triunfar é esquecer o lado menos bom da vida
"Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida."
- Apocalipse, 2:10.
Disse Jesus:
"o Reino de Deus
não vem com aparência exterior; ele está entre vós”.
A história da humanidade, plena de beligerantes
triunfadores é um relato fiel da sordidez e apoucamento
espiritual desses vassalos das trevas, cujas vitórias
foram conseguidas em cruentas batalhas à custa de muitas
lágrimas, onde a miséria e a destruição foram semeadas a
mancheias... Esses "triunfadores" passaram; quase
não são lembrados uns e completamente esquecidos outros.
Quem visse Jesus agonizando e morrendo num infamante
madeiro entre dois criminosos confessos, após uma
condenação arbitrária de juízes venais, entre
humilhações sem conto e suplícios inenarráveis,
dificilmente conseguiria entender que, naquela trágica
tarde no Monte da Caveira, estava sendo registrado na
história dos povos o maior triunfo de que se tem (e se
terá) notícias. Ele conquistou para sempre "a coroa
da vida". Seu galardão jamais Lhe será tirado. Sua
vitória permanecerá como indelével marco divisório das
Idades e continuará perenizada na vitória de quantos
conseguirem conquistar-se a si mesmos, encontrando na
intimidade d`Alma o Reino de Deus que Ele desvelou.
O triunfo real não é aquele conquistado externa e
ostensivamente e que proporciona uma alegria logo fanada
pelos próprios corolários desse pseudossucesso, mas
aquele que não tem testemunhas: o triunfo íntimo contra
o "homem-velho", aquele que vence os sofismas da
paixão e dá têmpera à Alma para enfrentar as angústias
da luta, o triunfo do dever cumprido e da confiança
irrestrita nos Superiores Desígnios.
Para alcançarmos a meta assinalada pelo Pai Celestial
para cada um de nós, torna-se imprescindível a busca
interior do Reino de Deus, cujo roteiro Jesus já
forneceu: a caridade desinteressada. Só assim lograremos
o triunfo sobre o egoísmo, a vaidade, o orgulho e o
personalismo ancilosante.
No capítulo noventa do livro "O Espírito de Verdade",
André Luiz aconselha, pela psicografia de Waldo Vieira:
"olvide o pessimismo, a palavra infeliz, a malquerença,
a indisposição, o próprio direito, a censura, a
discussão intempestiva, a vaidade intelectual, as vozes
destrutivas, a convenção nociva, a lamentação...
Recorde que a marcha do progresso é inexorável, que você
está sendo ouvido e observado, que o imperativo da
fraternidade atinge a todos, que a disciplina mental é o
primeiro remédio, que o dever pessoal é intransferível,
que a harmonia e a cooperação constroem sempre mais, que
o respeito ao semelhante é o alicerce da paz, que o
procedimento correto é valioso em todas as
circunstâncias, e, finalmente, que a extensão da Seara
do Bem espera por nós.
Triunfar é esquecer o lado menos bom da vida, lembrando
o cumprimento das próprias obrigações que, em verdade,
sustentam a nossa alegria incessante".