Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Opinião Espírita

(Parte 12)


Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


Questões preliminares


A. É um engano pensar que os espíritos benevolentes que se comunicam com os homens são instrumentos imaculados?

Sim. Trata-se de um engano. O fato de haver desencarnado não dá santidade a ninguém. Os espíritos desencarnados são seres ainda em evolução e, portanto, têm, como nós temos, imperfeições que é preciso corrigir, mas isso demanda o concurso do tempo. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

B. Que pensar dos que chamam os espíritos a propósito de bagatelas ou para resolver problemas estritamente materiais?

Quem age assim equivoca-se acerca do papel que incumbe aos espíritos. Diz André Luiz que, conquanto tenham satisfação em ser úteis, os espíritos não podem desobrigar os homens das obrigações que lhes competem, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

C. Com relação ao intercâmbio entre o homem e os espíritos, qual o mérito de Kardec?

Diz André Luiz que, ao longo dos séculos, muitos admitiam o intercâmbio entre os homens na carne e os espíritos no Espaço... Contudo, somente Allan Kardec definiu a prática mediúnica inaugurando nova era para a vida mental da Humanidade. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)


Texto para leitura


212. Enganos ante os espíritos – Julgar que todos os espíritos benevolentes que se comunicam na Terra são instrumentos imaculados. Desencarnação é vida em outra face. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

213. Considerar que eles veiculam princípios de virtude, como se fossem anjos flanando nos céus, dando conselhos que nada lhes custa. O professor reconhece-se impelindo a disciplinas mais austeras que as dos alunos para ser digno da missão de ensinar. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

214. Chamá-los, a propósito de bagatelas. Criaturas relativamente educadas sabem respeitar os horários alheios. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

215. Solicitar-lhes concurso em problemas estritamente materiais. Nenhum de nós, conquanto satisfeitos de ser úteis, furtará obrigações dos outros, das quais eles necessitam para a segurança da própria felicidade. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

216. Censurá-los por não estarem à nossa inteira disposição. Amigos sinceros e conscientes não escravizam amigos. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

217. Complicar as consultas que lhes queiramos fazer, com a desculpa de lhes testar a existência. Só os corações irresponsáveis intentariam transformar os entes amados em ledores de buena-dicha. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

218. Exigir-lhes a verdade total. Todos nós cultivamos o tato psicológico no trato recíproco e não ignoramos que certas revelações funcionam nos mecanismos da alma, assim como determinados medicamentos que somente beneficiam os mecanismos do corpo em dose adequada. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

219. Criticar-lhes sem ponderação e respeito às falhas quando apareçam. A pessoa de bom senso compreende claramente o desacerto do benfeitor de que já recebeu noventa e nove favores perfeitos, através de recursos imperfeitos, como sejam os canais mediúnicos terrestres e doente algum pode queixar-se quando ele mesmo procura obscurecer, por todos os modos, os raciocínios e manifestações do médico. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

220. Não desconhecemos que entre a encarnação, a desencarnação e a reencarnação, todos somos espíritos em trabalho evolutivo. A Doutrina Espírita é o fiel da balança de nossas relações uns com os outros, nos planos a que se acolhem desencarnados e encarnados, representando orientação e luz, ensinamento e pedra de toque. Diante dela os espíritos têm responsabilidade e os homens também. (Opinião Espírita, cap. 43: Enganos ante os espíritos.)

221. O Livro dos Médiuns – Muitos referiam-se à justiça... Mas apenas Moisés logrou expressá-la junto aos homens. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

222. Muitos sentiam a necessidade do amor por único recurso de sustentação da concórdia e da fraternidade entre as criaturas... Entretanto, somente Jesus conseguiu exemplificá-la na Terra. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

223. Qual ocorre no plano moral, assim tem acontecido sempre em todos os distritos do progresso humano. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

224. Muitos registravam o impositivo de mais ampla divulgação da cultura... Contudo, só Gutemberg pôde articular os alicerces da imprensa. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

225. Muitos observavam que o mundo químico devia ter por base um elemento extremamente simples... Todavia, somente Cavendish chegou a descobrir o hidrogênio. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

226. Muitos reconheciam a possibilidade de isolar-se a faísca elétrica... No entanto, só Franklin levantou o para-raios. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

227. Muitos pensavam na criação do transporte rápido... Mas apenas Stephenson desvelou a locomotiva. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

228. Muitos pressentiam a existência da gravitação... Entretanto, somente Newton granjeou enunciá-la. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

229. Muitos falavam em arquivo da voz... Contudo, só Edison corporificou o fonógrafo. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

230. Muitos suspeitavam da influência maléfica dos bacilos... Todavia, somente Pasteur instituiu a imunização. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

231. Muitos estudavam as ondas eletromagnéticas... No entanto só Marconi estabeleceu as comunicações sem fio. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

232. Através de séculos, muitos admitiam o intercâmbio entre os homens na carne e os espíritos no Espaço... Contudo, somente Allan Kardec definiu a prática mediúnica inaugurando nova era para a vida mental da Humanidade. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.)

233. Glória, pois, a "O Livro dos Médiuns" que consubstancia o pensamento puro e original do Codificador sobre a mediunidade com Jesus. Estudemo-lo. (Opinião Espírita, cap. 45: O Livro dos Médiuns.) (Continua no próximo número.) 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita