A Terra - nossa Escola
Contempla a beleza da Terra - a nossa Escola - para que
o pessimismo não te obscureça a estrada, anulando-te o
tempo na regeneração do destino.
Não será fazer lirismo inoperante, mas sim descerrar os
olhos no painel das realidades objetivas.
Pensa no Sol que é luz infatigável;
No céu a constelar-se em turbilhões de estrelas, novas
pátrias de luz exaltando a esperança;
Na fonte que se entrega, mitigando-te a sede;
Na árvore generosa a proteger-te os passos;
Na semente minúscula abrindo-se em flor e pão;
No lar aconchegante a guardar-te, promissor...
Tudo no altar da natureza é prazer de auxiliar e
privilégio de servir. Entretanto, muitas vezes, trazemos
em nós próprios tristeza e crueldade por tóxicos do
caminho...
E renascentes de ontem cujos minutos gastamos na
edificação do próprio infortúnio, temos o coração qual
vaso de fel, aniquilando em nós as bênçãos da alegria.
Não podemos negar a condição de espíritos prisioneiros,
quando se nos desdobra a experiência no corpo físico,
entretanto é nessa segregação oportuna que recapitulamos
as nossas lições perdidas.
É na veste física que tornamos ao adversário do
pretérito, à afeição mal vivida e ao obstáculo que se
fez resultado de nossa própria incúria.
Não há mal na Terra, senão em nós mesmos – mãe de nossa
rebeldia multimilenária diante da Eterna Lei do Amor –
gerando os males que nos marcam a imprevidência.
Descerremos as portas da alma à luz da grande
compreensão e, buscando aprender com os recursos do
mundo, que nos amparam em nome da Divina Providência,
reajustemo-nos no amor que entende e socorre, abençoa e
serve sempre, na certeza de que, refletindo em nós os
Propósitos Divinos, encontraremos, desde agora, nas
complexidades e nevoeiros do mundo, a preciosa trilha de
acesso ao Eterno Bem.
Do livro Família, obra mediúnica
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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