Cada ensinamento no seu tempo
- Por que os Espíritos não ensinaram desde todos os
tempos o que ensinam hoje? “Não ensinais às crianças o
que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um
alimento que ele não possa digerir.” (Questão 801 d´O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)
Quando colocamos uma luz muito forte diante dos olhos de
alguém ela o ofusca, pois nossa visão não está preparada
para um foco intensivo de luminosidade. Então ao invés
de ajudar, prejudicamos.
Assim acontece com os ensinamentos que devem ser
apresentados de conformidade com estrutura intelectual
das pessoas, permitindo que elas consigam absorve-los em
plenitude.
A Providência Divina, no âmago de seu laborioso programa
de apoio ao homem na Terra, vem paulatinamente
oferecendo as informações necessárias para que deixemos
o estado de selvageria para alcançarmos a condição de
angelitude. As lições estão chegando frequentemente.
Moisés, inspirado pelos Benfeitores da Humanidade,
registrou os dez mandamentos, que permanecem conosco até
o momento como um manual de conduta e bússola norteadora
das nossas ações. São preciosos itens que se seguidos
conduzem a criatura humana à felicidade.
Depois, Jesus se apresentou ao mundo, trazendo
pessoalmente a Boa Nova, ou seja o seu Evangelho,
reafirmando os dez mandamentos e ampliando-os
infinitamente para que pudéssemos aprofundar nossas
reflexões e análises a cerca dos assuntos divinos.
Colocou em nossas mãos um notável código moral,
apontando com segurança ao homem a estrada da ascensão
espiritual.
Já em 1857, Allan Kardec, em confirmação ao texto do
Evangelho do Cristo, informando que Seus ensinamentos
seriam esquecidos e que, portanto, haveria necessidade
de, no tempo certo, enviar um consolador, que ficaria
eternamente conosco, codificou a Doutrina Espírita,
apresentando a todos nós o mundo espiritual e sua
íntima relação com o mundo físico. Os Espíritos, mais
intensivamente, falaram aos ouvidos humanos, mostrando
que a morte não existe e que a vida continua nas “muitas
moradas na casa do Pai”.
A partir de 1927, com o advento Chico Xavier, a Terra
começou a receber uma quantidade imensa de livros
ditados pelos próprios Espíritos, através da psicografia
desse fantástico médium. Até ao final da sua existência
foram mais de quatrocentos livros versando sobre os mais
variados temas.
Outros médiuns e escritores encarnados se juntaram a ele
e a literatura espiritual, hoje, é vastíssima estando ao
alcance dos interessados. Detalhadamente, temos ricas
informações sobre a vida fora do corpo. A morte deixou
então de ser o fim de uma vida para transformar-se
apenas numa metamorfose, onde trocamos a existência
material pela espiritual, continuando com os nossos
sonhos, ideais, anseios e desejos de felicidade junto
aos seres amados.
Com a publicação, em 1943, do livro “Nosso Lar”, pelo
Espírito André Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier,
e, das demais obras do mesmo autor espiritual,
minuciosas informações chagaram ao mundo dando notícias
de como aportamos à vida espiritual, nossa estadia nas
colônias lá existentes, como preparamos nossa volta ao
mundo físico para novas reencarnações e uma infinidade
de dados valiosíssimos que servem de base para que
tracemos nossas metas aqui na Terra.
Então, tudo vem no tempo preciso. Em hipótese alguma
podemos afirmar que a Bondade Divina não tenha, com
muita frequência, oferecido ao homem todos os recursos
de que ele carece para realizar seu progresso
espiritual.
Façamos uma acurada reflexão e identificaremos o Amor
Divino caminhando sempre conosco. Que tenhamos olhos de
ver e ouvidos de ouvir...