Da lista de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais seis exemplos:
1. Companheiros, embora o diretor tenha-nos elogiado, devemos estudar mais.
O correto: “Companheiros, embora o diretor nos tenha elogiado, devemos estudar mais.”
Explicação: A conjunção concessiva “embora” atrai o pronome oblíquo “nos” e determina, assim, a próclise.
2. Caro diretor, porque alguns espíritas não aceitam certas obras de André Luiz?
O correto: “Caro diretor, por quealguns espíritas não aceitam certas obras de André Luiz?”
Explicação: Nas normas gramaticais vigentes no Brasil, a conjunção subordinativa “porque” usa-se nas respostas. Nas interrogações é usada, como advérbio interrogativo, a locução "por que".
3. Como afirmei-te no ano passado, a crise política não terminaria tão cedo.
O correto: “Como te afirmei no ano passado, a crise política não terminaria tão cedo.”
Explicação: A conjunção subordinativa “como” atrai o pronome oblíquo “te”, determinando assim a próclise.
4. Está faltando muita coisa neste país, sobretudo bom-senso.
O correto: “Está faltando muita coisa neste país, sobretudo bom senso.”
Explicação: A locução “bom senso” não tem hífen. Sobre o assunto, caso o leitor tenha dúvida, clique aqui
5. Muitas dúvidas povoam a mente do homem a muito tempo.
O correto: “Muitas dúvidas povoam a mente do homem há muito tempo.”
Explicação: Quando nos referimos ao passado, usamos o verbo “haver”: havia, há, houve. A preposição “a” não cabe em frases assim.
6. Diante das catástrofes naturais, as pessoas devem resignarem-se, porque nada se pode fazer.
O correto: “Diante das catástrofes naturais, as pessoas devem resignar-se, porque nada se pode fazer.”
Explicação: Segundo as normas gramaticais, o infinitivo integrante de locução verbal não é flexionado. Exemplos: Os meninos costumavam levantar-se cedo. Estando deteriorados, os pneus devem ser trocados. |