O poder do justo
Jesus realizou prodígios e afirmou que muito mais
poderíamos nós (se quisermos)
"Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa
amor, acumula poder." - Emmanuel[1]
Ensina Allan Kardec:
"nem sempre o
título de rei implica o exercício do poder temporal.
Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo
aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana
numa ordem de ideias quaisquer, a todo aquele que
domina o seu século e influi sobre o progresso da
humanidade... E essa realeza, oriunda do mérito
pessoal, consagrada pela posteridade, revela
preponderância bem maior do que a que cinge a coroa
real”.
Pela decepção e testemunho de uma rainha de França,
assiste toda razão ao Mestre Lionês para chegar a essa
conclusão:
"(...) rainha
entre os homens, como rainha julguei que penetrasse
no Reino dos Céus! Que desilusão!... Que humilhação,
quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana,
vi, acima de mim, mas muito acima, homens que
eu julgava insignificantes e aos quais desprezava,
por não terem sangue nobre!"
Somente a abnegação, a humildade e a Caridade em todos
os seus desdobramentos, a benevolência para com todos, o
perdão das ofensas, poderão granjear-nos lugar no Reino
dos Céus.
Como Jesus é possuidor de todas essas qualidades
(e muitas outras virtudes que ainda desconhecemos), é
que os que O ouviam exclamavam:
"Ele fala como
quem tem autoridade, e não como os escribas”.
Pelo que nos é dado observar em todas as épocas da
humanidade - inclusive hodiernamente - não fica difícil
verificar o quanto as criaturas cobiçam o poder e a
autoridade. Entanto, raríssimas são as portadoras da
verdadeira autoridade e do poder real, mesmo entre as
nascidas em berço de ouro e tendo "sangue azul"
nas veias.
Devemos ambicionar nossa efetivação como
"Cooperadores de Deus", e, para isso, faz-se
necessário a conquista dos "tesouros dos Céus",
inalienáveis, imarcescíveis, atemporais...
Jesus realizou prodígios e afirmou que muito mais
poderíamos nós (se o quiséssemos).
À medida que nos amoldamos às Superiores Diretrizes no
exercício da vera quão desinteressada Caridade, vamos
angariando a simpatia dos Numes Tutelares e, quanto
mais ampliamos esse leque, mais numerosas serão as
intercessões do Mais Alto a nosso favor, o que
nos facultará a verdadeira autoridade e o poder de
fato.
Agindo com justiça e bondade, nossas rogativas subirão
nas asas leves da prece, sem entraves, sob o pálio da
simpatia e da gratidão, porque, segundo Emmanuel, na
obra mencionada em epígrafe, "o justo - em verdade,
onde estiver - é sempre um Cooperador de Deus”.
Daí registrar Tiago:
"a oração feita
por um justo pode muito em seus efeitos”.
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