Artigos

por Wagner Ideali

 

Mediunidade Ontem e Hoje

 

A maior mediunidade que um homem pode desenvolver é a sua capacidade de amar.” – Nathalia Wigg

 

Não estamos sozinhos no Universo, essa frase já é conhecida de todos, pois sabemos que é impossível estatisticamente existirem bilhões de galáxias e somente nosso orbe ser habitado.

A vida não pode ser apenas uma, pois tudo que está à nossa volta se transforma, modifica e evolui. Seria um contrassenso tudo o que amamos, aprendemos e vivenciamos, terminar no sepulcro.

Não há sustentação lógica para a negação dos dois parágrafos acima.

Senão vejamos: Numa visão materialista e fria, vamos dizer que não há vida após a morte, como também, numa análise religiosa tradicional, a vida seria apenas uma e iríamos para céu ou inferno. Podemos perceber que tudo à nossa volta ficaria sem sentido; assim sendo, por que amar? Diríamos, também, por que todo o sentido de progresso? Mas a lógica e um sentimento profundo vindo do Deus, que habita dentro de nós, sempre nos dirá: A VIDA CONTINUA...

Assim sendo, múltiplas são as nossas vidas, sendo nossa existência infinita, e as possibilidades de evolução uma constante.

Partindo do pressuposto da existência de um DEUS justo e bom, de Amor e Paz, podemos então entender e afirmar que os que partiram continuam entre nós e, portanto, de alguma forma poderemos manter contato e coparticipar de nossas vidas aqui na matéria.

Assim esse processo de nos ligarmos com o mundo “extrafísico”, chamamos no Espiritismo de mediunidade.

No passado essa faculdade humana foi vista e entendida como atributo de profetas, pitonisas, entre outros adjetivos. Em outro momento da humanidade, foi proibida e amaldiçoada.

Hoje temos essa mediunidade se espalhando pelo mundo de forma e aspectos diferentes, como previu Jesus quando disse “Se vocês não falarem, até as pedras falarão”.

Assim temos os Espíritos influenciando as nossas vidas de forma positiva ou negativa, dependendo de nossa sintonia com planos superiores ou inferiores da vida espiritual.

Sabemos com o estudo da doutrina espírita que existem múltiplas e diversificadas formas de mediunidade, sendo cada ela prestando-se a um tipo de comunicação e de ajuda à ligação entre os dois mundos.

Fica a pergunta: como reconhecer essa sintonia? Os próprios Espíritos nos alertam dizendo que depende do que buscamos, depende do que procuramos sintonizar.

Jesus é a nau segura na qual deveremos nos guiar, e o mestre de Lion, Allan Kardec, nos apresenta uma forma lógica de entender Jesus e praticar os seus ensinamentos.

Assim vemos que os Espíritos estão à nossa volta, interferindo positiva ou negativamente segundo nossas vibrações mais profundas, e vemos que depende muito de nós uma mediunidade equilibrada, produtiva cheia de amor e trabalho.

Portanto, podemos afirmar que a mediunidade atesta a continuidade da vida.

Desenvolvimento mediúnico pode ser dividido em dois: com ou sem Jesus. Mediunidade sem Jesus é perturbação, desequilíbrios, prepotência, vaidade e egoísmo, atraindo somente Espíritos perturbadores sem nada construtivo. Mediunidade com Jesus é renovação íntima, capacidade de amar e perdoar, pois somente assim vamos ter ligação com a espiritualidade maior, provendo um trabalho mediúnico produtivo e salutar, com sintonia elevada.

Temos enfim o universo infinito, com as infinitas possibilidades de reencarnação, pois já sabemos que lá estão as “moradas de meu Pai”, como nos ensina Jesus. Temos aqui a mediunidade também infinita nas suas formas e possibilidades de manifestação, pois vai desde uma intuição leve a uma profunda psicografia mecânica inconsciente, nos levando a pensar e agir para um aprendizado junto aos Espíritos, que nos conduz à reflexão sobre nossa vida maior.

Que Deus continue hoje e sempre nos abençoando...


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita