Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

 
A descoberto

 

“...  nada há encoberto que não haja de  revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” – Jesus. (Mateus, 10:26)

 

Na atualidade, é deveras significativa a extensão do progresso humano nos variados campos da inteligência.

Pormenores da vida microscópica são vislumbrados por olhos pesquisadores e argutos.

Ninhos do Cosmo Infinito são tateados por delicada instrumentação astronômica.

Aparelhagem múltipla ausculta o corpo físico, desvelando-lhe a intimidade.

Experimentos inúmeros atestam a grandeza de tudo o que existe no seio da própria Terra.

Avançando em todas as direções, o homem alcança eloquente patrimônio intelectual, senhoreando leis e princípios que agrupam os seres e as coisas, mantendo o equilíbrio e a ordem do Universo.

Entretanto, na razão direta do conhecimento que vai conquistando, o espírito divisa horizontes mais vastos e fascinantes, aguçando o esforço do raciocínio. Quanto mais conhece, mais se lhe amplia aos olhos a imensidão do desconhecido. Quanto mais lógica no estudo, mais se lhe patenteia a  exiguidade  do próprio discernimento, em face da excelsitude do Todo-Divino.

Alma alguma pode encobrir, para si mesma, as próprias manifestações no quadro da vida e, de igual modo, perante a Lei, ninguém consegue disfarçar o menor pensamento.

Tudo pode ser descortinado, sopesado, medido... Assim, não só a realidade ainda ignorada por nós, como também as mentalizações e os atos de nosso próprio caminho, serão revisados e conhecidos, sempre que semelhante medida se fizer necessária, no local exato e na época oportuna.

“Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”, esclarece o Senhor.

Recordemos, assim, o ensinamento vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimentos, na soledade ou na sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz.

 

Do livro O Espírito da Verdade, obra mediúnica psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita