Divaldo Franco: “Jesus é a solução final
de todas as angústias”
Realizou-se no período de 3 a 5 de novembro o 9º
Congresso Espírita do Rio Grande do Sul. Além dos
espíritas gaúchos, participaram do evento espíritas e
simpatizantes de outros estados do Brasil e também do
estrangeiro. O local do Congresso foi a Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC).
A apresentação artística, com teatro e músicas,
recepcionou o público, harmonizando e preparando os
participantes para o momento solene da abertura do
evento sobre o tema: Espiritualidade nas Relações:
para viver e conviver em paz.
Com os dirigentes da Federação Espírita do Rio Grande do
Sul e outras lideranças do movimento espírita, estando
presente o convidado especial José Raul Teixeira, a mesa
diretiva foi formada para receber o orador Divaldo
Franco, homenageado por uma música especialmente
composta para o momento..
Gabriel Nogueira Salum, presidente da FERGS, acolhendo e
saudando o público, abriu oficialmente o Congresso
destacando a importância das antigas lideranças que
firmaram e nos legaram as bases do movimento espírita
gaúcho. Apresentou, também, a obra Espiritualidade
nas Relações: para viver e conviver em paz, lançada
no evento, que conta com artigos de diversos autores a
respeito da temática do congresso, inclusive de
conferencistas do congresso que ora se iniciava. Foi
lançada na oportunidade a webrádio da FERGS, já
em pleno funcionamento.
Abertura do Congresso –
Coube a Divaldo proferir a conferência de abertura, na
qual, discorrendo sobre os horrores da 2ª Guerra
Mundial, ele apresentou um episódio marcante vivenciado
por Simon Wiesenthal (1908-2005), sobrevivente de
campos de concentração.
Quando a Alemanha nazista invadiu a União Soviética em
junho de 1941, Wiesenthal e sua família foram
detidos. Passou quatro anos e meio em vários campos de
concentração, como o de Mauthausen-Gusen, próximo
da cidade de Linz, Áustria, de onde foi libertado pelas
tropas americanas em maio de 1945.
Wiesenthal,
polonês e judeu, testemunhou o assassinato da sua avó e
o embarque de sua mãe em um vagão de carga contendo
mulheres judias idosas. Da família de Wiesenthal foram
trucidadas 182 pessoas. Ele fora destacado para remover
o lixo em um hospital dedicado aos soldados alemães
feridos nas diversas batalhas. No trajeto entre seu
alojamento e o hospital ele passava por um cemitério
dedicado aos despojos dos soldados nazistas. Por entre
as sepulturas, a enfeitar, foram plantados girassóis. Wiesenthal,
ao passar por ali, pensava: para esses monstros um
cemitério enfeitado, e a nós o martírio, o trabalho
forçado, as câmaras de envenenamento, os fornos de
cremação, as fossas coletivas, o desprezo.
Enquanto trabalhava na limpeza do hospital acercou-se
dele uma enfermeira que, certificando-se de que Wiesenthal era
judeu, fez-lhe um sinal para que a acompanhasse. Ela o
levou então a visitar um soldado alemão, Karl
Silberbauer,gravemente enfermo, coberto de ataduras,
pútrido, ferido durante a ofensiva dos Aliados, que
desejava falar com um judeu. Silberbauertinha
sido educado no Cristianismo, porém fascinou-se pelo
discurso de Hitler. Em fazendo parte da elite
militar nazista, havia ele cometido vários atos de
barbárie. Estava atormentado e arrependido em seu leito
de morte. Depois de narrar as atrocidades que cometera,
solicitou o perdão a Wiesenthal, um judeu.
Desejava ser perdoado por um judeu, certificando-se de
que Wiesenthal era realmente um judeu. Simon
Wiesenthal, diante do seu próprio sofrimento, não
foi capaz de perdoar.
Karl Silberbauer fez
outro pedido: que Wiesenthal procurasse sua mãe e
lhe dissesse que estava arrependido e que morrera
cristão, o que ele efetivamente fez. Contudo, jamais
perdoou o nazista. Essa história está contida na obra The
Sunflower (O Girassol), uma autobiografia de Simon
Wiesenthal. Ela foi escrita depois de um período de
muito sofrimento vivido pelo autor.
Fala-se tanto de paz, mas essa é tão rara! O indivíduo
belicoso, a sociedade agressiva, os trabalhadores do bem
cansados e o religioso, indiferente à dor, ainda não
encontraram a paz.
Encerrando a narrativa, Divaldo perguntou: - Você
perdoaria a Karl Silberbauer? - Seria realmente
capaz de perdoar?
Conduzindo os ouvintes para as reflexões acerca do
perdão, refletindo sobre quanto se fala de paz,
inclusive com reuniões de lideranças mundiais
influentes, conclui-se que a paz, como ninguém ignora,
ainda não se estabeleceu; muito pelo contrário.
O perdão é essencial para a construção da paz, porém,
quando se deseja perdoar, apela-se para a razão, e essa
estabelece os parâmetros do equivocado, do crime.
Divaldo Franco aconselhou a perdoar em qualquer
circunstância, pois a vítima merece ter paz. Perdoando
ao criminoso, liberta-se do tóxico que foi injetado pelo
bandido. Não se deve perder a razão de viver esperando
uma vingança. O indivíduo merece paz e, para que a
logre, é necessário que se perdoe.
Na atualidade, frisou o ínclito orador, a sociedade
humana está vivendo um momento de terror e de
materialismo. O homem perdido de si mesmo age através de
seus instintos vis, em que o amor é confundido com
paixão, com posse, dominação.
Falar de perdão, para muitos isso soa como a atitude de
um covarde, fracassado. A paz é indispensável para a
vida. Perdoar é não devolver a ofensa. É necessário que
se estabeleça uma jornada diferente da de Wiesenthal,
almejando, assim, o primado do perdão, da compaixão pelo
outro. A verdadeira paz é a harmonia interior que nunca
devolve aquilo que é danoso. A vida perdeu o encanto
porque o homem moderno perdeu o endereço de Deus.
Apresentando as imorredouras lições do Cristo, os
postulados da Doutrina Espírita e o desenvolvimento do
amor pelo homem, Divaldo descortinou o caminho seguro
para a paz, onde o homem encontrará novamente Deus,
cultivando a alegria de viver, olhando para traz sem
sentir vergonha. A preservação dos valores éticos, o
esforço em domar as inclinações más, a iluminação das
sombras íntimas, serão os alicerces do momento glorioso.
“Esse congresso, frisou, está estruturado na paz, na
harmonia.” É preciso perdoar até doer, como ensinava
Madre Teresa de Calcutá. O sentimento de ternura, do
amor, é bálsamo purificador, preparando os indivíduos
para a plenitude, para viver em paz e na felicidade. A
Doutrina Espírita desceu dos céus para os corações
doridos da Terra. À luz da caridade, tem o homem a
possibilidade de imitar o samaritano, fazendo aos outros
o que deseja para si. A proposta é a de nos amarmos uns
aos outros, de perdoar e compreender. O exemplo que
edifica canta hinos de louvor a Deus. Com o Poema de
Gratidão, Divaldo Franco encerrou seu brilhante
trabalho, pelo qual foi aplaudidíssimo.
A FERGS homenageou-o como educador, ofertando-lhe, para
a Mansão do Caminho, as almofadas com os motivos dos
personagens da obra Conte Mais, cuja coleção foi
doada para as crianças da instituição baiana.
Entrevista à TV e à imprensa gaúcha –
Voltando a participar intensamente do excelente
Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco
atendeu inúmeras pessoas concedendo autógrafos,
dialogando rapidamente, estampando sempre um belo
sorriso, a despeito das fortes dores que experimenta por
uma problemática no nervo ciático. Seu exemplo é
comovedor, com sua bonomia característica, sinaliza aos
atentos observadores que o próximo vem sempre em
primeiro lugar, antes mesmo de si.
Concluída a etapa dos autógrafos, que se estendeu por
duas horas, Divaldo foi entrevistado pelo Jornal Zero
Hora e pela FERGS-TV. Ao jornal falou sobre as suas
impressões a respeito das dificuldades em as pessoas
agirem com mais amor nas relações, pelo pouco
aprofundamento do autoconhecimento. Apesar das imensas
dores que atingem a humanidade há, na atualidade, mais
ações voltadas ao bem, e uma busca por valores nobres,
enriquecendo a vida, buscando a paz, sentindo-se feliz
pelas realizações íntimas, vivendo com dignidade,
servindo sempre, doando-se ao seu semelhante.
Para a FERGS-TV Divaldo falou sobre a violência e o
amor, as tecnologias de comunicação interpessoais, os
laços familiares corpóreos e os espirituais, o diálogo
familiar e os reajustes entre seus membros. Como solução
definitiva para a construção de núcleos familiares
saudáveis e fraternos, cooperativos, será necessário o
desenvolvimento do amor. Outros tópicos giraram em torno
da esperança, da felicidade, do autoconhecimento, da
aceitação das ocorrências da vida, em qualquer sentido,
da livre opção entre a valorização da dor e o viver em
estado de felicidade.
Na roda de conversa entre Gabriel Salum, Presidente da
FERGS e Divaldo Franco, ficou evidente a necessidade de
o homem alcançar a espiritualização. A espiritualidade
transcende as religiões e o espiritualismo. Há no homem
um gene divino, é a presença de Deus no ser humano, que
vem sendo desvendado pela ciência. O esforço no
trabalho, quando realizado com alegria, preenche
qualquer vazio existencial. Na atualidade a família
passa por dificuldades, o diálogo entre seus membros
desapareceu e os filhos, em muitos casos, tornaram-se a
segunda opção dos pais, que para suprirem a ausência
dão-lhes coisas, esquecendo-se de que o principal é
doarem-se aos filhos, educando essas almas.
O espírita não pode descurar-se de seus filhos, devem
apresentar a Doutrina Espírita para eles, dando-lhes uma
oportunidade para espiritualizarem-se. Outro ponto foi a
abordagem com relação ao uso de álcool e fumo,
condenáveis em qualquer circunstância, destacou o nobre
conferencista, pelos efeitos que produz naquele que
consome e nos demais, em decorrência de seus
desdobramentos. Com relação a preocupação aos valores
amoedados, o dinheiro, o esforço em obtê-lo não deve ser
uma preocupação primária, mas secundária, tendo em vista
que se a obra, o trabalho que se realiza, possuir o selo
divino, os recursos aparecerão. O dinheiro possui uma
importância relativa, os indivíduos necessitam de paz,
de simplicidade, de amor, de caridade. Os espíritas
devem darem-se mais ao próximo, sorrindo, falando do
evangelho, de Jesus, da imortalidade.
Divaldo destacou que na abertura do congresso estiveram
presentes os ex-presidentes da FERGS e outros abnegados
Espíritos, bem como benfeitores que derramaram energias
salutares sobre os presentes. Ao narrar a presença de
diversos Espíritos, Divaldo destacou que eles estão
preocupados com a união dos espíritas, sob pena de
despedaçarmo-nos, abatidos pelo vendaval. Unir-nos para
que as forças do mal não avancem mais. Foi um apelo aos
dirigentes das instituições espíritas do Rio Grande do
Sul, para que se quebre os pontos de vista,
estabelecendo o único roteiro seguro, o da Doutrina
Espírita, iniciando na própria casa espírita. Esse
congresso espírita, dizem os Espíritos, deve ser o
fundamento de uma nova era, tendo em vista que entidades
perversas se uniram na erraticidade inferior para
combater os espíritas e abater o trabalho do Cristo. É
necessário estar vigilante, pois que se trata de uma
verdadeira guerra.
Informou Francisco Spinelli, Espírito, naquela singela
roda de conversa, que a grande luz parte do Sul para as
alturas, lembrando o Pacto Áureo de 5 de outubro de
1949, num esforço para a unificação de todo o Brasil em
torno dos postulados doutrinários. As forças ululantes
se batem contra os cristãos novos. Os espíritas
necessitam estar unidos para resistir.
Após o breve e frugal almoço, Divaldo voltou a atender o
público, disponibilizando-se para os autógrafos, para os
cumprimentos, para um rápido diálogo acolhedor e
orientador.
Conversa com os jovens espíritas –
Atendendo à agenda do 9º Congresso Espírita do Rio
Grande do Sul, Divaldo Franco esteve reunido com os
jovens, no período matutino, respondendo perguntas
adrede preparadas. Historiando a participação dos jovens
na codificação do Espiritismo, o dinâmico orador
destacou a importância e a responsabilidade que os
jovens possuem na transformação da humanidade,
conduzindo-se com lisura e honradez. As questões de
pânico, de ansiedade, de medo, de timidez, ou de
extroversão, sempre que escapem à normalidade, assumindo
características patológicas, devem os seus portadores
serem atendidos com as terapias psicológicas e
espiritual, concomitantes.
Aos jovens está destinada uma tarefa de vital
importância no processo de transição planetária, devendo
se aprofundarem no autoconhecimento, modificando os
hábitos perniciosos, que sempre são mais fáceis de
assimilação, e que geralmente são copiados dos demais,
esforçando-se em adquirir virtudes. Nunca faça nada
escondido que não possa falar para a sua mãe,
aconselhou o nobre amigo.
Para as relações interpessoais e para as circunstâncias
da vida não é necessário o uso de estimulantes
farmacológicos, drogas, álcool, etc. Para viver na Nova
Era, que já está em curso, é preciso estar bem
intimamente, adquirindo consciência. O verdadeiro papel
da mulher é superar a vulgaridade. O aprendizado se dará
por etapas, em um processo que inclui obrigatoriamente
experimentar questões negativas e positivas – erro e
acerto, construindo hábitos melhores, saudáveis.
O papel do jovem é antecipar a transição, construindo a
Nova Era com atitudes corretas e que sirvam de bons
exemplos para os demais. Aí está o papel do jovem
espírita, que com sua conduta ilibada, sinalizará aos
outros, pelo exemplo, a excelência da Doutrina Espírita.
Ao sentir necessidade de estímulos, para essa ou aquela
circunstância da vida, apelar para Deus, falando com Ele
pela prece sincera.
Para cada situação de tristeza, há outra de alegria,
para cada porta que se fecha, há outras disponíveis e
acessíveis. Cada indivíduo é responsável pela sua
escolha, bem como o tempo em que irá permanecer naquela
situação selecionada. A superação das crises se dará
pela observância de o Evangelho de Jesus, a orientação
segura. A mediunidade e suas diversas manifestações, o
medo da morte, o cérebro humano, foram outros pontos
desenvolvidos, explicando que o medo deve ser superado
pelo raciocínio, por exemplo, a respeito do viver e do
morrer.
As diversas expressões sexuais e as relações familiares
fizeram parte do diálogo fecundo com Divaldo Franco.
Disse ele que todos possuímos marcas profundas – os
arquétipos na expressão de Carl Gustav Jung. Tomando por
base as questões 200 a 202 de O Livro dos Espíritos,
Divaldo se expressou dizendo que cada indivíduo é
constituído de anima e animus e, através
da predominância de um, o ser se expressa nas relações
humanas. As diversas reencarnações vão estabelecendo
essa predominância na matéria. A prática sexual depende
do caráter. É opção do indivíduo, que reflete seu
caráter. A questão que ora se debate na sociedade
humana, o de gênero, destacou o médium baiano que há o
gênero biológico e o psicológico, patrimônios do
Espírito reencarnado. Os conflitos psicológicos,
experimentados inicialmente, evoluem para os de ordem
patológica. As ações é que diferenciam as
características de cada um.
É indispensável o equilíbrio, respeitando a anatomia,
observando sua psicologia. A inclinação emocional deve
ser trabalhada com o exercício da ética, do respeito. A
homossexualidade - feminina e masculina -, na Nova Era
será uma necessidade para que os indivíduos recuperem o
equilíbrio, sempre observando a beleza, as conquistas
morais, onde a anatomia e as emoções caminhem juntas
para o equilíbrio. O bem proceder entre os parceiros
produz harmonia, enquanto que a perversidade
desarmoniza.
A providência divina está sempre favorável as criaturas
de Deus. Ante um desafio, o recurso para que se busque a
solução da providência divina é orar. Abrir a boca da
alma para que Deus a encha de vitalidade, de valores
nobres, preenchendo a alma. Conforme Joanna de Ângelis: Ora
o homem a Deus, responde Deus pela inspiração, ajuda
Deus o próximo através da solidariedade. Orar é
preencher a alma de virtudes e vitalidades espirituais,
vinculando-se com o Criador. A providência divina se
apresenta, através de inúmeras formas, quando o
indivíduo estiver em sintonia, em sincronicidade com
Deus.
O sentimento de gratidão deve ser desenvolvido,
valorizando o que somos e o que temos, bem como as
intercorrências da vida, boas, más, ou as que não
aconteceram, mas que poderiam ter acontecido, de todas
retirando ensinamentos. Em todo o lugar há a providência
divina, tocando a vida das criaturas, endereçando-as à
plenitude. Assim, antes de qualquer decisão, ore,
lembrando que Deus não está lá, está dentro de cada um,
está em nós. Lembre-se, a juventude passa muito rápido.
Não esqueça, Deus nos ama.
Nomeando vários Espíritos desencarnado que ali estavam,
notadamente os que trabalharam na seara da evangelização
infanto-juvenil, Divaldo Franco disse que todos eles
estão interessados, empregando esforços para que os
jovens alcancem a plenitude e que não prejudiquem a suas
vidas. As renúncias e a manutenção da integridade moral
exigem sacrifícios que, em contrapartida produzem
alegria de viver.
Vale a pena se comprometer, a ternura é duradoura, as
sensações são fugazes. A
paz que já adquiri a dou a cada jovem presente,
adotando-os e amando-os, assim se expressou o nobre
amigo e conselheiro paternal. A emoção se fez presente
em todos os corações, lágrimas foram vertidas. O amor
estava presente através das dádivas que se derramavam,
alcançando as almas sedentas de luz e harmonia.
Não estrague a sua juventude com comportamentos
perturbadores que não valem a pena. Ser jovem espírita é
abraçar o Cristo em gênero, número e grau. Agradeçam a
todas as renúncias que fazem em detrimento do bem.
Paguem o preço que for. Valerá a pena. Vale muito a
pena. Se uma porta se fechar, lembrem-se que existem
mais 99.
Na sequência das atividades agendadas, Divaldo Franco
concedeu uma entrevista para a RBS-TV, onde, entre
outras colocações, destacou a importância de o homem
desarmar-se, em todos os sentidos, para bem conviver,
respeitando, tolerando, se equipando de compreensão. A
violência, o sistema prisional, a valorização das
virtudes e a contribuição da nova geração para a
construção da mudança de padrões mais equilibrados,
gerando uma sociedade mais justa foram outros destaques
abordados na entrevista.
Mensagem do Dr. Bezerra de Menezes –
Após mais de 1h30min concedendo autógrafos e
estabelecendo rápidos diálogos, Divaldo Franco
participou da roda de conversa com outros dirigentes
espíritas, cuja representação máxima foi a de Jorge
Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita
Brasileira, sob a coordenação de Gabriel Nogueira Salum,
Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O
tema central da conversa foi o da união dos espíritas e
da unificação do movimento espírita. Em linhas gerais,
as questões envolvendo união e unificação devem passar
pelo aperfeiçoamento moral e o conhecimento doutrinário
dos espíritas, desenvolvendo a capacidade de dialogar, e
a vivência dos postulados doutrinários, introjetando
esses conceitos nas atitudes diárias.
Fazendo parte das atividades de encerramento do 9º
Congresso Estadual foi realizada uma bela apresentação
artística, sensibilizando os expectadores.
A cerimônia de encerramento, com a presença de todos os
dirigentes executivos da FERGS, conduzida pelo seu
Presidente, foi de agradecimento e reconhecimento pelo
trabalho que muitos dedicaram a efetivação desse evento
que contou com a participação de um pouco mais de 4.000
inscritos.
Divaldo Franco, convidado à tribuna, veiculou uma
mensagem do Espírito Dr. Bezerra de Menezes dizendo que
apesar da noite tenebrosa das paixões e do festival de
loucura, com as almas em desespero e ameaças de caos, a
noite densa vai cedendo lugar a madrugada, com a
encarnação de entidades estelares, que mergulhados na
sombra da matéria, vêm cooperar para que a Nova Era se
estabeleça no solo terrestre. O mundo pleno de corações
retilíneos, rompendo-se a cortina físico/espiritual,
implementará a paz.
O lema a ser vivido será o Amor, o trabalho será a
exteriorização da fé na construção planetária, através
de etapas sucessivas. Para estar com o Cristo foi
necessário estagiar nas zonas onde dominam as más
inclinações. Renovando o entusiasmo, coloca-se o cristão
à disposição do Mestre, abençoando as existências,
entregues ao amor de Jesus. Ele é a solução final de
todas as angústias. A catapulta do amor nos lançará ao
alto cimo da imortalidade. Exultemos juntos, avançando
com o Mestre, sob a misericórdia da Mãe Santíssima.
Assim, em vibrações de alegria, confiança e esperança, o
9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul encerrou suas
atividades, deixando nos corações o sentimento de
gratidão e paz, produzindo benfazejas luzes a iluminar
as consciências.
Nota do autor:
As
fotos desta reportagem são de Jorge Moehlecke.