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por Waldenir A. Cuin

 

Agindo em favor do próximo


“Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além... Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento. (Emmanuel, no Livro “Fonte Viva”, item 73, psicografia de Francisco C. Xavier.)

 

Instantes existem, em nossas vidas, que nossas forças parecem diminuídas, como um enorme peso ferindo os nossos ombros. Esses momentos, até naturais na vida daqueles que trabalham por um mundo melhor, não podem perdurar por muito tempo.

Paulo de Tarso, em carta aos Filipenses 4:19, afirmou categoricamente: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades”, informando àquela comunidade iniciante no Cristianismo e a todos nós, que não estamos sozinhos no ideal de construir uma sociedade mais condizente com os padrões da dignidade, sublimidade e honradez.

A força que, momentaneamente, está deficiente devemos buscá-la na fé em Deus e na oração junto aos benfeitores espirituais da humanidade, para que voltemos, o mais breve possível ao equilíbrio, uma vez que as tarefas precisam ser realizadas e o serviço não pode ficar para trás.

Estando na condição de servir, em momento algum podemos perder qualquer oportunidade de prestar alívio aos que sofrem, seja quem for, quando for e onde for.

Crianças vivendo na indiferença clamam por mãos amigas que possam acalentar-lhes os anseios de afetividades, criando oportunidades de conhecerem exemplos dignos e nobres, como referenciais para seus dias futuros.

Mães desesperadas observam o fogão sem lume e a panela fazia, com os corações apertados pelo choro dos filhinhos a solicitarem alimento.

Pais desempregados perambulam pelas ruas da cidade procurando por uma ocupação que possa lhes garantir o pão de cada dia.

Jovens aturdidos seguem pela vida sem rumo e sem esperança, ante as poucas perspectivas de frequentarem bancos escolares de nível superior e diante da escassez de trabalho.

Enfermos desprovidos de recursos financeiros se lançam a implorar socorro na saúde pública, nem sempre equipada para atender-lhes as rogativas urgentes.

Desequilibrados mentais, confusos e vacilantes sofrem as consequências da impossibilidade de se manterem por si sós.

Famílias numerosas, muitas vezes, conhecem o desconforto da desarmonia entre seus membros, vivendo num clima de conflitos, agressões e violência grave.

Entidades assistenciais, revestidas dos melhores propósitos, lutam com extremas dificuldades financeiras e de recursos humanos para atenderem aos propósitos desejados.

O mundo em que vivemos, no estágio em que se encontra, como podemos perceber sem muitos esforços, ainda tem muito serviço a ser feito, muitas conquistas a serem realizadas e muitos obstáculos a serem vencidos. Assim, dentro das nossas possibilidades, estudemos o potencial que temos e ofereçamos a nossa quota de contribuição, mesmo que seja pequena, mas não mantenhamos os nossos braços cruzados.

O trabalho, em realidade, é tarefa de todos nós, desde a mais humilde das criaturas até aquela que detém a maior importância, pois que o sonho de paz e felicidade também é um desejo e uma busca geral.

Façamos, então, a nossa parte, agindo em favor do próximo, e a Providência Divina que tudo vê e sabe, no momento certo, agirá em nosso favor, aumentando as nossas forças, elevando o nosso ânimo e improvisando a nossa ventura.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita