Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Cornélio Pires

 

Rixa e Reencarnação


Sertório abusou de Joana
E assassinou-a tranquilo...
Ela hoje é filha dele
Com ganas de destruí-lo.

 

Quem fez os Pires em guerra?
Foi Nhô Bem de Monsaraz
Que vai renascer dos Pires,
A fim de fazer a paz.

 

Mutilações sobre a Terra,
Certas angústias marcadas...
São refúgios contra os erros
De nossas vidas passadas.

 

Pessoas que noutro tempo
Plantavam difamação,
Formam agora famílias
No enredo da obsessão.

 

Totônio fez quatro mortes
Na mata do Moacir...
Quer renascer, mas sem braços,
Com medo de reincidir.

 

Por voz linda, quantos crimes
Em Maricota Cerqueira!
Hoje quer nova existência
Em que viva na cegueira.

 

Recebe a dificuldade
Com  serena e inteiriça,
Sofrimento em qualquer parte
É socorro da justiça.

 

Rixas não servem nem mesmo
Nas pessoas mais tranquilas...
Quem as provoca responde
Pelo dever de extingui-las.

 
Do livro Coisas deste mundo, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita