As colônias espirituais existem?
Há no meio espírita muitas controvérsias com relação às
colônias espirituais. Debates acalorados são travados e,
não raro, discussões que acabam por provocar
animosidades por conta do assunto.
Alguns espíritas dizem que sim, as cidades espirituais
existem.
Médiuns também corroboram com a tese. Há diversos livros
psicografados pelos mais diferentes médiuns em que são
relatadas cidades no mundo dos Espíritos.
Aliás, médiuns em épocas mais recuadas do que o próprio
Espiritismo já falavam das cidades espirituais.
Cidades semelhantes às da Terra, com prédios, móveis,
objetos de todos os tipos.
Já outros autores e estudiosos do Espiritismo afirmam
que as colônias não existem, porquanto Kardec nada fala
sobre isto em suas obras.
Estuda daqui, reflete de lá e eis que aqui me encontro
para dar meu pitaco sem, contudo, a pretensão de
convencer A, B ou C.
Kardec não fala disto abertamente em sua obra, mas em
minha interpretação é possível que as colônias existam.
Tomo como base uma passagem em O Livro dos Médiuns.
No capítulo VIII, Laboratório do Mundo Invisível, Kardec
e São Luís travam curioso diálogo sobre a aparição do
Espírito de uma pessoa viva e que portava uma
tabaqueira.
Foquemos no objeto: a tabaqueira.
Kardec esmiúça o assunto. Como sempre ele quer saber
tudo de tudo. Seria uma cópia da tabaqueira que havia no
mundo físico a que apareceu junto com o Espírito?
Seria uma ilusão para dar veracidade à aparição?
Teria alguma coisa de material a tabaqueira?
São Luís responde que a tabaqueira não é uma ilusão e
tem algo de material. Informa, ainda, que os Espíritos
exercem enorme poder sobre a matéria, um poder, aliás,
que não podemos imaginar.
O Espírito, portanto, a depender de sua vontade pode
concentrar objetos e dar-lhes forma, inclusive
tornando-os tangíveis ao homem encarnado.
Diante do diálogo de Kardec com São Luís, suponho,
então, que os Espíritos podem construir as colônias
espirituais e demais objetos no mundo dos Espíritos se
assim o quiserem.
Ou minha suposição está errada?
De qualquer modo, cedo ou tarde saberemos o que se
passa...
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