O poder da fé
“Porque, na verdade, vos digo que, se tiverdes fé como
um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui
para acolá, e ele há de passar, e nada vos será
impossível.” (Jesus - Mateus, XVIII: 19.)
A fé verdadeira se caracteriza pela convicção absoluta
na Paternidade Divina. Deus não nos criaria apenas como
figuras decorativas do Universo. Dotou-nos, o Pai
Celestial, de todos os recursos e mecanismos que, se
acionados devidamente, são capazes de nos assegurar o
sucesso na caminhada.
Sem privilégios ou favorecimentos individuais, o que não
coadunaria com a justiça de Deus, temos plenas condições
de movimentar ações revestidas de força de vontade que
permitirão atingir as metas e as propostas que traçamos
para a nossa vida.
Ninguém está impedido de realizar os projetos que
almeja. A diferença entre o sucesso e o fracasso está na
confiança que depositamos em nossas próprias forças. O
poder do querer é determinante.
Quando acreditamos firmemente que algo podemos fazer,
sem dúvida fazemos, pois que o poder da fé, pela lei das
afinidades, encontrará no seio universal o celeiro de
forças construtoras, emanado do potencial divino que
está sempre à disposição dos idealistas e determinados.
As dificuldades nunca deixarão de existir e Jesus as
denominou de montanhas a serem transportadas. São,
evidentemente, as montanhas das incertezas, das
resistências, dos preconceitos, da má vontade, da
dúvida, que acabam por atropelar nossos sonhos de paz e
felicidade, trancafiando a nossa vida nos calabouços do
medo e da insegurança.
Fomos criados por Deus para atingir a perfeição, com os
nossos próprios esforços, portanto, devidamente
equipados de todas as possibilidades de lograrmos o
êxito esperado, e a fé operosa e determinada se firma
como a alavanca propulsora da nossa escalada de
conquistas.
Duvidar do nosso potencial é o mesmo que abrir um abismo
sob os nossos pés, onde a queda espetacular será
iminente.
Evitemos a presunção e o orgulho que tantos males têm
causado aos homens, mas jamais deixemos de acreditar em
nós mesmos, na nossa capacidade de realização, mesmo
sabendo que nada será fácil, mas tudo será possível.
A fé consciente e convicta não espera que as coisas
aconteçam em nosso favor por si só, mas delibera que
precisamos sair a campo para amealhar as conquistas que
idealizamos.
Jesus chamou a atenção dos discípulos no episódio do
“filho lunático” (Mateus, XVII: 14-19), atribuindo o
fracasso deles, na solução do problema, ao fato de
possuírem pouca fé, pois que não conseguiram afastar, do
jovem atormentado, o Espírito inferior que lhe causava
sérios aborrecimentos. Não bastou aos discípulos
conhecer o teor do drama do jovem, pois que a eles
faltou a força determinante para a ação benfeitora; a
fé, ou seja, a confiança no próprio potencial.
É claro, precisamos ser racionais, não vamos sair por aí
acreditando poder realizar intensos prodígios, mas,
fazendo bom uso dos recursos de que dispomos, aliados à
confiança em Deus, conseguiremos concretizar verdadeiros
“milagres”, aos olhos dos incrédulos, duvidosos e
vacilantes.
Portanto, não basta afirmar que temos fé, será preciso
acreditar e descobrir o verdadeiro poder dela, nos
lançando corajosamente na concretização dos nossos
sonhos e ideais.
Pensemos nisso.
|