Razões para amar os inimigos
“Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos...” Jesus
(Mateus, 5:44.)
Os inimigos, queiramos ou não, são filhos de Deus como
nós e, consequentemente, nossos irmãos, para quem Deus
providenciará recursos e caminhos dentro da mesma
bondade com que age em nosso favor.
Temos muito a dever aos amigos pelos estímulos com que
nos asseguram êxito na vida, mas não podemos esquecer
que devemos bastante aos nossos inimigos pelas
oportunidades que nos proporcionam no sentido de
retificarmos os próprios erros.
O adversário é mais propriamente aquele que sulca a
nossa alma, à feição do lavrador que cava a terra, a fim
de que produzamos na seara do bem.
O amor pelos inimigos dar-nos-á excelentes recursos
contra o desajuste circulatório, a neurose, a loucura ou
a úlcera gástrica, sempre que estejamos em tarefa no
corpo físico.
Orando em benefício dos que nos ferem evitamos maiores
perturbações em torno de nós mesmos.
Uma atitude respeitosa para com os adversários nunca nos
rouba tempo ao serviço.
Amando os inimigos e entregando-nos sinceramente ao
juízo de Deus, com as melhores vibrações de
fraternidade, eliminamos noventa por cento dos motivos
de aflição e aborrecimento.
Abençoando em silêncio os que nos criticam ou golpeiam,
protegemos com mais segurança os interesses do trabalho
que a Providência Divina nos concedeu.
A serenidade e o apreço para com os inimigos são os
melhores antídotos para que as preocupações com eles não
nos destruam.
O amor pelos inimigos não nos rouba a paz da
consciência, na hipótese de serem malfeitores confessos,
porque, quando Jesus nos diz: ide e reconciliai-vos com
o adversário, nos ensina a fazer paz em nossas relações,
como não é justo privar de tranquilidade uma criança ou
um doente. Mas em trecho algum do Evangelho Jesus nos
recomenda cooperar com eles.
Do livro Bênção de Paz, obra mediúnica
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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