Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Ensinar o otimismo


Não posso esperar que algo mude lá fora na vida social se eu mesmo não me puser em movimento
. Rudolf Steiner


À tarde, visitei uma amiga que tem uma filha de seis meses. Em certo momento, ela passou a falar sobre educação, arranjos pedagógicos e a necessidade de preparar os filhos para torná-los socialmente úteis e independentes.

Mais que o aspecto laboral, por perceber que vida afora as pessoas passam por caminhos diferentes, além de amar os filhos, considero que precisamos ensinar a eles o otimismo. Porque um adulto otimista, será otimista por toda parte. Alguém duvida?

A criança é inocência, um primeiro movimento, influenciada pela consciência coletiva do ambiente em que vive. Se mora, por exemplo, em um local onde as pessoas são descrentes, pessimistas, pode se tornar como elas. Crianças que crescem em um ambiente desse tipo dificilmente aprenderão a ser tenazes e confiantes.

Apesar dos altos e baixos da vida, os acontecimentos agradáveis e desagradáveis, pais otimistas demonstram aos filhos que a vida, por essência, é boa e rica em sentido. Pois o que difere um otimista de um pessimista é a capacidade de redescobrir as poucas grandes coisas que importam na vida e continuamente renovar-se com elas.

Aprender é praticar, praticar é repetir. Logo, a alegria de ser e de viver depende largamente das lições de otimismo que foram absorvidas no primeiro setênio da criança, impelindo-a, quando adulta, a confiar nos altos ideais a fim de alcançar sentido e direção à sua vida.

O que fazemos, quem somos realmente, é o que impressiona a criança. Por isso, pais otimistas criam filhos mais resilientes e, no futuro, pessoas mais inclinadas ao bem, à paz e à harmonia social.

Abraços, boa semana!

Notinha

A criança imita tudo o que ocorre no ambiente físico à sua volta.  Contudo, associado à infância, a palavra ambiente deve ser entendida em um sentido bastante amplo. Ou seja, “faz parte dele tudo o que se desenrola ao redor da criança, tudo o que pode ser percebido por seus sentidos, que pode atuar sobre suas forças espirituais a partir do espaço físico. Aqui se incluem todas as ações morais e imorais, sábias e levianas que ela possa ver.” (Rudolf Steiner)

A criança é influenciada por quem somos e fazemos realmente e, por isso, Rudolf Steiner afirma que toda educação “é autoeducação e nós (...) somos, em realidade, apenas o entorno da criança educando-se a si própria” [Cf. Steiner, R., GA, palestra de 20.04.1923].
 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita