Posse da vida
"Milita a boa milícia da fé, toma posse a vida eterna".
Paulo (I Timóteo: 6-12)
A recomendação de Paulo de Tarso a Timóteo é
eminentemente expressiva. Examinemos, por exemplo, a
primeira sentença: "Milita a boa milícia da fé"; será
aproveitar os ensejos de luta, de trabalho, de
obstáculos, a fim de provar a disposição sincera no
serviço do Senhor.
Fé não se exterioriza sem ocasiões adequadas e o
aprendiz que se furte aos combates ásperos perde toda
oportunidade de testemunho.
Realizada, porém, a devida edificação, o discípulo
estará preparado a receber a Luz Divina, de conformidade
com a segunda sentença: "Toma posse da vida eterna"; é o
apelo supremo.
O rio da eternidade passa ao lado dos espíritos humanos,
oferecendo-lhes o tesouro imperecível.
As criaturas, porém, na sua generalidade, permanecem
interessadas no jogo da ambição egoística da esfera
transitória ou distraídas na ilusão. Muitas fazem o
simulacro de preocupação espiritual, à custa de
devocionários convencionais, esperando favores do Céu
que nada fizeram por merecer ou aguardando paraísos de
ociosidade, após a morte do corpo.
Continuam ignorando, às vezes, voluntariamente, que é o
próprio espírito quem ergue o santuário e o habita.
Cada qual povoa o mundo que construiu em si mesmo. Deus
cria as Grandezas Universais e oferece-as aos homens e
cada filho, sem falsa compreensão, deve entrar na posse
dos Bens Eternos.
Do livro Sentinelas da Luz, obra mediúnica
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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