Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Estude e Viva

(Parte 12)


Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Estude e Viva, obra lançada pela FEB em 1965, focalizando nela de modo especial os textos de autoria de André Luiz. A obra citada foi psicografada, em parceria, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
 


Questões preliminares


A. Por que aproveitar bem o tempo é importante para o Espírito?

O motivo é simples: o tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo, é sempre curto, comparado com o serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim, o aproveitamento das horas. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

B. Que cuidados devemos ter no trato com a pessoa que padece um processo obsessivo?

Reconhecer nessa pessoa, seja ela quem for, um familiar doente a quem se deve o máximo de consideração e assistência. Equilibrar a palavra socorredora, dosando consolo e esclarecimento, brandura e energia. Não desconsiderar suas necessidades de ordem material e espiritual, conjugando os recursos da medicação e do passe, da higiene e da prece. E, se possível, incluir o trabalho por agente curativo, de acordo com as possibilidades e forças do paciente. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

C. Como tratar os Espíritos vinculados ao processo obsessivo que se manifestam mediunicamente?

Considerá-los não como verdugos e sim na categoria de irmãos credores de assistência e piedade. Eles são igualmente enfermos e necessitados de tratamento. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)


Texto para leitura


193. Três conclusões – O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo, é sempre curto, comparado com o serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim, o aproveitamento das horas. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

194. Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição de outrem. Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que não nos dizem respeito? (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

195. Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

196. O que os outros pensam – Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são capazes diante da vida. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

197. Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

198. Acontece o mesmo na vida moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

199. O que os outros falam – A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

200. Expressam-se como podem e cometem as ocorrências do dia a dia com sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

201. Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

202. O que os outros fazem – A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resoluções que lhes cabe. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

203. Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é domínio à parte. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

204. As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes pertence e não a nós. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

205. Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

206. À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer. Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós. (Estude e Viva, cap. 22: Três conclusões.)

207. Na cura da obsessão – Reconhecer no obsidiado, seja ele quem for, um familiar doente a quem se deve o máximo de consideração e assistência. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

208. Equilibrar a palavra socorredora, dosando consolo e esclarecimento, brandura e energia. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

209. Não desconsiderar as necessidades do corpo ante os desbaratados da alma, conjugando os recursos da medicação e do passe, da higiene e da prece. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

210. Incluir o trabalho por agente curativo, de acordo com as possibilidades e forças do paciente. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

211. Abolir as sugestões de medo no trato com o obsesso, evitando encorajar ou consolidar o assalto de entidades menos felizes. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

212. Tratar os Espíritos perturbados que, porventura, se comuniquem no ambiente enfermo, não à conta de verdugos e sim na categoria de irmãos credores de assistência e piedade. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

213. Impedir comentários em torno da conversação desequilibrada ou deprimente dos desencarnados infelizes. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

214. Policiar modos e frases que exteriorize, convencendo-se de que o obsidiado, não raro, representa, só por si, toda uma falange de inteligências necessitadas de reconforte e direção, conquanto invisíveis aos olhos comuns. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

215. Evitar suscetibilidades perante supostas ofensas no clima familiar do obsidiado, entendendo que uma obsessão instalada em determinado ambiente assemelha-se, às vezes, a um quisto no corpo, deitando raízes em direções variadas. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

216. Compreender ao invés de emocionar-se. Abster-se de tabus e rituais, cujos efeitos nocivos permanecerão na mente do obsidiado depois da própria cura. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

217. Solicitar a cooperação de amigos esclarecidos que possam prestar auxílios ao doente. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

218. Controlar-se. Desinteressar-se com os sucessos da cura, tendo em mente que lhes cabe fazer o bem com discrição e humildade. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

219. Ensinar, mas igualmente exercer a caridade, observando que em muitos casos o obsidiado e os que lhe compõem a equipe doméstica são pessoas necessitadas até mesmo de alimento comum. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

220. Suprimir quanto possível os elementos que recordem tristeza ou desânimo, aflição ou tensão no trabalho que realiza. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

221. Não atribuir a si os resultados encorajadores do tratamento, menosprezando a ação oculta e providencial dos Bons Espíritos. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

222. Educar o obsidiado nos princípios espíritas, encaminhando-o a um templo doutrinário em que possa assimilar as lições lógicas e simples do Espiritismo. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.)

223. Socorrer sem exigir. Amparar o companheiro necessitado, sem propósitos de censura, ainda mesmo que surjam motivos aparentes que o induzam a isso, recordando que Jesus-Cristo, o iniciador da desobsessão sobre a Terra curava os obsidiados sem ferir ou condenar a nenhum. (Estude e Viva, cap. 23: Na cura da obsessão.) (Continua no próximo número.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita