Ensarilha-a!
“... Sacrificando-se sobre uma espada simbólica,
ensarilhada
(deposta), é que Jesus conferiu ao homem a
bênção da paz.” (Emmanuel)
As guerras, mais ou menos sangrentas, ocorreram
em todas as épocas: Impérios se fizeram e
desfizeram com elas. Foram o alto preço de
liberdades, progressos, fracassos, dores.
Não conseguimos imaginar que guerras pertençam
ao passado, presente ou futuro; pertencem à
imbecilidade; e esta parece não se esgotar. É a
insanidade roubando espaço à ponderação e
conciliação.
Mil anos se gastam para erguer cidades,
monumentos, obras de arte, vias de ligação;
hoje, em segundos poderão ser destruídos... Pela
guerra!
Mas... não ocorre o mesmo, dentro de nós,
quando abrimos luta contra o semelhante?
Sim!
O império do “eu” se ergue dentro de nós: nosso
orgulho aí reina; manda; desmanda; desenvolve-se
até um apogeu fugaz; se arruína e, junto a ele,
a nossa felicidade.
Outrora odiávamos e guerreávamos por instinto; o
instinto não era de todo mau; era nosso escudo!
Hoje afirmamos fazê-lo por inteligência.
E destruímos, também em poucos segundos, uma
amizade que construímos desde nossa infância:
inocentes, amávamos; crescidos, nos detestamos!
* * *
A Cruz como patíbulo estava com a “lâmina” para
baixo, deposta, ensarilhada! A mesma Cruz, mais
que paredão ao Sentenciado, é ponte para a
evolução de todos que a desejam.
Não basta
condenarmos a guerra de todos os tempos; nem a
mais recente, que Kim Jong-un deseja; é
necessário ensarilhar nosso orgulho – pois é em
seus porões que toda guerra começa – para
obtermos
a bênção da paz.
“Embainha tua espada!”
(João 18: 11) – “Ensarilha-a!” – recomendou o
Pacífico a Pedro, quando este feriu a orelha de
Malco no Horto das Oliveiras...
(Sintonia: Xavier, Francisco Cândido, Fonte
Viva, ditado por Emmanuel, Cap. 114.
Embainha tua espada; 1ª edição da FEB.) |